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sexta-feira, junho 15, 2012

Noam Chomsky num desenho

As "10 Estratégias De Manipulação" da opinião pública através dos meios de comunicação, de Noam Chomsky, resumidas num "desenho" que alguém teve a feliz ideia de fazer e que está a circular na internet.


O texto das "10 estratégias", por extenso:

1. A estratégia da distração. O Elemento primordial do Controle Social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do diluvio ou inundação de continuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar por conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (cita o texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

2. Criar problemas e depois oferecer soluções. Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo, deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante das leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar um crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3. A estratégia de gradualidade. Para fazer que se aceite um medida inaceitável, basta aplica-la gradualmente, a conta gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconomicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram entradas decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se houvessem sido aplicadas de uma só vez.

4. A estratégia de diferir. Outra maneira de aceitar uma decisão impopular é apresenta-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, neste momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Logo, por que o público, a massa, tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso da mais tempo ao público para se acostumar à ideia da mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5. Dirigir-se ao público como criaturas de pouca idade. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos da demência, como se o espectador fosse um criatura de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tenta enganar o telespectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? Se um se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então por razão da sugestionabilidade, ele tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7. Manter o público na ignorância e mediocridade. Fazer que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeia entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser alcançada pelas classes inferiores. (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. Fazer o público acreditar que é moda ser estúpido, vulgar e inculto…

9. Reforçar a autoculpabilidade. Fazer o indivíduo acreditar que somente ele é culpado da sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, das suas capacidades ou de seus esforços. Assim, no lugar de rebelar-se contra o sistema económico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, um de cujos os efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não ha revolução!

10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência tem gerado um crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças a biologia, a neurobiologia e a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que o ele conhece a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que aquele do indivíduos sobre si mesmos.


E notas de rodapé, das minhas:
Claro que o título que dei a este artigo já é uma simplificação manipulatória com a intenção de ter mais impacto e chamar mais a atenção (certamente concordarão que um título como "As 10 estratégias de manipulação da opinião pública através dos media, de Noam Chomsky, resumidas num desenho" não seria lá muito apelativo). O "mal" não está em resumir e simplificar alguns aspectos da mensagem: isso pode ser útil quando, e se, servir para chamar a atenção para o resto - como é o caso do "desenho" acima - e desde que as pessoas estejam preparadas e disponíveis para ler e entender esse "resto" (que é o essencial, o mais importante).
Infelizmente para todos nós, é cada vez mais evidente que Chomsky tem razão nesta sua teoria.
O facto de ser preciso resumi-la num "desenho" já dá que pensar.
Mas que nem assim muita gente o consiga entender (e eu sei, por experiência própria, que muita gente não o consegue entender - não porque as pessoas sejam estúpidas, mas porque foram, e estão, estupidificadas pelos processos descritos por Noam Chomsky), isso sim, é preocupante.

segunda-feira, maio 14, 2012

Catastroika





"O novo documentário da equipa responsável por Dividocracia chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacte da privatização massiva de bens públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.

Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em sectores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.

De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos. As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troika), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate».

Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para suspender a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia. O objectivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos. Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como se está a ver na Grécia, o total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, nomeadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão social e níveis de vida condignos.

Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro. Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie."

(Obs: texto copiado do canal do Youtube que disponibiliza o vídeo)

Site do documentário:
http://www.catastroika.com/indexen.php

terça-feira, abril 24, 2012

Movimentos sociais e revolução

 Foto: manifestação do 25 de Abril na Avenida da Liberdade, Lisboa, em 1994. 
Na década do aparente triunfo final do capitalismo. 
Num tempo em que os arautos neoliberais anunciavam o "fim da História"...



Nos tempos mais recentes, a esquerda portuguesa tem andado a radicalizar o seu discurso. Muitos dos que, durante décadas, se acomodaram às maravilhas da sociedade de consumo e não fizeram nada para contrariar a tendência para o conformismo e para o consumismo, parecem ter acordado agora, subitamente, talvez agitados pela emergência de "novas" formas de contestação e de "novos" movimentos sociais.

Esta tendência, na verdade, não é assim tão nova. Nas "redes sociais" (como o facebook - e desculpem a publicidade à marca) já há muito tempo se andam a convocar manifestações "antipartidárias", contra "o regime", contra "os políticos" e até mesmo contra "a política" em geral.

