quarta-feira, setembro 30, 2009

EU NÃO ACREDITO EM VAMPIROS MAS LÁ QUE ELES EXISTEM EXISTEM ou breve relato de como a Câmara de Évora foi indrominada pelo "Príncipe da Transilvânia"

Mais um facto extraordinário, relatado na edição de hoje do Diário de Notícias e aqui reproduzido, com a devida vénia.

Burla

Era o 'príncipe da Transilvânia' que ia investir e acabou preso

por LUÍS MANETA


Tristan Gillot garantia às autarquias que tinha dinheiro para fazer fábrica e oferecer centenas de postos de trabalho. As autarquias acreditaram. A PJ não

Apresentou-se em Évora como o "príncipe da Transilvânia" e com um ambicioso projecto nas mãos: uma fábrica de construção aeronáutica que iria permitir a qualquer português comprar um pequeno avião. A fortuna de milhões de euros, que garantia ser herança de família, serviria de garantia bancária. A autarquia acreditou, motivada pelos futuros postos de trabalho na região.

Mas o banco onde entrou o processo não foi na conversa. E o "príncipe" acabou esta semana por ser preso.

A elegância, a conversa e a suposta fortuna de Tristan Gillot, um belga de 38 anos, foram suficientes para convencer a Câmara de Évora a aprovar, a 13 de Julho de 2005, a cedência de 2688 metros quadrados à Falcon Wings. Esta seria a empresa, de capitais belgas, que iria construir a fábrica.

A autarquia justificou a decisão com o facto de a empresa ir criar 300 postos de trabalho. Um mês depois, na cerimónia de apresentação do projecto, era garantido um investimento ainda maior e uma garantia de 2500 postos de trabalho.

A mesma proposta, segundo a PJ, foi feita posteriormente noutras zonas: Arraiolos, Covilhã e finalmente em Ponte de Sor. A fábrica nunca chegou a ser criada porque "duas entidades bancárias nacionais, aquando da tentativa de ali serem negociadas duas garantias nos montantes
de 500 milhões de euros e de 60 mil euros, respectivamente", expuseram a suspeita à Polícia Judiciária.


Notícia completa aqui:
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1376552&seccao=Sul


Uf... Pronto, já acabei de rir.

E nem vou comentar muito. Só notar que isto aconteceu numa autarquia liderada por um político que até me causou boa impressão, em 2000 - era eu jornalista no Jornal D'Hoje, de Portalegre, e José Ernesto de Oliveira presidente da Comissão Cordenadora Regional do Alentejo. Num
distrito em que o PS tinha 10 de 15 câmaras e - já nesse tempo - muitos tiques de autoritarismo, o presidente da CCR parecia destacar-se pela positiva (e também por ser um político inteligente). Afinal, parece que bastou um "Príncipe da Transilvânia" (terra do Conde Drácula, como se sabe) e um mandatário belga bem vestido e bem falador para que a edilidade caisse no conto do vigário.

Enfim... É o Portugal possivel. ou não?

(Nota final: a imagem é daqui; o título que escolhi para este artigo é, obviamente, uma piada... ou não)

terça-feira, setembro 29, 2009

Mafaldinha, a kota de 45 anos!







A Mafalda, de Quino


Há 45 anos, uma menina que detesta sopa e enche os adultos com perguntas embaraçosas cativa leitores e ilustra materiais da esquerda pelo mundo. Símbolo da rebeldia latino-americana, Mafalda segue atual com suas bandeiras feministas, sua preocupação com o destino da humanidade e sua ironia infantil, porém nada inofensiva.
Mafalda é uma menina argentina de cerca de sete anos, filha de pais de classe média, um empregado de uma companhia de seguros e uma dona-de-casa. Está sempre escutando rádio ou vendo TV em busca de notícias favoráveis à paz no mundo, tomado pela guerra do Vietnã, e ao progresso de seu país, vitimado pela inflação e pela migração de seus jovens por falta de oportunidade.

Marisa Carvalho
em

Sábado vamos correr com o racismo!

XV CORRIDA DA TOLERÂNCIA - “CORRER COM O RACISMO”“Em Luta Pela Igualdade – Respeito – Integração – Solidariedade”.


No próximo dia 3 de Outubro/09, a XV Corrida da Tolerância – “Correr com o Racismo”, com o Lema “Em Luta Pela Igualdade – Respeito – Integração – Solidariedade”.

Há três percursos à escolha (com 3 partidas diferentes, para os mais ou menos profissionais na matéria), todos com chegada a Belém: 1º partida do Cais do Sodré; 2º partida junto ao Viaduto de Alcântara; 3º partida da Praça das Indústrias (antiga FIL).

Todos devem estar nos pontos de saída de cada percurso às 10h00

A 1ª partida será no Cais do Sodre às 10h30, com passagem pelos outros 2 pontos de partida e chegada em Belém.

