quarta-feira, setembro 21, 2011
Jamaica, Cais do Sodré
domingo, agosto 21, 2011
A roulote da Festa do Avante, as Festas do Barreiro e o Portugal-Brasil sub-20 de 1991
Este artigo arrisca-se a ser apenas um desfiar de memórias sem grande interesse, mas cai vai...
Em 1991 a Festa do Avante realizava-se, pela segunda vez, na margem sul do Tejo, no concelho do Seixal. E havia - tal como no ano anterior - propaganda específica para divulgar o evento nas ruas e espaços públicos do distrito de Setúbal: uma roulote com equipamento de som e um projector de vídeo com respectivo écran. Durante o dia fazia soar a propaganda sonora da Festa (num estilo nada casseteiro - de cassete... - e muito radiofónico, até) e à noite, quando as condições o permitiam, exibia vídeos tão diversificados como o mítico concerto dos U2 nas Red Rocks e a incontornável propaganda oficial da Festa.
E era eu, pois, quem andou durante esse ano por todo o distrito a fazer som e a projectar vídeo (no ano anterior eramos 2 pessoas, mas nesse ano calhou-me actuar a solo). Durante 3 meses praticamente era aquela a minha alegre casinha, tão modesta quanto eu...
No dia em que Portugal venceu o Campeonato do Mundo de Futebol no escalão sub-20 pela segunda vez (tinha vencido também em 1989, em Riad) estava eu a fazer o trabalho no recinto das Festas do Barreiro. Mas tinha vindo na noite anterior a Almada (mudar de roupa, beber uns copos com os amigos e essas coisas) e, então, lá tive que fazer a absurda viagem Bairro Amarelo - Cacilhas - Lisboa - Barreiro, porque não existia ainda um meio de transporte que ligasse as duas cidades geograficamente tão perto - Almada e Barreiro - e no entanto tão distantes.
(Agora também não há - mas existe um projecto, desde 1995: o Metro Sul do Tejo que, supostamente, iria ligar os 4 concelhos do "arco ribeirinho do Tejo", mas que, sei lá eu porquê, ainda só vai de Cacilhas a Corroios.)
Lá fui, então, dar a volta longuíssima, lentíssima e contra-natura. Pelo caminho, muitos brasileiros em grande festa e - facto que muito estranhei, naquela altura - muitos portugueses respondendo-lhes de forma agressiva. Porquê? Somos países irmãos, os portugueses até costumam ser reconhecidos pela sua afabilidade e o seu "fair play" e aquilo era só um jogo de futebol! - espantava-me eu, na minha ingenuidade de quem ainda não tinha entendido a maneira como a ideologia neoliberal estava a começar a fazer os seus estragos... (mas adiante, que isso é matéria para outros artigos).
Chego ao Barreiro por volta da hora de almoço. Almoço e a seguir começo a trabalhar. Durante a tarde havia pouca gente no recinto (o que era natural: o tempo estava quente, mais para praia do que para passeios na "feira"). Ao final da tarde começa a aparecer mais gente, mas também começa a "febre" do Mundial.
Ora, eu também gosto de futebol! Mas não queria deixar o meu posto de trabalho. Que fazer?
Começa o jogo e eu já sei o que fazer: olha, meto as cassetes que já estavam gravadas (sim, apesar de aquilo funcionar como um estúdio de rádio, também tinhamos alguns programas gravados... hããã... pois, como nas estações de rádio a sério) e, dentro da roulote, fico a ouvir o relato num rádio portátil. Muito profissional, né?
Pois. Mas quando, depois do tempo regulamentar e depois do prolongamento, a coisa chegou aos penáltis, aqui o profissional da rádio móvel não resistiu: desligou a aparelhagem, fechou a roulote e foi ao café ali em frente beber uma imperial, ainda a tempo de ver o grande Rui Costa enfiar a bola lá dentro e dar o título à nossa selecção.
O que aprendi com isso? Que quando há bola podes sair do teu local de trabalho à vontade porque ninguém nota: está tudo a ver a bola! E que, apesar de ter nascido no Brasil (e nesse tempo ainda ter só a nacionalidade brasileira), o meu coração é, afinal, muito mais luso (e não só do Barreiro) que brazuca.
E pronto, assim acaba esta estória. Eu avisei que não era nada de especial, não avisei?
