Perigoso mesmo era andar na rua em Almada, nos anos 90!
Recapitulando: ainda que hoje exista um novo tipo de criminalidade (não o nego: é evidente), eu não me sinto mais inseguro.
Sei que me arrisco a estar no local errado, à hora errada, e a ser vítima de algum criminoso mais violento (ou mais "profissional"). Mas, nos anos 90, esse risco era constante: bastava andar na rua, a partir do início da noite, ou apanhar um autocarro para a Costa de Caparica (ou qualquer outro, que passasse pela periferia de Almada) para correr o risco de ser assaltado por um bando de imbecis dos subúrbios.
Os autocarros eram, nesse tempo uma espécie de Kinder Surpresa (passe a publicidade): não sabiamos o que ía lá dentro antes de lá entrarmos. E às vezes a "surpresa" era pancadaria e assaltos.
O quinzenário Sul Expresso tentou, nesses tempos turbolentos, perceber que raio se estava a passar. E, entre 1995 e 1996 produzimos as seguintes peças jornalísticas - assinadas pelos jornalistas António Vitorino e Marina Caldas:
Agora que essa delinquênca juvenil quase deixou de existir (veja-se o que diz o mais recente relatório de segurança interna...), seria talvez interessante - e útil - tentar entender como (com que recursos, com que métodos...) o assunto foi trabalhado pelas intituições locais e nacionais, desde os anos 90 até à actualidade.
Mas nem sempre a comunicação social tenta encontrar explicações para os factos. É triste, existe, não é fado, mas é verdade...
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