Podem ir a correr, a andar, de patins, de bicicleta…

As inscrições são gratuitas devem indicar o nome completo, a data de nascimento, e o percurso em que deseja participar, e ser enviadas por fax ou e-mail, para

-Telefone: 21 347 49 64 / Fax. 21 342 41 40 (Interjovem/USL)

Esta iniciativa teve a sua origem em 1995, após os tristes e dramáticos acontecimentos que conduziram ao assassinato do Alcides Monteiro, um jovem Cabo-Verdiano. Com o objectivo de chamar a atenção da opinião pública para a escalada do racismo e da xenofobia, na sua vertente mais violenta, decidiu-se realizar uma acção que marcasse uma posição firme contra estes problemas e simultaneamente defendesse valores como os da amizade, solidariedade e camaradagem.

Nasceu assim a Corrida da Tolerância, uma prova de atletismo, não competitiva, onde o importante é participar.

Fonte: site da Frente Anti-Racista
http://www.frenteantiracista.pt/

segunda-feira, setembro 28, 2009

Frases da noite eleitoral "socialista". Comentários meus


«Coligações com o CDS, jamais!»
(Ana Gomes, dirigente do PS, deputada no Parlamento Europeu, candidata pelo PS à Câmara Municipal de Sintra)

Não sei se, ao dizer isto, Ana Gomes estava a pensar no "deserto" da Margem Sul... Mas, nunca fiando, é melhor irmo-nos precavendo desde já, para o que der e vier.


«O PS tem de fugir à tentação de ser atirador furtivo.»
(António José Seguro, dirigente do PS, deputado na Assembleia da República, candidato pelo PS à Câmara Municipal de Braga)

Não sei se António José Seguro estava a pensar em alguns blogueiros anónimos desta terra, atiradores furtivos que fingem não ter relação nenhuma com o PS...


«Qual meia vitória? Foi uma grande vitória! Só não vê quem não quer ver.».

(José Sócrates, secretário-geral do PS, primeiro-ministro reeleito)

Não sei se José Sócrates estava a ver bem o meio milhão de votos que o PS perdeu nestas eleições.



«Depois de 4 anos de oposição, o melhor que conseguiram fazer foi retirar-nos a maioria absoluta»
(Apoiante do PS num programa de opinião pública da SIC-Notícias)
Pois... Espero que se lembrem disto também no próximo 11 de Outubro.

domingo, setembro 27, 2009

Em Almada, o PS desceu e muito. A CDU também, mas menos. Agora vamos às autárquicas.

Legislativas de 2009:

PS 35,57%
31.702 votos
PPD/PSD 18,57%
16.556 votos
PCP-PEV 17,36%
15.474 votos
B.E. 13,12%
11.699 votos
CDS-PP 9,09%
8.100 votos

Legislativas de 2005:

PS 43,9%
40.894 votos
PPD/PSD 17,87%
16.649 votos
PCP-PEV 17,42%
16.228 votos
B.E. 10,29%
9.584 votos
CDS-PP 5,59%
5.204 votos

(Como dizia o outro, é fazer as contas...)

Números oficiais, em
http://www.legislativas2009.mj.pt/

Legislativas 2009: resultados na minha Freguesia

Caparica, Almada (comparação 2005 - 2009):

PS desce de 4.124 votos para 3.272 votos
CDU desce também, mas menos: de 1.898 votos para 1.738 votos
PSD sobe (*) de 1.334 votos para 1.240 votos
BE sobe de 910 votos para 1.197 votos
CDS também sobe: de 411 votos para 767 votos
(E, curiosamente, o PCTP mantém a mesma votação de 2005: 132 votos)

Em resumo: o PS desce muito (quase mil votos); a CDU perde menos (cerca de cem votos); os outros sobem.

Fonte:
http://www.legislativas2009.mj.pt/

(*) aliás, desce. em cima da hora, fiz mal as contas. agradeço ao PréDatado a rectificação.

Sem maioria absoluta, mais quatro anos de arrogância?


sábado, setembro 26, 2009

VOTAR


(Reflectindo, no dia à reflexão destinado...)

Eu voto porque gosto de tratar dos meus assuntos. Não gosto que decidam por mim.

Eu voto porque é votando que se defende e reforça a democracia. Esta democracia que é formal, imperfeita, insuficiente - mas a que temos, até ver.

Eu voto até mesmo pela simples razão de que, durante muitos anos, não tive a oportunidade para o fazer (pois não tinha ainda a nacionalidade portuguesa).

Eu voto. Votar é ser socialmente responsável. É delegar poderes em quem confio, e não deixar os meus assuntos só nas mãos daqueles que me prejudicam. É defender as liberdades que nos restam, na democracia imperfeita em que vivemos.

E é, também, um acto de homenagem a todos os que, durante quase 50 anos de ditadura, lutaram e morreram para que eu possa, agora, escolher o que quero para mim, para os meus e para o meu país!

sexta-feira, setembro 25, 2009

«A JCP não concorre às eleições, não é? Portanto...»


Se não me engano, isto passou-se há pouco mais de 20 anos - nas eleições de 1989 para o Parlamento Europeu (realizadas a 18 de Junho desse ano).