Os slogans repetidos por toda esta gente que só acordou agora (e que, pelos vistos, ainda não entende muito bem a realidade para a qual acordou) andam sempre à volta de qualuer coisa que se pode resumir usando um dos mais famosos: "revolução JÁ".

Slogans que são repetidos - à mistura com frases "contestatárias" e "revolucionárias", muitas delas sem sentido ou contradizendo-se entre si - tanto por gente de esquerda como por gente de extrema-direita. Os mesmos slogans, as mesmas frases...

Que a extrema-direita o faça não me espanta nada. Agitar a bandeira antipartidária e antiparlamentar é uma das velhas tácticas dessa gente (os nazis fizeram-no muito para chegar ao poder - e até queimaram, literalmente, o seu próprio parlamento; e em Portugal a "revolução nacional" de 1926, que instaurou um regime corporativo autoritário de direita - um regime fascista, portanto - fez-se contra a "confusão" e a "balbúrdia" dos partidos e do sistema parlamentar da 1ª República).

Que a esquerda embarque nisso já me parece mais estranho. Mas também não me surpreende muito: uma das grandes vitórias do capitalismo é, precisamente, ter conseguido infantilizar as pessoas (independentemente da sua opção política), levando-as a não pensar, a simplesmente repetir slogans (publicitários ou políticos, tanto faz - vende-se um presidente, ou um preconceito, da mesma forma como se vende um sabonete), a querer tudo e "JÁ", como se as revoluções fossem produtos que se vão buscar à prateleira do supermercado.

E assim, chegamos a um momento histórico em que a esquerda está debilitada por anos e anos (décadas e décadas) de desmantelamento do estado social, de recuperação capitalista e - igualmente importante ou, no caso presente, talvez ainda mais importante - condicionamento e conformação da sociedade aos valores capitalistas... mas não entende isso, julga que tem muita força e que, em vez de cerrar fileiras, resistir, defender o que ainda resta de democracia, o que deve fazer é passar ao ataque e fazer uma "revolução JÁ"!

Parece-me que toda esta euforia não é, na verdade, potenciada por propagandistas de esquerda. Desconfio que, pelo contrário, esta radicalização do discurso, todo este apelo à violência e ao confronto, está a ser feito por quem tem o poder (e as armas) e que são esses os principais interessados em "tumultos".

E penso que a única forma eficaz de contrariar isso é, sem ceder a intimidações, não lhes responder à letra. Não combater no terreno deles. Não nos armarmos em Dom Sebastião suicidando-se voluntariosamente nas areias de Alcácer Quibir.

Agir de forma racional, avaliando bem a correlação de forças. Não apenas reagir. Pensar, ter espírito crítico - e não apenas ir atrás de slogans. (É por isso que gosto tanto de projectos culturais de base popular, como o da Es.Col.A da Fontinha, e outros que lhe venham a seguir o exemplo, e que possam contribuir para formar cidadãos verdadeiramente atentos e críticos.)

Felizmente há quem, no meio do delírio que se está a instalar na sociedade portuguesa, ainda consiga fazer isso. Há quem, em vez de gritar frases incendiárias e vagos apelos a uma "revolução" que ninguém (a não ser, talvez, a extrema-direita) está em condições de fazer "JÁ", lembre, como o fez recentemente Mário Tomé, que a luta se faz com persistência, «luta cidadã, transformadora, contra estes chamados democratas, tecnocratas da finança, através dos movimentos sociais e através da proposta política que os partidos políticos farão, cada um à sua maneira» (artigo completo aqui)

Mas infelizmente (estranhamente?) estas declarações não foram divulgadas pelos militantes de esquerda nas "redes sociais" da internet.

Estarão à espera que algum Otelo reanime as "forças populares abril" e vá buscar uma "revolução JÁ" ao supermercado das revoluções?

quinta-feira, abril 19, 2012

Sobre a Es.Col.A da Fontinha


As imagens da desocupação da unidade educativa auto-gestionada da Fontinha, no Porto (Es.Col.A da Fontinha) estão a transformar-se em mais um fenómeno mediático, daqueles que dão muito jeito aos poderes instituídos.

Dão jeito porquê?

Porque, com isto, faz-se muito barulho, mostram-se imagens de violência, reduz-se tudo ao mediatismo de manifestações e "tumultos" (tumultos: Pedro Passos Coelho dixit), tal como aconteceu com a recente carga policial no Chiado (e como, suponho, infelizmente há-de acontecer em mais acontecimentos do mesmo género que se preparam para o futuro próximo). A "notícia", mesmo a mais aparentemente incómoda, é recuperada como objecto de consumo e de condicionamento ideológico. Caros consumidores... perdão, concidadãos (consumidores... concidadãos: Vítor Gaspar dixit), a violência vende, e muito.

