quinta-feira, junho 19, 2008

Mesmo assim... Obrigado, Portugal!


Eu estou muito chateado com esta derrota (Portugal, 2 - Alemanha, 3).

Mas não estou chateado pela derrota. Num jogo como é (ou deve ser) o futebol, ganha-se e perde-se e nada disso é uma tragédia: é um jogo! E foi bonito enquanto durou! Concordo: obrigado Portugal, somos "campeões de coração"!

O que chateia é perder com a Alemanha (para perder, antes tivesse sido com a Holanda, com a Espanha ou, vá lá, com a Itália - que são as melhores equipas deste Euro 2008). E chateia perder com aqueles golos de "bola parada" para os quais já deviamos estar "vacinados" pelo menos desde o Euro 2004 (lembram-se daquele golo grego?...).

Eu lembro-me que, depois da final de 2004, um jogador português dizia que «se perdessemos com uma equipa que nos atacasse», tipo República Checa, ainda vá lá... (se não me engano, quem disse isso foi o Rui Costa... mas posso estar enganado...).

Desta vez até perdemos com uma equipa que ataca (e que, tal como nós, tem na defesa o seu ponto fraco).

O problema foi (como sempre...) o excesso de confiança.

Recordo-me, também, que nos anos 70 e 80 (do século passado, pois...) quando as equipas portuguesas jogavam em competições da UEFA, os adversários diziam sempre, antes do jogo, que "os portugueses são favoritos, porque têm melhor técnica e são melhores que nós".

"A gente", equipas portuguesas, acreditava e... ganhavam eles, os menos ingénuos adversários.

Desta vez, diziam os alemães (e não só os alemães, está bem...) que Portugal era favorito, que tinhamos os melhores jogadores do mundo...

E o pior é que (penso eu de que...como diz o outro) até os jogadores da selecção acreditaram nisso.

A coisa não podia ter acabado de outra forma? Se calhar, até podia.

Mas eu, nestes casos, lembro-me sempre daquela frase cirecense:
«Qualquer distracção é a morte do artista!».

E, sim: estou triste que nem um cão.
(Sem ofensa para o cão...)

1 comentário:

Debaixo do Bulcão disse...

Correcção:

«Nestes casos, lembro-me sempre daquela frese CIRCENSE» (de circo) e não CIRECENSE (como está escrito).

Foi uma gralha. Peço desculpa.

Viva Portugal!

(e tal)

Vitorino