Sábado, dia de reflexão após a campanha eleitoral. Sérgio Godinho fez um concerto no Parque Urbano de Almada - espaço verde da cidade, mais tarde rebaptizado como Parque Urbano Comandante Júlio Ferraz. (Para os mais novinhos: é a relva, em frente ao M. Bica.)

Eu e o pessoal da JCP (para os mais "velhinhos": é a Juventude Comunista Portuguesa) não queriamos perder aquele concerto. Mas uma dúvida existencial instalara-se nas nossas pobres cabecinhas de jovenzitos inconscientes.


Estávamos motivados, queriamos continuar a campanha - mas sabíamos que não era possível, pois era o tal dia de reflexão. Que fazer?

Que fazer? Tudo se resolve, amigos: no caso, resolveu-se levando bandeiras da JCP, sem qualquer suporte (só memo o tecido), que fomos atirando alegremente uns aos outros (atitude que mereceu do também já muito "alegre" Sérgio Godinho o comentário: «tenho de mandar vir uma guitarra de Bruxelas» - porque a dele estava com... problemas técnicos, digamos assim).

E agora, ok... Se alguém considerar que estou a dar ideias, esteja à vontade e nem precisa sequer de agradecer. Porque o que fiz(emos) então é legítimo (embora "espertinho" - atitude que, com a idade, fui deixando de apreciar).

É que - entenda.-se - a JCP não concorria, nem concorre, a nenhuma eleição. Os elementos da JCP podem ter, ou não, idade para votar - mas quem concorre às eleições é, no caso em apreço, o PCP, integrado na coligação CDU.

Nós assumimos a nossa opção política, a nossa ideologia, mostrando-nos a toda a gente que ali estava. Corremos esse risco. Assumimo-nos.

E isto tudo era só para dar o seguinte recadito: assumam-se! Mostrem as vossas opções políticas e a vossa ideologia (se as tiverem). Não se escondam atrás de "nicknames" e, se forem militantes de algum partido político (ou se estiverem de alguma forma comprometidos com algum) não finjam ser "apenas" uns "cidadãos anónimos e indignados".

Assumir atitudes, dar a cara pelas ideias que defendemos - isso sim, é democrático. E ético. E é responsável.

Mandar bocas anónimas é irresponsável. E, em última análise, não passa de cobardia.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Estão a gozar, certo? Não estão? É mesmo notícia? E logo no DN? Eh lá! Então deve ser a sério!


Candidato do CDS em Moura apanhado a furtar palha

Um candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Moura, de seu nome Pedro dos Reis, foi detido sexta-feira pela GNR por, alegadamente, estar a furtar palha numa herdade localizada na periferia da cidade alentejana, avançou ao DN fonte da Guarda, acrescentando que o homem, de 63 anos, foi interrogado e constituído arguido, ficando a aguardar em liberdade o desenrolar do processo.


A cabeça de lista e presidente da distrital de Beja do CDS, Sílvia Ramos, confirma o envolvimento do seu "número 3" no caso, mas diz que isso não a fará alterar a composição da lista.

"A minha decisão é simples. Somos democratas-cristãos e está explícito na Bíblia que quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Não é por meia dúzia de fardos velhos que vamos tirar a pessoa da lista, neste momento. Cabe à Justiça e a Deus julgarem o acto", diz a líder centrista em Beja.

Fonte: Diário de Notícias

Ora bem: Anda aqui um gajo a armar-se em humorista, para quê? Depois de ler notícias destas, o melhor é desistir!


E desculpem lá, mas eu estou ainda a rir. Por isso não consigo fazer mais nenhum comentário a isto.


(A propósito, demos o seu a seu dono: a foto foi copiada também do site do DN)

quarta-feira, setembro 23, 2009

Karpov vs Kasparov ou uma anedota da "guerra fria"


Ainda me lembro destes dois.

O da esquerda era o "soviético típico": frio, calculista, composto, russo. O da direita era o contrário: criativo, imprevisível, com a barba por fazer, azeri, "dissidente" - e, talvez não por acaso, soviético, também.

Frente a frente, protagonizaram, em 1984, em Moscovo, "um torneio épico que durou cinco meses e que acabou interrompido sem um resultado conclusivo" (fonte: BBC Brasil).

Esse "torneio épico" era o quê? A disputa do título mundial de Xadrez (já que, como se deduz pela imagem, não poderia ser nenhum combate de Rocky Balboa nem nenhuma batalha de Rambo)?

Era, pois: era o frente a frente entre os dos melhores xadrezistas da época, a competir pelo título maior da modalidade.

Mas foi, em termos simbólicos, muito mais que isso.

Foi visto e seguido atentamente em todo o mundo (pelo menos em todo o "mundo ocidental") como um "épico" confronto entre o "comuna" representante do regime soviético (Karpov) e o "dissidente" (Kasparov) com o qual todas as "democracias ocidentais" se identificavam.