No meio de tanto ruído, que informação passa para a generalidade das pessoas? Quem não sabia o que era aquela escola ficou a saber? Ou ficou só com a imagem de um grupo de anarquistas que ocuparam uma casa onde fizeram uma coisa que nem é reconhecida pelo sistema educativo nem nada?

Espero que este vídeo possa esclarecer. É a história daquele projecto educativo, contado pelos intervenientes.

Mais (in)formação e menos ruído, se faz favor.

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Padre Ricardo Gameiro Lopes (1929 - 2011)

O Padre Ricardo Gameiro faleceu no dia 19 de Dezembro de 2011, aos 82 anos de idade.

Não sei bem o que dizer sobre o Padre Ricardo. Não tenho muito jeito para fazer homenagens póstumas. Conheci-o em 1994, na Rádio Voz de Almada (emissora de que ele foi um dos fundadores e de que era um dos directores e a principal figura de referência). E, como é natural, não fiquei indiferente à sua personalidade marcante (e um bocado intimidante no seu "papel" de director, para dizer a verdade). Não tinha por ele a maior das simpatias (até porque ele não procurava ser simpático, pelo menos quando o conheci). Mas sempre admirei uma sua rara e preciosa qualidade: a frontalidade!

Este artigo é de uma entrevista que lhe fiz em 2001 para o Jornal da Região (publicada também no Sem Mais Jornal). Ele resistiu bastante à ideia de falar sobre si próprio. Aliás, só consegui a entrevista prometendo-lhe que, mais tarde, faria uma reportagem aprofundada sobre a obra social do Centro Paroquial da Cova da Piedade. Infelizmente não cheguei a cumprir a promessa: poucos meses após a publicação desta peça deixei de colaborar com o Jornal da Região (e com a empresa do Sem Mais Jornal).

Tinha isto guardado para outra ocasião (e para outro blogue). Mas a vida prega-nos estas partidas de mau gosto...

sábado, dezembro 10, 2011

Atacar o parlamento é lutar contra o sistema? Ou é ajudar a acabar com o que resta da democracia?


Como sabem, o modelo neoliberal em que vivemos foi aplicado em primeiro lugar numa ditadura sem partidos (o Chile de Pinochet). A economia neoliberal passa muito bem sem partidos, sem parlamentos, sem democracia. Mas ainda precisa dos governos.

Como certamente já notaram, na Europa está em curso um processo de centralização à volta de um governo europeu (a Comissão Europeia), vassalo do poder financeiro e dirigido politicamente pela Alemanha. Esse governo dá orientações (chamadas directivas comunitárias) aos governos dos estados-membros. Nesse processo foram retirados poderes às instituições democraticamente eleitas: ao Parlamento Europeu mas, principalmente, aos parlamentos nacionais.

A cadeia de comando é: capital financeiro --> comissão europeia --> governos dos estados-membros. Os parlamentos são impecilhos neste processo. Para os neoliberais quanto menos "política" a atrapalhar a mão invisível das forças de mercado, melhor.

E eu sei que os meus esclarecidos e revolucionários amigos sabem isto muito bem. Não quero ensinar a missa ao padre.

Quero é que me expliquem porque - sabendo isto tão bem - não atacam os verdadeiros poderes (o capital financeiro e os seus mandatários do governo) e insistem antes em denegrir o parlamento, a política e os partidos.

Não é para fazerem a vontade ao capitalismo neoliberal, pois não?
Então é para quê?

Nota: escrevi este texto na "rede social" da internet em que participo, e não tinha a intenção de o publicar aqui. Mas decidi dar-lhe mais visibilidade porque até agora ninguém soube (ou quis) responder às perguntas que faço. E estou mesmo interessado em entender. Alguém me esclarece?

(A imagem é do documentário "The Story of Stuff

terça-feira, outubro 18, 2011

Com Ecalma e sem Ecalma





A Ecalma começou, finalmente, a fiscalizar o estacionamento ilegal na rua das piscinas da Academia Almadense. Finalmente, mas com um atraso que continuo sem entender (e que continuam sem me explicar, uma vez que ainda não responderam - nem sei se pensam responder... - às perguntas que, há quase dois meses, lhes fiz sobre o assunto!).

