Em 1995, a primeira peça jornalística que eu escrevi para a revista Sem Mais: a descrição de um ambicioso projecto para requalificar o Cais do Ginjal, em Almada. (E aviso já que não a escrevi tal como aparece nas páginas: foi corrigida - porque eu vinha da rádio, e tinha um estilo demasiado "telegráfico").
Como podem confirmar - se quiserem clicar nas imagens, para ler o respectivo texto - tratava-se de um projecto que tinha como objectivo mais que dar uma "cara nova" àquela zona histórica (e isso, na altura, foi muito criticado por quem acusava a edilidade de estar a "descaracterizar" ou mesmo a "destruir" o local).
O grande objectivo desse projecto da década de 90 era diversificar a base económica do concelho, que até aí estava muito "dependente" da indústria de reparação naval (particularmente da Lisnave, empresa que, poucos anos mais tarde, deixava de operar em território almadense).
Assim, havia a intenção de instalar ao longo do cais do Ginjal indústrias de artesanato e serviços culturais, a par de actividades mais "expectáveis", relacionadas, por exemplo, com a hotelaria, a restauração ou o turismo. E, no que dizia respeito ao turismo, havia a intenção de crial ali uma marina e uma zona de lazer onde poderíamos alugar barcos e remar. (Um aparte: quem me conheceu nesse tempo,sabe que eu adorava remar...).
Outro pormenor interessante: nesse projecto de meados dos anos 90, previa-se a elevação do actual cais para uma quota
superior, já a pensar numa eventual subida do nível das águas do rio, em consequência de (eventuais) alterações climáticas.
superior, já a pensar numa eventual subida do nível das águas do rio, em consequência de (eventuais) alterações climáticas.
(E sim, admito que fui muito optimista e que me enganei redondamente ao escrever que a reconversão do Ginjal era um "processo
irreversível". Por outro lado, não era novidade para ninguém: fazia parte do programa eleitoral da CDU. Tal como o Metro Sul do Tejo, aliás... mas pronto, isso já é outra conversa.)
irreversível". Por outro lado, não era novidade para ninguém: fazia parte do programa eleitoral da CDU. Tal como o Metro Sul do Tejo, aliás... mas pronto, isso já é outra conversa.)
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