Ah, pois: por acaso, eram também dois mestres do Xadrez mundial - e esse "duelo épico" muito contribuiu para a divulgação e crescimento da modalidade. Acabou empatado (como empatado estava a correlação de poderes daquela época), mas serviu para fomentar, à esquerda e à direita, um entusiasmo até aí nunca visto por uma modalidade tão pouco dada a exuberâncias "clubísticas".

Comigo, sinceramente, não resultou: continuo um nabo a jogar xadrez.

Mas lembrei-me da efeméride porque alguém teve a brilhante ideia de, 25 anos depois, reunir de novo Anatoly Karpov e Garry Kasparov, frente a frente com um tabuleiro entre eles. E desta vez parece que até pode ser mesmo, e só, para jogar.

Lá vai disto: "O torneio, que obedecerá a limites de tempo rigorosos, teve início nesta segunda-feira e terminará na sexta-feira, dia 25. Os jogos serão transmitidos ao vivo no site da prefeitura de Valência. Os organizadores esperam que milhões de fãs acompanhem o embate de titãs." (BBC Brasil).

É interessante notar que, desde os anos 80, ambos não mudaram assim tanto. Continuando a citar a BBC: "Kasparov, hoje com 46 anos, vem-se preparando para o duelo na Noruega, jogando com o adolescente prodígio Magnus Carlsen." Já Karpov, de 58 anos, o calculista (que, poucos anos mais tarde do "duelo histórico" com Kasparov teve outro não menos histórico com um computador chamado "Deep Blue"), "vem treinando com um computador" (olha a grande surpresa!) "e um grupo de mestres em Espanha".

De Karpov, "o soviético", não conheço qualquer actividade política recente. Mas - diz a BBC - Kasparov é "hoje um dos líderes da oposição na Rússia".

Enfim, talvez afinal até tenham mudado em alguma coisa. Ou não...

segunda-feira, setembro 21, 2009

"Queremos mudar este mundo!"


De um site cubano, sobre o concerto que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas em Havana. Juanes citado pela Associated Press:


“Queremos cambiar este mundo”, dice Juanes a la AP, asombrado por el multitudinario concierto

LA HABANA (AP) _ Juanes aún no sale de su asombro: La Plaza de la Revolución estaba abarrotada, a su alrededor divisó un océano de seres humanos en su mayoría vestidas de blanco.

Para todos nosotros haber visto más de un millón de personas en la Plaza de la Revolución cantando al amor, a la paz, a la libertad, cantando tantas cosas, es un mensaje muy poderoso”, dijo a la AP el superastro colombiano, principal impulsor del concierto Paz sin fronteras”, en su camerino tras terminar su actuación de 30 minutos.


Em Cubadebate

http://www.cubadebate.cu/

domingo, setembro 20, 2009

O novo amigo de Paulo Portas?


Leio no Público de hoje:

O líder do CDS-PP diz haver uma “maioria silenciosa” que partilha as ideias do partido e apelou ao voto dessa maioria.

“Quanto ao sector produtivo, quanto à autoridade dos professores, quanto à agricultura, ao rendimento mínimo, às pensões, da eficácia da polícia e dignidade dos professores, há sim senhora uma maioria silenciosa entre nós que percebe que Portugal só avança se apostar em quem trabalha e quem trabalha e estuda, não são aqueles que não querem trabalhar mas querem viver à custa do contribuinte”, disse Paulo Portas, no jantar-comício de ontem à noite, em Albergaria-a-Velha.



Ora, isto faz lembrar, inevitavelmente, a "maioria silenciosa" invocada por Spínola em 1974.

Frase infeliz de Portas? Só isso? A exemplo da "suspensão da democracia durante seis meses" sugerida por Manuela Ferreira Leite?

Sobre o abortado golpe de estado de direita promovido por uma "maioria silenciosa" em 1974 - e porque, estranhamente, não encontrei referências históricas rigorosas na net - leia-se o que escreve Samuel no blogue Cantigueiro:

Corria o ano de 1974. Lá para o fim do verão, quando esta cara estava pespegada em cartazes por todo o lado, Paulo Portas era ainda um garoto de 12 anos de idade e a “fascistada” portuguesa tinha muita fé nesta “Maioria Silenciosa” que, sob o pretexto de apoiar Spínola, faria os relógios recuar até ao 24 de Abril. Esses, pelo menos, foram devida e justamente rechaçados, então.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Um festival de música, na Costa de Caparica, em Setembro de 1989


Faz agora 20 anos: no fim de semana de 15 a 17 de Setembro de 1989, a Costa de Caparica recebeu o Festival Maré Jovem - iniciativa da Câmara de Almada, num tempo em que as acções "para a juventude" se resumiam a pouco mais que as comemorações do Dia do Estudante (24 de Março) e do Dia da Juventude (28 de Março).

Eu, que era um puto e fazia parte do não oficial - e nem mesmo constituido - clube de fãs da boazona Xana dos Rádio Macau, dei corda aos sapatos e lá fui, até à Costa, ver esse concerto. Foi bom. Gostei.