Claro que a intervenção da Ecalma não resolve o problema de fundo: a falta de civismo e de respeito pelos outros que é quotidianamente demonstrada até à exaustão por quem vem aqui fazer dos passeios o seu "parque de estacionamento" (e note-se que nesta rua e nas imediações ninguém "precisa mesmo" de meter o carro em cima do passeio: há muitos lugares de estacionamento legal, à superfície e subterrâneo, muitos dos quais GRÁTIS! - como estou farto de explicar.)

Vejam as fotos. No primeiro caso (17 de setembro, a meio da tarde), estava a Ecalma de serviço, a maior parte dos passeios estava desimpedida mas mesmo assim havia quem metesse o carro "só um bocadinho" em cima do passeio (o que continua a ser ilegal - cf. Código da Estrada, artigo 49, alínea f - mas não é só por ser ilegal que isso que me incomoda... já lá vamos).

Nas fotos do meio; dia 18 de outubro, às 17h30, já fora do horário de serviço da Ecalma, começam a aparecer carros em cima do passeio; na foto seguinte, às 18h40, já se vê os passeios começando a ficar, mais uma vez, atafulhados de carros.

Na foto de baixo: dia 22 de setembro de 2011, uma situação que era habitual, todos os dias e praticamente a toda a hora, antes da intervenção da Ecalma.

A intervenção da Ecalma é bem vinda e resolve temporariamente alguma coisa. Mas é apenas um remendo, enquanto as pessoas continuarem a achar que podem desrespeitar a lei (e os direitos dos outros) à vontade desde que não haja nenhuma autoridade por perto.

Porque é isso mesmo o que acontece! Tem acontecido sempre, aqui!

Só começaram a respeitar o Código da Estrada e a meter o carro em lugares de estacionamento legais quando foram obrigados a isso!

E penso que, enquanto for mesmo necessária a intervenção da Ecalma, essa empresa não deve pactuar (e aqui não tem pactuado, felizmente) com facilitismos e porreirismos do género "tenho só dois pneus em cima do passeio, não estou a incomodar ninguém".

Porque é assim que começa a falta de respeito:

primeiro metem só dois pneus em cima do passeio porque "ainda passa um carrinho de bébé ou uma cadeira de rodas"...

depois ocupam o passeio todo porque "não há lugar para estacionar" e "até tive o cuidado de não meter o carro em frente a nenhum portão ou garagem, o que é que você quer?"

e por fim, chegam à situação documentada na última foto: carros por todo o lado, incluindo em frente a portões e a garagens porque "onde é que está o sinal de estacionamento proibido? não vi nenhum!"

Não, não estou a inventar: ouvi esse tipo de "argumentos" muitas vezes, nos últimos tempos - antes de a Ecalma começar a intervir nesta rua.

E como é que isto se resolve, então?

Há quem defenda a extinção da Ecalma e a sua substituição por uma polícia municipal... Mas uma polícia municipal teria exactamente as mesmas competências que a Ecalma, com a diferença que não teria horário de serviço: poderia, portanto, actuar a qualquer hora, mesmo depois das 17h30. Será isso mesmo o que querem os que defendem essa solução?

Eu penso que o problema resolve-se com menos medidas repressivas (que devem ser só as necessárias e só mesmo para quem insiste em não cumprir regras de cidadania) e mais ordenamento (e alguma pedagogia, também... embora, como se tem visto, aqui a pedagogia tenha pouco efeito).

Mais ordenamento e medidas permanentes, preventivas. Por exemplo, barreiras físicas que impeçam o estacionamento em cima do passeio (os chamados pilaretes).

E isso não é nenhuma ideia nova. Está no Plano de Mobilidade Acessibilidades 21, aprovado pela Câmara de Almada há 10 anos!!!

Vejam aqui os documentos do relatório-síntese desse plano:

http://www.almadadigital.pt/xportal/xmain?xpid=cmav2&xpgid=genericPage&genericContentPage_qry=BOUI=46665

Parece-me que só falta vontade política para o aplicar. Ou falta mais alguma coisa?

quinta-feira, agosto 25, 2011

Duas perguntas à Ecalma


Farto de esperar pela resolução de um problema a já me tenho referido muitas vezes (ver aqui) decidi apresentar o assunto por escrito à Ecalma - Empresa Municipal de Estacionamento e Circulação de Almada. Eis o conteúdo do email, que enviei hoje e para o qual aguardo resposta:

Exmos Senhores

Moro na Rua Leonel Duarte Ferreira, Almada (Bairro de São Paulo, junto às piscinas da Academia Almadense e a um parque de estacionamento da ECALMA).

