quinta-feira, março 08, 2012
Problemas antigos...
A História não se repete: continua.
quinta-feira, setembro 02, 2010
"Vinte anos, vinte festas" - artigo do Sul Expresso sobre a Festa do Avante de 1996

quinta-feira, abril 23, 2009
O Ponto de Encontro (Casa da Juventude de Cacilhas, Almada), em 1995
Mas a casa teve, alternadamente, períodos de grande actividade e períodos de algum marasmo.
Em 1995, os utentes do espaço diziam que a actividade cultural já não era o que tina sido em anos anteriores. Eu, que estava ao serviço do jornal Sul Expresso - e que conhecia bem aquele espaço e as actividades que lá se realizavam - fiz então esta reportagem:

quarta-feira, novembro 26, 2008
O Metro Sul do Tejo: contribuições para a sua história







http://vitorinices.blogspot.com/2007/05/ateno-vou-opinar-sobre-o-metro-sul-do.html
segunda-feira, dezembro 03, 2007
SUL EXPRESSO, um projecto editorial almadense, na década de 90

Jornal generalista, de periodicidade quinzenal, o Sul Expresso foi, no seu tempo, um projecto controverso (por não ter medo de incomodar os poderes, se tal fosse necessário) e, no entanto, ignorado da população em geral (porque nunca teve um circuito de distribuição eficaz, e porque os vendedores – ou, se preferirem, as “bancas” de jornais – não o punham à mostra porque “não vendia”... e, é claro, se não o punham à mostra, as pessoas não o conheciam, logo...“não vendia”).

É como vos digo: não sei o que esteve na origem dessas alterações. Mas sei que, de aí em diante, o Sul Expresso teve tudo (bem, quase tudo...) para ser o órgão de comunicação social “de referência” que ambicionava ser (e que merecia ter sido). Teve um director que não pactuava com “arranjinhos” partidários, mas queria fazer jornalismo responsável e sério (sinceramente, fiquei com essa ideia a respeito do Luís Maia, e mantenho-a até hoje). Tinha jornalistas de qualidade (dois exemplos: Raul Tavares e Marina Caldas). Tinha colaboradores como Fernando Rebelo e Artur Vaz. Até tinha, vejam lá, um paginador do Expresso (o original), chamado António José Ribeiro!



Sul Expresso: dois editoriais e um (triste) epílogo
Também já vos disse que o Sul Expresso apareceu conotado com o Partido Socialista (e nunca se livrou do rótulo “jornal do PS”).
No entanto, Luís Maia tentou (e, até certo ponto, conseguiu mesmo) fazer com que o jornal se afastasse de qualquer linha político-partidária. Neste editorial, e a propósito de uma qualquer “trica” política da época, o director deixava um recado aos críticos do jornal e, eventualmente, a quem ainda pretendesse fazer dele uma espécie de “correia de transmissão”:

Entretanto, Luís Maia sai do jornal (e, neste caso, não sei bem se alguma vez cheguei a entender porquê – por isso mesmo, não comento a sua saída) e, para ocupar o seu lugar, surge Raul Tavares (que já era um dos principais responsáveis pela revista Sem Mais, de Setúbal, e fazia parte da redacção do Sul Expresso).
Não se tratou, contudo, de uma simples mudança de director. As informações de que disponho (enfim, não serão muitas, mas julgo que são credíveis) permitem-me dizer que, nessa fase da vida do Sul Expresso (em meados de 1996) os accionistas (com o empresário almadense Artur Cortez à cabeça) estavam descontentes com o rumo que o jornal estava a tomar e decidiram, por isso mesmo, pôr um ponto final na edição.
Para salvar o Sul Expresso, alguns jornalistas (entre eles, Raul Tavares e Humberto Lameiras) e o paginador (António José Ribeiro – hoje director do jornal Notícias da Zona, de Sesimbra), assumem a edição, comprometendo-se também a viabilizar o projecto, de maneira a que pudesse continuar a ser sustentado pelos accionistas.
É dessa fase o editorial em que Raul Tavares assumia a liderança de «um jornal que quer prosseguir uma linha editorial acima de todas as lógicas políticas, que não aloinha em credos e não se deixa quedar por razões economicistas».
Bem, não deverei ser eu (que, embora apenas como jornalista “assalariado”, estive sem medos e sem reservas com o projecto Sul Expresso) quem vos poderá dizer se esses objectivos foram ou não conseguidos. Até porque já disse que, na minha opinião, o Sul Expresso foi o melhor projecto editorial almadense das últimas décadas.
Digo-vos, sim, que a publicação teve um final inglório. Primeiro, foi assaltada (a redacção ficava num terraço de um prédio na Praceta Capitães de Abril, muito perto da zona que hoje é conhecida como “triângulo da Ramalha” – e, por sinal, era muito fácil de arrombar). Depois, aconteceu um incêndio misterioso (que, felizmente, foi detectado antes de consumir por completo todo o espólio do jornal).
Por fim, já numa fase em que, para salvar o que era (ainda) possível, a publicação tinha passado a mensal, um outro assalto acabou de vez co o projecto.
Por acaso, eu até estava sozinho na redacção pouco antes desse segundo assalto ter sido consumado, e julgo que até sei quem foi o “menino” (um dos “meninos”, aliás) que assaltou: terá sido alguém que me conhecia muito bem, e que já muito me tinha prejudicado (e que eu julgo ter reconhecido), mas, enfim... é apenas uma suspeita e eu não quero levantar falsos testemunhos.
O Sul Expresso acabou, de uma vez por todas, em 1997. Havia ainda a esperança (e uma remota promessa...) de recomeçar, com uma nova redacção (aliás, eu fui, no último número, “chefe” de uma redacção que não existia). Tudo terminou quando, numa reunião em que estava eu, o director demissionário Raul Tavares e o “patrão” Artur Cortez, este nos comunica que o Sul Expresso já era.
Assim, sem mais. Ponto final.