O Festival Maré Jovem teve, pelo menos, outra edição (suponho que no ano anterior - mas não tenho a certeza, nem encontrei documentação sobre o assunto), da qual recordo um espectáculo com os Ena Pá 2000... Memorável espectáculo, aliás, mas não pelas melhores razões: o respeitável público era "respeitável" em excesso e não gostou do sentido de humor da banda. Frase lapidar que retenho desse concerto: «é favor não atirar garrafas ao vocalista» - dizia o vocalista. Mas não serviu de nada. O concerto acabou mesmo extemporaneamente.

Eram outros tempos. Outras parvoíces...


(E isto é apenas uma recordação enternecida, antes de voltar à realidade actual - quiçá ainda mais eivada de parvoíce.)

quinta-feira, setembro 17, 2009

Peste & Sida vão de bicla para o "Sol da Caparica"

Notícia de hoje, no Expresso online:

Os Peste & Sida comemoram este ano os 20 anos da edição de "Portem-se Bem". No seu segundo álbum estavam incluídos temas que garantiram muito airplay nas rádios: "Chuta Cavalo", "Paulinha" e "Sol da Caparica".

Em 2009, a banda liderada pelo baixista João San Payo regrava "Sol da Caparica". A letra foi reformulada e apela a sentimentos de ecologia e bem viver. Deixa o "descapotável pela ponte com o cabelo a voar" e substitui-o pelas duas rodas das bicicletas, pela ciclovia Trafaria - Costa da Caparica e pelo cacilheiro de Belém até à outra margem.

A nova pele de "Sol da Caparica" associa-se à Câmara Municipal de Almada e à Agência Municipal de Energia de Almada. O tema é divulgado hoje, 17 de Setembro, dia da Bicicleta da Semana Europeia da Mobilidade, data da inauguração do percurso de ciclovia Trafaria-Costa da Caparica.

Os Peste & Sida apresentam o single "Sol da Caparica, na minha bicla" pelas 18 horas no Centro de Interpretação Ambiental na Costa da Caparica.

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/

(Nota de rodapé: eu estava para trazer hoje aqui outro assunto, relacionado com um festival de música que decorreu na Costa da Caparica, há 20 anos; mas dificuldades inesperadas de acesso à net obrigaram-me a pôr em prática este "plano B", com a papinha já toda feita - e que, por acaso, até veio bem a propósito. Obrigado, Peste & Sida, pela ajudinha que deram a este desamparado blogueiro!)

quarta-feira, setembro 16, 2009

Semana da Mobilidade e Dia Europeu Sem Carros


A Semana Europeia da Mobilidade começou esta terça-feira e prolonga-se até 22 de Setembro, data em que se assinala o Dia Europeu Sem Carros. Almada é um dos municípios portugueses que adere à inciativa.

Considerada por muitos como mera operação de propaganda (ou de "cosmética"), a Semana tem, no entanto, impactos reais e permanentes (e positivos, a meu ver) nas zonas onde se realiza.

A programação deste ano está disponível no site da Câmara de Almada:
http://m-almada.pt/ambiente

«Um amplo e diversificado programa será dinamizado ao longo da Semana, que inclui as já conhecidas “Viagens a troco de lixo”, cursos de eco-condução dirigidos aos munícipes, debates, ateliers, passeios de bicicleta, exposições, actividades desportivas e radicais, animação de rua, Roadshow de Energias Renováveis, sessão “CineClima”, Mercado Amigo da Terra, a edição 2009 das “Tasquinhas e Burricadas” em Cacilhas e muitas outras actividades.» (fonte:CMA)

segunda-feira, setembro 14, 2009

E queixam-se de quê, afinal?


Os comerciantes da "zona pedonal" - entre aspas, porque é apenas uma zona de trânsito condicionado - de Almada estão descontentes.

Queixam-se de quebras acentuadas no volume de negócios, garantem que as pessoas desistiram de comprar no comércio local a partir do momento em que deixaram de poder levar o carro (o automóvel, não o carrinho de compras) até à porta dos estabelecimentos. E querem reabrir aquela área ao trânsito automóvel.

A Câmara de Almada não foi na conversa, recusou - e os comerciantes, descontentes, agendaram uma manifestação de protesto para a próxima quinta-feira, 17 de Setembro.

Os comerciantes de Almada têm agora um espaço livre de trânsito, mas com um parque de estacionamento coberto, nessa mesma "zona pedonal" (funciona assim: as pessoas - potenciais clientes - levam o carro até ao parque de estacionamento, em plena "zona pedonal", e podem deixá-lo lá, por duas dúzias de cêntimos, durante duas horas).

Têm, portanto, os comerciantes de Almada, um centro comercial no centro da cidade.

Têm, portanto - e finalmente - algumas condições para concorrer com o Almada Forum (onde as pessoas vão de carro, deixam-no no respectivo estacionamento, e depois andam a pé que se fartam - porque o Almada Fórum, por acaso, até tem uma área maior que a "zona pedonal" de Almada").