Nesta rua encontram-se, todos os dias e a toda a hora, viaturas estacionadas ilegalmente em cima dos passeios.

Tenho, repetidamente, telefonado para a Ecalma a denunciar estes casos e a pedir que essa Empresa Municipal venha remover pelo menos as viaturas que estacionam em frente à minha casa impedindo-me o acesso ao contador da electricidade.

Sempre que telefono para a Ecalma, respondem-me aí que não podem intervir nesta rua devido a "ordens superiores".

Gostaria, pois, que me esclarecessem as seguintes dúvidas.

1 - As "ordens superiores" para não intervirem nesta rua existem, de facto?

2 - Se existem, quem é a entidade e a pessoa responsável por essas ordens, a quem me possa dirigir para reclamar deste incumprimento da Lei?

Sem outro assunto por agora, e aguardando resposta.

domingo, junho 05, 2011

Portugal, anos 80, Portugal hoje: descubra (ou faça) a diferença



(Na foto: manifestação de estudantes em 1987, frente ao Ministério da Educação e Cultura, liderado então por João de Deus Pinheiro/PSD)

Entre 1983 e 1985 Portugal teve um governo de bloco central PS/PSD. A partir de 1985, um governo minoritário do PSD, com Cavaco Silva como primeiro-ministro. Foram tempos de grande crise económica (com "ajuda" do FMI, desde 1983), de grandes lutas de massas com gigantescas manifestações de muitos milhares de pessoas, e de repressão e atantados contra as liberdades democrática (num desses anos, até a habitual manifestação de 25 de Abril, no Rossio, foi cercada pelo Corpo de Intervenção da PSP!!!).

Depois de tanta crise, tanta luta e tanta resistência, o PRD apresentou uma moção de censura na Assembleia da República (aprovada com votos a favor de PS, PCP e seus aliados e, naturalmente, do PRD) que fez cair o governo e convocar eleições antecipadas. Fomos então a votos. E, contrariando todas as expectativas, foi o PSD (Cavaco Silva) quem ganhou, e com maioria absoluta.

Assim se desperiçaram tantas energias, tantas lutas... E apartir daí a direita neoliberal instalou-se no poder, de onde ainda não saiu. Porque os revolucionários daquele tempo não levaram a luta até ao voto. Erraram por excesso de confiança.

As semelhanças com a realidade actual parecem-me óbvias (*). O desfecho é que pode ser diferente.

Ou vamos, agora, cometer o mesm o erro?

(*) embora a realidade actual me pareça, comparada com a dos anos 80, uma realidade diminuida... mas isso é conversa para outra ocasião.

sábado, maio 28, 2011

Polícia dispara contra manifestantes em Setúbal


Isto aconteceu no 1º de Maio de 2011, no centro de Setúbal: polícia aos tiros contra uma manifestação pacífica, convocada por movimentos anarquistas.

Eu não sou anarquista. Simpatizo até com as causas deles, mas não gosto dos métodos voluntariosos que utilizam. (Claro que isso é outra conversa... mas digo só para esclarecer quem precisar de ser esclarecido)

Não vejo é razão nenhuma para isto. Tiros contra manifestantes desarmados? Num país democrático, onde a Constituição da República e as leis asseguram o direito à livre manifestação de ideias políticas?

Sim, porque Portugal é um país democrático, não é?

quinta-feira, maio 19, 2011

Edital sobre o funcionamento da ECALMA



Eu devo ser um tipo muito velho e desactualizado, com certeza. Porque ainda sou do tempo em que os editais tinham validade jurídica, e eram para cumprir.

Ou então ando distraído. Alguém tem visto por aí "informação ou reinformação pública sobre a missão e objectivos da ECALMA"? E "clarificação e publicidade das normas em vigor e dos procedimentos considerados adequados", onde está?

Este edital tem agora 5 meses. E não é mais uma manobra demagógica da oposição: foi apresentado em Assembleia Municipal... pela CDU. E aprovado.

Eu penso, sinceramente, que é um bom conjunto de medidas. Falta só cumpri-las. Porque não se cumprem? Estão à espera de quê?

sábado, março 26, 2011

Eu até queria escrever sobre outras coisas... mas todos os dias tropeço nisto:



Carros e camiões estacionados em cima do passeio, impedindo a passagem de peões. Nestes dois locais de Almada acontece todos os dias, e quase sempre com os mesmos protagonistas. É proibido, obviamente (Código da Estrada, artigo 49, alínea f). Mas ninguém faz nada para cumprir a lei e defender a segurança dos peões (que assim são obrigados a circular pela faixa de rodagem dos automóveis).

