sexta-feira, outubro 09, 2009

Razões para votar CDU, em Almada




Quatro razões fundamentais para votar CDU este domingo:


Porque a CDU tem um projecto de futuro, alicercado na experiência e nas lições do passado.


Para continuar a fazer de Almada, uma cidade mais saudável - em todos os sentidos da palavra.


Porque conheço a gestão do PS noutras câmaras do país: incompetente, demagógica, hegemónica e mesmo anti-democrática. Não quero esse estilo de "governação" em Almada.


Porque sei do que é capaz este PS almadense: intrigas, calúnias, oportunismo político, e mesmo desrespeito pelas leis do Estado Democrático quando pretendem atingir os objectivos que mais lhes interessam.


Passo a explicar, ponto por ponto:

1 - Quando vim para Almada, em 1973, a cidade terminava onde hoje começa a avenida Bento Gonçalves. Daí para diante, era descampado, barracas, falta de saneamento básico e de abastecimento de água.


Eu vivi num desses bairros de barracas: o Raposo de Baixo. Conheci essa realidade e vi (vejo) como a gestão autárquica resolveu os problemas - e resolveu-os melhor que a generalidade das câmaras que gerem grandes cidades.

A cidade de Almada era um amontoado de prédios, sem ordenamento, quase sem espaços verdes. Ordenar esta urbe, fazer deste território um espaço agradável para se viver, parecia quase a "missão impossível". A CDU não apenas conseguiu fazê-lo, como tornou esta cidade e
este concelho um dos mais reconhecidos em termos de qualidade de vida, no espaço geográfico em que se insere (a Área Metropolitana de Lisboa). "Um dos mais reconhecidos", digo eu? Pois: lembremo-nos, por exemplo, do que disse a esse respeito uma personalidade tão insuspeita de simpatias comunistas como o Professor José Hermano Saraiva, no programa que veio fazer a Almada.

Almada tem, hoje, uma rede de equipamentos culturais, desportivos e educativos que, sem ser já "topo de gama" (como era nos anos 90, com as, nesse tempo, tão denegridas "obras do regime": Complexo Municipal dos Desportos, Fórum Romeu Correia, etc.) é uma rede de
proximidade, servindo cada vez mais as pessoas. E tem uma estratégia para fazer desses equipamentos espaços cada vez mais utilizados.


Tudo isto não é novidade, nem é segredo para ninguém: está no programa eleitoral da CDU - Almada.

2 - Quero ver Almada mais saudável. Menos poluída, mais eco-eficiente. E mais saudável, também, em termos de participação e de cidadania.


A implementação do Metro Sul do Tejo (e a consequente requalificação dos espaços urbanos) é talvez o aspecto mais visível desta estratégia.


Mas há também toda a requalificação prevista, para a cidade e para o concelho, tendo em vista optimizar recursos e consumos de energia, diminuir os impactos negativos das actividades humanas no equilíbro ecológico do território em que vivemos - e, portanto, do planeta inteiro.


Há, por exemplo, a "cidade da água", em Cacilhas - mas isso é, apenas, um dos projectos (talvez o mais "espectacular" - mas só um) dos que podem ser consultados no site da CDU - Almada.



E é importante que, na prática, todas estas alterações na vida da cidade e do concelho sejam debatidas com os principais interessados: os cidadãos, os habitantes deste espaço comum. A lei prevê mecanismos para tal: por exemplo, os períodos de consulta pública de projectos estratégicos. Mas a Câmara de Almada tem levado esse esforço mais longe. Sabem quantos foram os Fóruns de Participação sobre o MST realizados em Almada? Eu não sei, não me lembro - mas foram muitos, e muito divulgados.


Quem lá quis ir, conhecer o projecto e dar a sua opinião, foi, conheceu e contribuiu para o debate.

É assim - e não com "bocas" anónimas e aproveitamento político de propostas alheias - que se promove a cidadania, a participação política, a saúde da democracia portuguesa!


Quantos municípios expõem desta forma aos seus cidadãos os projectos que mexem com a vida da colectividade? Não certamente os do PS, que eu conheci, porque neles estive a trabalhar e a morar: Portalegre e Setúbal... Mas falarei disso, resumidamente. E é já a seguir.


3 - Conheci Setúbal durante os anos 90; Portalegre entre 1999 e 2000. Câmaras geridas, com prepotência e arrogância, pelo PS.

Morei em Setúbal durante todo o ano de 2001. Tempos de gestão autárquica PS, do então presidente de Câmara Mata Cáceres, com um estilo meio caciqueiro, em alguns aspectos não muito diferente de outros "famosos" autarcas portugueses... Eu não tinha grandes razões de
queixa: trabalhava numa empresa de comunicação social gerida por pessoas afectas ao PS e ao PSD. (Afectas significa, neste caso "militantes", mesmo - e, em certos casos, militantes com alguma influência na hierarquia do partido).

Eu não tinha razão de queixa dessa gestão PS - mas o povo setubalense tinha, e - nesse mesmo ano - correu com os "socialistas" para dar lugar à CDU. E parece que assim vai continuar. Os eleitores de Setúbal lá saberão porquê.