No Almada Forum os clientes fartam-se de andar a pé, fazem compras e o negócio do mega-centro parece não se ressentir (muito) da crise económica. Na "zona pedonal" de Almada, com parque de estacionamento e tudo, aparentemente as pessoas não compram porque... não podem circular de carro!

É isso?

De acordo com a argumentação dos comerciantes, parece que é isso mesmo.
Daí a reivindicação dos homens do pequeno comércio: reabram a "zona pedonal" ao trânsito, pelo menos durante um período experimental, para vermos se tal resulta em maior oportunidade de negócio.

E propostas concretas, ideias para dinamizar aquela zona? Dos comerciantes - até agora - não conheço nada! Da Câmara, por acaso, parece que existem (e não é de agora) algumas ideias - como, por exemplo, o «investimento na época natalícia e o plano de comunicação da cidade e do comércio» (sic das declarações do comerciante contactado pelo Notícias de Almada).

É pouco? Será mesmo necessário, então, reabrir a "zona pedonal" ao trânsito automóvel? Se querem a minha opinião (que, de resto, já estava implícita): não, porque isso não vai resolver nada.

De qualquer forma, e caso não tenham reparado, a "zona pedonal" já está reaberta ao trânsito. Não oficialmente, é certo. Mas está: qualquer um passa por lá de carro, sem ter problemas com a polícia (que não aparece) ou com a municipal Ecalma (que anda a tratar de outros assuntos na Costa da Caparica).

Volto a citar o comerciante entrevistado pelo Notícias de Almada: «a Câmara informou-nos que não vai mexer no trânsito até às próximas eleições autárquicas». É verdade: não vai mesmo!

Isso significa - de acordo com as minhas fontes - o seguinte: até às autárquicas, a Câmara não vai ceder a essa exigência dos comerciantes (e espero que depois das eleições também não ceda), não vai abrir ao trânsito a "zona pedonal" de Almada, mas também não vai - até às eleições - controlar quem passa por lá ilegalmente.

Ou seja: a Câmara de Almada está a dar uma "abébia". Até às eleições, a "zona pedonal" de Almada não tem restrições de trânsito. Está, portanto, em vigor - embora de forma não assumida - o "período experimental". Não há multas nem nada, passem por lá à vontade, estacionem em frente às lojas, estacionem nos passeios, continuem a desrespeitar os peões, façam de conta que estão em vossa casa.

Eu cá estou curiosíssimo para ver como é que os lojistas de Almada vão aproveitar esta oportunidade para fazer prosperar o tão mal apoiado comércio tradicional da cidade. Calculo que a vão aproveitar muito bem: qual crise, qual o quê - com carrinhos a passar a toda a hora, agora é que vai ser! Ou não?


(PS: tenho um ps sobre este assuto na caixa de comentários)

Ainda a Festa do Avante!...


Finalmente consegui recolher imagens diversas da festa, para colocar no Almada Cultural (por extenso).
Fotos minhas, e de Marta Tavares, Patrícia do Ó, Rui Tavares.

Aqui:

quinta-feira, setembro 10, 2009

Imigrantes, criminalidade, regionalização


Afirma o Procurador-Geral da República que não há razão para confundir crimes cometidos por cidadãos estrangeiros com crimes cometidos por imigrantes.


Diz ele, e eu concordo. Parece-me, aliás, uma asserção óbvia: o aumento da criminalidade violenta em Portugal está relacionada com redes de criminosos (de tipos de crimes que não conhecem fronteiras) e não com os cidadãos de outros países que procuram Portugal para trabalhar e, assim, criando riqueza para o país de acolhimento, desenrascarem-se, também eles, melhor do que o conseguiriam fazer "na sua terra" (porque a "sua terra" é depauperada e nós fazemos parte do "mundo ocidental e civilizado" que a depauperou).

Eu sei que isto é complicado de entender para mentalidades mais estanques. Não vou tentar convencer ninguém referindo-me à actual vaga de emigração portuguesa para os países mais ricos da Europa, ou para a potência emergente que é Angola (embora viesse a propósito - mas
fica para outra ocasião). Vou, sim, lembrar as palavras do Procurador, Pinto Monteiro, citadas pelo jornal Público:


"Não é possível estabelecer uma relação directa entre a criminalidade e a imigração. Nada o permite. Não se justificam especiais medidas de segurança relacionadas com a imigração, para além de fazer respeitar rigorosamente as leis em vigor", disse, lembrando ainda que uma das
prioridades da justiça é o combate às redes criminosas de tráfico de pessoas.

Para usar uma expressão popular, isto diz tudo.

Mas é preciso dizer ainda mais alguma coisa.

Antes de mais, "fazer respeitar rigorosamente as leis em vigor" é fundamental (isso e dotar a Justiça de meios que permitam aplicar as leis de forma célere e eficaz; isso e não retirar meios e autoridade às forças policiais, para que estas possam fazer o seu papel, dentro da legalidade e, quando for o caso, devidamente subordinadas ao poder judicial).