As autoridades não actuam, porquê? Têm sido avisadas muitas vezes! (Nem seria preciso - porque isto é transgressão tão evidente - mas têm sido avisadas...)

Que conclusões tirar disto? Almada passou a ser uma terra sem lei?

Ou a lei só se "aplica" à noite, nos bares e nas ruas de Almada Velha - onde não se pode estar pacatamente a beber um copo e a conviver sem que apareça a PSP, e armada até aos dentes como se andasse a perseguir perigosos delinquentes?

Alguém me explica o que se está a passar na minha cidade? Não cumprir a lei compensa, em Almada?

PS - É claro que, depois de diagnosticar problemas e apresentar propostas para os resolver - e tendo em conta que ando nisto há tanto tempo e continua tudo na mesma - já não posso acreditar na boa fé nem na vontade política de quem tem meios para resolver isto. Por mais propaganda que me tentem impingir, só acredito quando vir soluções em prática. E estou curioso para ver se não serão as soluções que eu sugeri... implementadas com um atraso absurdo (deviam ter sido pensadas com antecedência - ou seja: antes de se perceber que não é só por a Câmara inaugurar novos parques que o problema do estacionamento fica automaticamente resolvido). É que se for isso, desculpem lá, mas parece que - pelos vistos, não é? - até eu fazia o mesmo e mais depressa, se tivesse poder para tal.

E se os meus amigos acham que estou a insistir muito no mesmo tema, ajudem-me a resolvê-lo. Quando deixar de haver assunto, eu deixo de ter razão para escrever sobre ele, não é?

quarta-feira, novembro 03, 2010

Sem comentários?


Sem comentários, mas com a devida contextualização.

Esta imagem foi captada no dia 3 de Novembro de 2010, por volta das 18h30. É em Almada Velha, perto do Arquivo Histórico. Uma das viaturas que está estacionada em cima do passeio costuma estar ali todos os dias, em cima daquele mesmo passeio. Estacionar em cima do passeio é proibido pelo Código da Estrada (como qualquer automobilista devia saber). Mesmo que não o fosse: aquela placa que ali está é mesmo um sinal de estacionamento proibido (sim, estão a ver bem, é mesmo).

E tudo isto porque não havia lugar para estacionar? Mentira: havia lugares, e muitos numa praceta que fica a pouco mais de 10 metros dali!!!

Ainda se admiram por eu andar tão farto de chicos espertos?

terça-feira, agosto 31, 2010

Almada, 31 de Agosto de 2010


Sem comentários, mas com uma nota de índole pessoal. É que, há uns tempos, fui acusado por pessoas ligadas à instituição proprietária da viatura que, na foto, está a transgredir o artigo 49º do Código da Estrada (cf. alínea f), de ser um tipo que "não cumpre regras" (e nem se deram ao trabalho de explicar a que "regras" se referiam...).

"Bem prega Frei Tomás", apetece-me dizer...

quinta-feira, junho 17, 2010

Uma questão de "bolhas" no Facebook? Ou algo mais - tipo, censura!?


Há pessoas que têm visto os seus perfis do facebook desaparecer de forma misteriosa. São pessoas que veem as suas contas desactivadas depois de meterem comentários no mural de uma página que se chama "não resisto a estoirar as bolhas do plástico de bolhas de ar".


Eu vou lá meter um comentário. Mas receio que o meu perfil seja apagado logo a seguir. E não, não estou a brincar!

Há mesmo aqui um caso de censura. Absurda e fútil - porque, como verão, tudo se resume a...bolhas! Mas censura, de facto!
Vou contar-vos a história, de forma breve, resumida e muito factual.

Como possivelmente saberão, um dos "passatempos" mais bem sucedidos entre os utilizadores dessa rede social, é rebentar, ou estoirar, plástico-bolha. Grupos e páginas sobre bubble wrap - ou equivalentes, em inglês, francês, italiano, alemão, espanhol... - havia aos pontapés e tinham muitos membros e fãs. Não havia era nada disso em português. Não havia, até Dezembro passado, quando apareceu o primeiro grupo tuga sobre o assunto. Chama-se REBENTAR PLÁSTICO DE BOLHAS? FIXE! - e, já agora, convido-vos a visitarem-na aqui http://www.facebook.com/group.php?gid=227026504318&ref=ts.

