domingo, maio 30, 2010

Um "esforço patriótico e nacional"?


Num tempo em que o Governo impõe medidas de austeridade, e em que o próprio primeiro-ministro, José Sócrates, veio pedir a todos um esforço "patriótico e nacional" (leia-se: apertar o cinto), a revista Sábado teve a feliz e brilhante ideia de fazer algumas contas às despesas do Estado (Governo, autarquias e Assembleia da República).

Vale a pena ler, para concluir, por exemplo, que em 2006, o gabinete de José Sócrates "tinha gasto 219 mil euros em comunicações móveis; este ano pagou 63 mil euros em flores naturais para a sua residência oficiaL, mais 43.800 euros que em 2009".

Adianta ainda a Sábado que "todo o Estado" gastou em 2008 "90,8 milhões de euros em combustível para utilizar nos seus 29 mil carros. Agora serão 29.006: em 2009 e 2010, o Banco de Portugal pagou à BMW mais de 210 mil euros por seis veículos". Lendo o artigo ficamos a conhecer, também, as despesas do Estado (e do Governo, em particular) com assessorias e consultorias, estudos e pareceres (mais que muitos...) efemérides e brindes...

Tudo isto apenas no que diz respeito a ajustes directos.

É óbvio que cortar nestas despesas não seria o suficiente para resolver a crise. Mas que dava uma ajuda, lá isso dava.

E era um bom exemplo. Assim, já poderíamos fazer o mesmo "esforço patriótico" que eles fazem e não apenas o que nos dizem para fazer. Se o fizessem...

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