segunda-feira, dezembro 29, 2008

A minha primeira exposição de fotografia... (Dezembro de 1990)


Dezembro de 1990: o tal ano em que o "bloco de Leste" se desfez... Álvaro Cunhal ainda era o secretário-geral do PCP, mas havia também Carlos Carvalhas - o homem que teria a difícil tarefa de liderar o Partido Comunista Portugês nesses anos críticos (críticos para o ideal comunista, entenda-se) e que o fez muito bem (digo eu).
Em Dezembro de 1990 estávamos em campanha eleitoral para a Presidência da República Portuguesa, e Carlos Carvalhas era o candidato do PCP.


Eu era frequentador do Ritz Club e - por coincidência, ou não - a candidatura de Carvalhas faz uma acção de campanha nesse espaço da noite lisboeta. Eu tive a sorte, o privilégio (e essas coisas todas, etc. etc.) de ser convidado para apresentar alguns trabalhos meus. Pois: eu fazia fotografia (desde os anos 80) a preto e branco, com uma praktika mtl qualquer coisa, e até usava rolos da orwo (marcas da ex-RDA, a máquina e os rolos), e tinha muitas horas de experiência no laboratório do Centro Cultural de Almada... Enfim, tinha algumas fotografias para apresentar!
Então, com o meu amigo Rui Jorge Martins, decidi (decidimos) aceitar a porposta, e apresentar, no dia 29 de Dezembro de 1990, ao cimo da escadaria que dava entrada para as instalações do Ritz Club, alguns painéis com fotografias, aos quais chamámos PortFólios. (Não nos pediram um nome original, está bem? Pediram-nos, só, fotografias).

Aquilo foi uma exposição só de um dia. Soube-me a pouco e, por isso mesmo, propus à Casa Municipal da Juventude de Almada (Ponto de Encontro, em Cacilhas) realizar ali uma versão revista e aumentada. E assim se fez: se não me engano, foi em Janeiro de 1991 que as minhas fotos apareceram, pela primeira vez, numa exposição individual, em Almada.

Mais tarde, durante essa década de 90, fiz outras exposições: de fotografia (PhotoGraphias) no Ponto de Encontro, e de pintura a marcador, no Ponto de Encontro e num bar de Almada Velha que se chamava Alma da Velha... Mas essas coisas perderam-se. (Não fui eu quem as perdeu, não; mas enfim... não falemos de coisas tristes, mais uma vez...)

Mesmo a exposição de 1990/1991, perdeu-se quase toda. Ficou apenas isto:









A minha primeira exposição de fotografia (ou o que dela resta...).





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