Em Março deste ano aparece uma página que começa a fazer muito sucesso (de forma muito rápida e, para mim, ainda muito misteriosa: chegaram a ter, segundo os próprios, 1 novo fã por minuto, o que me parece estranho, mas adiante...). Um dos administradores do grupo mais antigo (um utilizador do fb chamado Miki Sorraia) foi lá, deu-lhes os parabéns e aproveitou para dizer "visitem o nosso grupo, já que temos algo em comum mas não fazemos concorrência".

Resultado? A pessoa que escreveu isso foi impedida de fazer comentários na página. Ainda tem a conta activada, continua "fã" da página, mas não visualiza a janela de comentários nem o botão "gosto".
Estranho, não é?

A seguir aconteceu pior com dois administradores desse primeiro grupo. Um deles (Carlos Martinez), viu o seu perfil apagado logo após ter feito um comentário na página. Mas foi "logo após", literalmente: escreveu, terminou sessão, foi à sua vida e, pouco depois, quando tentou entrar no fb viu que tinha a conta desactivada!!!

O outro, Álvaro Santos, também viu a sua conta desactivada, mas "só" ao segundo comentário. No primeiro comentário que fez perguntava porque razão as referências ao grupo eram constantemente e imediatamente apagadas adquela página (quando links para outros grupos e páginas e perfis não são apagados e ficam lá durante dias).

Ele ainda teve uma resposta: que a página apaga os links de outros porque optou por não aceitar spam; e que não são os administradores do grupo quem desactiva perfis, mas sim o facebook!

Mas, se passarem agora mesmo por essa página encontram lá, muito provavelmente, ligações (spam, portanto?), que não foram apagadas, e que ficam lá durante muitos dias! É ou não uma tentativa de ocultar e atacar, apenas, os membros do grupo que apareceu entes e que, aparentemente, tanto incomoda os administradores da página - pergunto eu

Ora bem, isto foi da primeira vez que ele comentou. A seguir, fui lá eu fazer umas perguntas e manifestar as minhas dúvidas.

Ele (Álvaro Santos) comenta o meu post (no dia 27 de Maio) e acontece o quê? Acontece que, logo no dia seguinte, ele fica sem a sua conta do fb!!! Que coincidência extraordinária!

Eu não sei se foi mesmo o fb que apagou as contas dos administradores do grupo Rebentar Plástico de Bolhas? Fixe!. Acho é muito estranho que isso tenha acontecido logo após comentarem numa página chamada "não resisto a estoirar as bolhas do plástico de bolhas de ar". E sim, neste momento, depois de dedicar bastante tempo a investigar o assunto, tenho a certeza do que afirmo! Comentas naquela página e, se dizes alguma coisa que não lhes agrada, a tua conta desaparece misteriosamente!!!

Como disse um dos administradores do grupo (o mais antigo, o Rebentar Plástico de Bolhas? Fixe! - que apereceu em Dezembro de 2009), parece que os tipos que criaram a página (que apareceu só em Março deste ano) têm o medo ridículo que se saiba que, afinal, não foram eles quem teve a ideia. Foi o Alvaar Santux quem escreveu isto, mas escreveu-o num comentário que já ninguém volta a ler - porque a conta dele foi desactivada!

Agora, como vos disse, irei lá manifestar - mais uma vez - a minha estranheza. Mas tenho medo que a minha conta leve o mesmo destino da dos outros dois.

Por tudo isto, aconselho-vos a terem muito cuidado com aquela página.

E -porque, como já entenderam, também estou no facebook e também tenho por lá amigos virtuais - cheguei mesmo a pensar sugerir aos meus amigos que se desvinculem da dita (caso tenham aderido) e/ou que a denunciem por dirigir ataques a terceiros ou por permitir spam (isso - denunciar conteúdos ou atitudes - faz-se num botão que existe no fundo da barra lateral esquerda da página).

Mas pensei melhor, e afinal não vou sugerir nada. Cada qual que pense no assunto e faça o que entender.

Nota de rodapé - se decidirem fazer alguma coisa, não fiquem baralhados: o grupo foi a vítima, o agressor (enfim, "alegado" agressor.. bah!) foi quem administra a página. Não se enganem, ok?

terça-feira, junho 15, 2010

Por favor não estacione em cima do passeio e, já agora, não o faça à minha porta, pode ser? Obrigadinho e desculpe lá o incómodo.