Foi em Portalegre (cidade e distrito) que vi a gestão autárquica PS em todo o seu esplendor. O PS tinha, então, 10 de 15 Câmaras, e exercia o poder de forma arrogante, sem qualquer respeito pela opinião dos outros, e sem resolver problemas básicos da população.

Eu tive o azar de trabalhar para um jornal independente - o Jornal D'Hoje - não alinhado com qualquer poder local e (pior ainda!) não alinhado com o poder local do PS. Impediram-me (impediram-nos!) o acesso a informação, de forma constante e sistemática. Ser jornalista, em
Portalegre, sob um "regime" autárquico PS? Deu no que já contei anteriormente neste blogue.

Por exemplo, aqui:


Liberdade de expressão? Livre acesso à informação? Sobre tal assunto estamos conversados.

Mas, pelo menos, resolviam os problemas das pessoas? Nem por isso. Em Portalegre cidade, por exemplo, na transição do século passado para este, a autarquia PS ainda não tinha resolvido o problema do abastecimento de água à população. E era difícil fazê-lo, numa cidade tão
pequena, no meio de uma serra, com tantas fontes de água? Não, não era: bastava ligar os canos de abastecimento a partir de uma barragem onde a captação era feita. E porque não o fazia uma câmara PS, num tempo em que até o Governo era PS (António Guterres) e, portanto, não criaria grandes entraves à obra? Não me perguntem... Eu, sinceramente, também tinha alguma dificuldade em entender isso.

Mas havia já muita gente que falava em incompetência. E, em 2001, os eleitores de Portalegre cidade (que também não devem ser assim tão parvos) correram com o PS e elegeram - do mal o menos... - um independente, chamado Mata Cáceres, que se candidatou por uma lista do
PSD. E que ainda lá está.


4 - Claro que, em Almada, somos todos mais civilizados. Aqui os "socialistas" não se comportam dessa forma, pos não? Será? Acham mesmo que sim?... Vejamos.

Veja-se, no artigo abaixo deste, o que escrevi sobre uma certa "Rosinha" que escrevia anonimamente num jornal "do PS" e que era, nem mais nem menos que um deputado municipal "socialista" que agora se recandidata ao mesmo órgão autárquico. A "rosinha" já não
deve ter limões - mas continua com ambições políticas - e é suportado pela estrutura do PS concelhio. E integra a lista de Paulo Pedroso!
Note-se também que muitos dos "socialistas" que agora nos prometem "o fututo" são os mesmos que, na década passada, denegriam as realizações da CDU, com argumentos tipo "a transferência do Mercado de Levante vai acabar com o comércio em Almada" ou o Fórum Romeu Correia "vai ser uma casa para a Maria Emília". Eu ouvi barbaridades destas, ditas por pessoas que agora apoiam as listas PS às autarquias almadenses. É isto uma forma responsável e séria de fazer política?

É isto o "futuro" que o PS nos quer impingir? Esta forma rasteira de fazer política, que - pelos vistos - fez escola (é ver o que se passa numa série de blogues "anónimos", de gente que finge não ter relação nenhuma com o PS)?
Mas pronto: isto é "apenas" falta de educação, falta de maturidade democrática, não é?
Talvez...
Mas eu referi, no início deste artigo, que em Almada há gente do PS que não tem problemas em desrespeitar as Leis da República, do Estado de Direito Democrático, para atingir os seus objectivos. E sei do que falo.

Não vou ser muito explícito. Nem devo, porque o caso está entregue à Justiça. Mas já me refri ao assunto, muitas vezes, neste mesmo blogue.
Imaginem que, para fazer um favor pessoal a pessoas que, por acaso, são todas do "partido do Governo", uma pessoa com um cargo de confiança política (do "partido do Governo") aceita uma "cunha" dessas pessoas (do "partido do Governo") e, dessa forma, comete um crime (ou vários - a Justiça decidirá). Mais: demonstra, essa pessoa - que exerce um cargo de confiança política, nomeada pelo "partido do Governo" - que não respeita, nem mesmo conhece, as leis que invoca e que devia fazer respeitar. Reparem: não se trata aqui de uma cunha ao patrão de uma qualquer
empresa. É manipulação do aparelho do Estado por parte do "partido do Governo". O que, em linguagem jurídica, se poderá traduzir (no mínimo) por tráfico de influências.

Isto aconteceu mesmo (repito e insisto, para que fique claro - tanto quanto for possível, por agora) entre gente do "partido do Governo" - ou seja: gente que no PS, em Almada, ocupa cargos de responsabilidade. E que, por isso mesmo, há-de ser responsabilizada, a seu tempo e nos
locais adequados.


E o "partido do Governo" é o PS! É o mesmo PS que, em Almada, promete "o futuro, 35 anos depois".



Mas que futuro podemos esperar desta gente que usa métodos do passado?

Eu não vou na conversa deles. Conheço-os de ginjeira. Não os compro.

Por tudo isto (e por muito mais...), dia 11 de Outubro, voto CDU!

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