Mas, se estiverem mesmo interessados noutras estórias e até em alguma História recente - que tentarei contar de forma mais rigorosa e menos subjectiva, embora tenha estado envolvido em algumas delas - tomem nota do endereço de um novo blogue, pomposamente chamado Arquivo Histórico (Para Memória Futura)
http://arquivovitorino.wordpress.com
No momento em que escrevo e publico este artigo ainda encontram por lá pouca coisa. Mas vão passando por lá. Há muito material nos meus arquivos para partilhar convosco.
(Nota final: a imagem que ilustra este artigo é um desenho feito pelo colega que esteve a trabalhar comigo na roulote da Festa do Avante no ano anterior, 1990 - era a "capa" de uma das cassetes.)
quinta-feira, setembro 02, 2010
"Vinte anos, vinte festas" - artigo do Sul Expresso sobre a Festa do Avante de 1996
"Os Coloridos da Festa Vermelha" - artigos da revista Sem Mais, sobre a Festa do Avante de 1996
segunda-feira, julho 19, 2010
Uma entrevista com Adelino Moura, em 1995
Eu vinha da área da Cultura - onde tive formação específica, mas também suficientemente generalista para me sentir à vontade com assuntos diversificados. E, felizmente, comecei a minha carreira profissional na rádio. Felizmente porque aí, na rádio, tinhamos mesmo que nos "desenrascar" - muitas vezes em directo, sem rede - com os assuntos mais imprevistos.
Cheguei à imprensa escrita em 1994 (na revista Sem Mais) mas comecei mais a sério em 1995, no quinzenário Sul Expresso.
Aí fazia o tal trabalho "generalista" (embora ainda me deixassem dar muita atenção à cultura - coisa que já não aconteceu a partir de 1998, noutro jornal): tanto fazia investigação sobre os projectos do Governo para a travessia do Tejo ou sobre a onda de violência racista que vinha do início da década e que se foi agravando, ou sobre o processo de legalização extraordinária de imigrantes (que deixou muita gente de fora), ou sobre o longo e conflituoso desmantelamento da Lisnave, como fazia reportagens sobre o 1º Congresso dos Algarvios da Margem Sul, a reprovação do PDM de Almada e posterior aprovação com "amputações", ou a novidade que era, nesse tempo, o anteprojecto para o Metro Sul do Tejo.
E, se fosse preciso, até fazia peças da secção mais especializada (a que tinha jornalistas que só trabalhavam nessa área): o desporto!
A imprensa regional tinha realmente bons profissionais: polivalentes, flexíveis e com grande arcaboiço.
Como é óbvio, ao trabalhar em rádios e jornais, tive a oportunidade de entrevistar muita gente. Algumas dessas entrevistas eram de circunstãncia, muitas deles feitas por telefone. Mas, quando surgia a possibilidade de falar olhos nos olhos com o entrevistado o "repórter" acabava muitas vezes por ter conversas longas, interessantes e gratificantes.
Uma das entrevistas que mais gostei de realizar foi esta, com o histórico presidente do Almada Atlético Clube, Adelino Moura. Foi muito fácil dialogar com aquele homem que, sendo um líder com carisma, não precisava de fazer poses, armar-se em importante ou ter ares de sobranceria para dizer o que pensava. E dizia-o frontalmente, sem papas na língua mas sem entrar em insinuações ou armar "peixeirada".
A página e meia de texto aqui reproduzida é o que foi publicado na edição do Sul Expresso de 7 de Junho de 1995 - o resumo de uma conversa com cerca de 2 horas, muito estimulante e enriquecedora.
O mote para a entrevista era a subida do Andebol sénior do Almada à primeira divisão nacional. Mas aquele era também um tempo de grandes investimentos em estruturas desportivas. O Almada tinha já relva no seu estádio do Pragal (junto ao Cristo-Rei), mas não tinha ainda pavilhão próprio. Esse era, aliás, o próximo grande objectivo "material" de Adelino Moura. (E suponho que por isso mesmo, o equipamento que foi construído anos mais tarde se chama, precisamente, Pavilhão Adelino Moura.)