Este senhor andou à procura de um sítio para estacionar o carro em Almada Velha e, pelos vistos, não encontrou melhor que o passeio em frente à minha porta embora existam outros locais: por exemplo, um parque de estacionamento de utilização livre, numa praceta mesmo ali ao lado - mas que, admito isso, o senhor possa não conhecer).
E, enfim, que estacione em cima do passeio ainda vá... É ilegal, segundo o Código da Estrada - mas como eu não sou fiscal da ECALMA nem polícia municipal não posso fazer o que a lei prevê para casos destes (e que é, simplesmente, a remoção do veículo).

Agora, estacionar em frente a um portão, quando tinha tanto espaço (ilegal na mesma mas ainda assim um bocadinho menos menos incómodo para quem precisa de circular a pé) noutros bocados de passeio ali à volta?! Não me parece lá muito bem!

Eu entendo que, por enquanto, ainda não existem muitos lugares para estacionamento nesta zona. Suponho que, assim que os dois novos parques de estacionamento da ECALMA (Capitão Leitão e Campo de São Paulo) entrarem em funcionamento , os automobilistas vão deixar de ocupar abusivamente os passeios.

Acredito que, com civismo. respeito pelas regras e boa vontade, imagens como estas irão em breve passar à História.

Espero não me enganar.

terça-feira, maio 25, 2010

Podiam não estacionar em cima dos passeios? Podiam. Mas não era a mesma coisa...


Eu gostaria muito de viver num mundo em que todos nos respeitássemos. Num mundo em que todos nos regulássemos apenas por aquela máxima de que "a minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros". Num mundo assim não seriam necessários polícias nem empresas municipais de fiscalização de trânsito.

Mas o mundo em que vivo é este.

Um mundo em que, assim que os agentes de autoridade viram costas, há sempre chicos espertos prontos a fazer o que bem lhes apetece, cagando-se (perdoem-me a expressão, mas é a mais adequada) para os direitos e liberdades dos outros... E mesmo que - como é o caso - tivessem outras alternativas (um lugar de estacionamento ali mesmo ao lado), preferem sempre a que mais lhes convém. E eu (ou você), se quiser que mude de passeio ou que vá pelo meio da rua!

O que vos mostro é um caso concreto. Um entre muitos com me deparo todos os dias (embora menos, ultimamente - porque há quem fiscalize, cada vez mais, estas infracções). A foto é de dia 24 de Maio de 2010, na rua Armeiro Mor, Cova da Piedade, Almada.

E depois, se foram multados, ainda se queixam? Pois eu - cidadão como eles, e também utilizador do espaço público - queixo-me e reclamo se não forem responsabilizados por isto! E tenho todo o direito!

domingo, abril 25, 2010

... Sempre !!!




Comemorações do 25 de Abril em Almada.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Carro da Polícia cruza-se com viatura não autorizada na "zona pedonal" de Almada. E deixa andar.


Esta foto está desfocada e tremida: Felizmente. Assim, não identifica nem o infractor nem os agentes da autoridade, que não exercem a dita perante as infracções.

Foi captada, a imagem, hoje mesmo (quarta-feira, 20 de Janeiro de 2010), ao final da tarde, na Avenida D. Afonso Henriques, no troço supostamente pedonal.
O carro da Polícia é mesmo um carro da PSP. Logo, de uma instituição (uma das raras) que está devidamente autorizada a passar na "zona pedonal". Já a viatura não identificada é isso mesmo: uma viatura não identificada. Ou seja: sem qualquer tipo de identificação que lhe permita circular em plena "zona pedonal".

E o que tem esta fotografia de especial? Nada, infelizmente! O abuso é tal e o "fechar de olhos" da polícia é tão habitual que, de facto, casos como estes já nem seriam "notícia" - não fosse o facto de estar um a cometer uma ilegalidade e o outro a deixar que a ilegalidade seja cometida.

Não é novidade, mesmo assim? Pois não - e é exactamente isso o mais grave e preocupante!

É que não se trata da primeira vez que isto acontece: tenho visto, todos os dias e a toda a hora, viaturas não identificadas circularem na "zona pedonal" de Almada... e, uma vez, vi mesmo uma dessas viaturas circular, não no sentido contrário (como é o caso aqui evidenciado), mas atrás de um carro da Polícia! Só que, dessa vez, não levava comigo máquina fotográfica... (Mas fica para a próxima: por este andar, há-de haver muitas oportunidades, não é?)