Ou, trocando em miudos: as leis que existem até nem são más, mas é necessário aplicá-las de facto. Essa é, de resto, a posição defendida por associações como a Frente Anti-Racista.

No entanto, não estamos - longe disso - perante um problema que se resolva de forma "legalista". É (continua a ser, infelizmente) um problema de mentalidades.

Diz o senhor Procurador-Geral da República que "não é possível estabelecer uma relação directa entre a criminalidade e a imigração". Não obstante, há pouco mais de um ano, alguém com responsabilidades elevadas no aparelho de Estado do distrito de Setúbal afirmava a uma colega minha do Notícias da Zona que essa relação existe. Perguntei à minha colega se quem lhe disse isso tinha apresentado também informação objectiva que fundamentasse a avaliação. A minha colega disse que não, que a tal pessoa tinha dito aquilo sem apresentar qualquer prova.

Essa conversa entre um(a) titular de cargo público e uma jornalista não era para ser publicada. E não foi. Mas trago-a aqui para exemplificar o "sentimento" de insegurança que se tem fomentado contra os estrangeiros que residem em Portugal. Porque não se pode meter tudo no mesmo saco? Pois. Mas também por outra razão.

É que eu desconfio muito, sempre, dos titulares de cargos públicos que, tendo poderes a nível regional, não têm de prestar contas a ninguém da região sobre a qual têm esses poderes. Um deputado da República, um vereador, um deputado municipal, o Presidente da República -
todos eles estão sujeitos à avaliação popular e ao respectivo escrutínio, nas urnas, de tanto em tanto tempo. Sabemos quem são, temo-los sempre debaixo de olho e podemos votar neles ou não.

Há um aparelho de poder, não eleito mas com poderes efectivos, que tem ao seu serviço pessoas que (de acordo com o exemplo a que me refiro) garantem aos jornalistas que a criminalidade está associada aos imigrantes - e, porque ninguém conhece esses titulares de cargos públicos, ninguém se preocupa com a influência que eles têm. Nos jornalistas? Não: numa multiplicidade de aspectos da nossa vida diária.

É por essas e por outras que eu considero - como sempre considerei - que Portugal só tem a ganhar com a criação de regiões administrativas e respectivos parlamentos. Para que quem diz se explique e para que quem faz justifique o que fez - e, no final do mandato, sejam avaliados e
escrutinados pelo voto popular. E, já agora, também pelo voto dos tais imigrantes que, longe de andarem a cometer crimes, saem de casa todos os dias para ir trabalhar (muitas vezes - e ainda hoje - em trabalhos que os portugueses não querem fazer em Portugal) e, dessa forma, criam riqueza para o país de acolhimento e, em última análise, ajudam até os titulares de cargos públicos a terem dinheiro para os almoços.

Até porque, como gostam de dizer os neoliberais, não há almoços grátis.

(Ilustração de José Rodrigues para Guia Anti-Racista, edição SOS-Racismo, Lisboa 1992)

segunda-feira, setembro 07, 2009

Peste & Sida, 20 anos depois, sob o sol da Atalaia! (e mais umas coisinhas sobre a Festa do Avante...)


A primeira vez que os vi ao vivo (e era a única, até agora) foi em 1988 ou 1989 (já não me lembro), numa Festa do Avante na Quinta do Infantado, em Loures. Agora, 20 anos depois - mais ano menos ano - voltaram, e tive a oportunidade de os rever... Onde? Pois, na Festa do Avante! Na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal.

Começaram, desta vez, com o clássico "Carraspana". E não esperaram por mim, os maganos: vinha eu em trânsito entre o Espaço Internacional e o Palco 25 de Abril, mais ou menos por alturas do Alentejo, quando os gajos se lembram de arrancar com o concerto. Ainda por cima a prestação deles soube (-me) a pouco, não incluiu alguns temas "obrigatórios" e acabou cedo.

Mas foi muito bom revê-los, sem dúvida. Para mim e para a quantidade de "menos jovens" (eh eh eh!...) que se juntaram aos mais jovens no grande anfiteatro do palco principal do Avante!, sob o sol da Atalaia.

Na edição deste ano da Festa do Avante! houve Rock e Pop com fartura. No canal que tenho no Youtube colocarei durante os próximos dias alguns vídeos, dos concertos de Clã, David Fonseca, de Willie Nile - uma "revelação" deste ano... para quem, como eu, não o conhecia - mas também do Vitorino (o do Redondo, obviamente) e mais algumas coisitas... Vão passando por lá.




"É pena a Festa se ter transformado num festival de Verão" disse uma amiga / camarada no sábado à noite. Referia-se, ela, às figuras tristes que alguns putos mais alcoolizados por lá andaram a fazer. Enfim... No "meu" tempo, já aconteciam alguns desacatos pontuais. Primeiro com pessoal "punk" que resolvia provocar os seguranças da Festa; noutra fase, com alguns putos armados em "niggaz"... Mas este ano, realmente, era uma coisa mais parva. Sem qualquer motivação aparente a não ser a bebedeira de quem não sabe beber.

Mais parva, mas mais facilmente resolúvel. E resolveu-se.

Os punks que gostavam de provocar os seguranças são agora trintões. Os que sobram andaram à moshada no concerto de Peste & Sida e a seguir foram descansar a carcaça, suponho que para a zona da Juventude.

Dos outros nem tive notícia. Estive muito tempo no pavilhão dos Imigrantes, com os amigos da Frente Anti-Racista e não vi por lá nada disso.
Agora, para terminar isto falando de coisas sérias, refiro que gostei muito - mais uma vez - do comício da Festa.

Gostei? Não. Mais que isso: fiquei comovido. Com a lágrima mais que ao canto do olho, mesmo. (Estou a ficar um velho piegas, é o que é!...)

Um amigo, ao ver-me nesse estado, virou-se para mim e tentou consolar-me: "Vá lá, não fiques assim, que isto ainda não acabou", dizia ele, mais ou menos a brincar.
E respondi-lhe eu, muito a sério: "Luís, tens mais razão do que pensas ter. É por isso mesmo que estou comovido: por ver que isto não acabou!".

E não acabou, de facto. A multidão que estava naquele comício provou-me que "isto" continua. Vai continuar, sim.

"Enquanto há força no braço que vinga...", como cantava José Afonso.

quarta-feira, setembro 02, 2009

A grande Festa da cultura!



Adriano Correia de Oliveira , Ary dos Santos, Vasco Granja, Fernando Lopes Graça, José Gomes Ferreira, Michel Giacometti, Soeiro Pereira Gomes - nomes maiores da Cultura portuguesa, serão evocados, de várias maneiras e em diversos locais e ocasiões, durante os 3 dias da Festa do Avante 2009.

E depois há a Gala de Ópera (a tal que não se fez o ano passado, devido à chuva), mas também o Avanteatro e os concertos do palco 25 de Abril (Vitorino, Clã, Peste & Sida, David Fonseca... entre muitos outros) e do Auditório 1º de Maio (Maria João e Mário Laginha, Samuel, Luísa Amaro, Aldina Duarte, Tereza Salgueiro...). E, pelos muitos outros palcos da Festa, músicas de todas as idades e de todo o mundo...

A Festa do Avante é, sempre, um acontecimento especial: não é mais um "festival de Verão", nem se trata apenas da "reentreé" política do PCP.

É Portugal (e uma boa parte do Mundo) no seu melhor. Onde encontramos, e (re)conhecemos gente trabalhadora, politicamente empenhada e muito solidária.

Não conheço nenhum evento igual!

Acontece porém que, com um programa destes, a Festa do Avante de 2009 pode muito bem vir a ser - só no que diz respeito a espectáculos e a eventos de índole cultural - uma das melhores de sempre!
De facto, não há festa como esta!

Soeiro Pereira Gomes na Festa do Avante 2009


Soeiro Pereira Gomes é considerado um dos fundadores do neo-realismo "português". Mas não é "apenas" isso. Na Festa do Avante deste ano teremos a oportunidade de o (re)descobrir enquanto lutador pela liberdade. E, naturalmente, enquanto militante do PCP.
Espero que, também, como o grande escritor que - não obstante a reduzida extensão da sua obra - efectivamente, foi. Aliás, é: os grandes escritores nunca morrem!...
Sábado, às 16h45, no pavilhão "Festa do Livro", apresentação da obra de Soeiro Pereira Gomes, por Manuel Gusmão. Domingo, 15h30, no Café Concerto de Lisboa, debate "Soeiro Pereira Gomes, o Artista e o Partido, o Tempo e os Lugares", com Filipe Diniz, Manuel Augusto Araújo e Manuel Gusmão.
Texto e fotos do programa da Festa do Avante 2009

Michel Giacometti - vida e obra lembradas na Festa do Avante 2009


Michel Giacometti fez um discreto mas muito profundo e rigoroso trabalho de recolha das tradições musicais portuguesas. Será evocado, este ano, na Festa do Avante, com a projecção do filme biográfico "Serei Firme Até Morrer" (domingo, 20h00, auditório de projecção do Pavilhão Central) e um concerto por Manuel Rocha com base nas recolhas de Giacometti (sábado, 21h15, Palco de Setúbal).
Imagem e texto retirados do programa da Festa do Avante 2009.

terça-feira, setembro 01, 2009

Xutos e Pontapés em Corroios

Um enorme concerto nas Festas de Corroios, edição 2009. Nunca tinha visto aquele recinto tão cheio (e já lá vou há alguns anos). Se alguém vos disser que, além do vinho do Porto, há outras coisas que melhoram com a idade, não acreditem até verem um concerto dos Xutos. Também os conheço (de ouvido) há alguns anos. E, caramba, acho mesmo que eles estão melhores que nunca! Que mais vos posso dizer - logo eu, que fiquei sem palavras?