Inevitavelmente, falou-se muito de números, de verbas, de subsídios. No entanto, o que mais me impressionou foram as opiniões de Adelino Moura sobre o papel do Desporto como escola de valores humanos. Devia ser uma coisa natural, óbvia... mas já naquele tempo (os anos 90 foram, também, a década da euforia neoliberal) não o era!
O "meu entrevistado" não ignorava isso. E tinha ideias muito interessantes, com as quais não tive nenhuma dificuldade em concordar (digo-o agora - naturalmente não o disse naquele momento, nem tinha nada que o dizer, pois estava ali como jornalista e o jornalista não deve nunca confundir notícia com opinião).
Cito:
«Os clubes, pelo menos os pequenos, devem viver em função da conjugação de boas vontades e com o objectivo não apenas de competir mas de ajudar a formar desportistas e cidadãos. Um clube como o Almada deve ter também uma função social»
«Acho mal que se gastem dinheiros públicos em coisas efémeras (...) A autarquia não nos dá dinheiro para pagar despesaas correntes. Tudo o que recebemos da CMA é para ser aplicado em obras»
«o Almada, devido à sua proximidade com Lisboa, não tem outra hipótese a não ser formar os seus próprios jogadores. Tentamos ganhar alguns para a equipa principal e, por uma questão de necessidade, vender outros a clubes que nos possam proporcionar receitas. Quando isto funcionava em moldes amadores eu não tinha esta opinião, mas agora os tempos são outros e temos de ser realistas»
«as coisas andam muito deturpadas: cairam no meio desportivo alguns "paraquedistas", indivíduos sem conhecimentos de desporto. Chamam-lhes gestores e talvez sejam bons gestores nas suas empresas. Mas o desporto propriamente dito não tem nada a ver com a gestão de uma empresa: estar a encher 30 mil garrafas por dia ou estar a arranjar automóveis não é o mesmo que ver a bola bater na trave ou conhecer de perto os jogadores.»
«Em Portugal, como se sabe, há 3 clubes grandes; tão grandes que até são os maiores nas dívidas. Este modelo não serve aos clubes mais pequenos. Se começam a ceder à pressão dos sócios e entram em grandes despesas vão inevitavelmente acabar por falir»
Eram "prognósticos" do presidente do Almada Atlético Clube, em 1995. O decorrer do jogo acabou por lhe dar razão.
Nota de rodapé: Parece que esta entrevista chegou a incomodar algumas pessoas (porque, como escrevi acima, Adelino Moura não fugiu às perguntas e até acrescentou matéria sobre a qual eu, por desconhecimento, não perguntei nada); no entanto alguns dos meus colegas - os especialistas em desporto - criticaram-me por alguma "ingenuidade" nas questões. Passados 15 anos, tenho um palpite que a minha ingenuidade terá consistido em não perguntar nada sobre as relações entre o andebol do Almada e o do Ginásio Clube do Sul. Sabem que mais? Ainda bem que fui ingénuo: assim posso apresentar uma peça menos datada, com mais substãncia e menos tricas e mexericos! :)
sábado, junho 26, 2010
O Metro Sul do Tejo, ou mais uma crónica de um país onde tudo se faz muito devagarinho
A Câmara de Almada, que sempre esteve na vanguarda deste projecto, tinha lançado a ideia por volta de 1985 (faz agora 25 anos, e uma década antes do primeiro protocolo). Não sei exactamente porque só dez anos mais tarde um governo e as autarquias locais chegaram a acordo. Mas lembro-me, ainda relativamente bem, desse primeiro trimestre de 1995, quando o processo parecia começar, finalmente, a entrar nos carris.
Enquanto jornalista do quinzenário Sul Expresso fui acompanhando esse assunto. Eis a cronologia dos acontecimentos de 1995, tal como apareceram nas páginas daquele periódico.
A primeira referência ao assunto aparece em Fevereiro desse ano. "A assinatura do contrato de fornecimento do Anteprojecto da Rede Base do Metropolitano Ligeiro da Margem Sul realizou-se no dia 29 de Fevereiro no edifício da Presidência da Câmara Municipal do Seixal", com a presença dos municípios envolvidos - Seixal, Moita Barreiro e Almada - do então secretário de Estado dos Transportes, Guilhermino Rodrigues, e de um representante do consórcio francês liderado pela Semaly-HP-Pret, responsável pela elaboração do "anteprojecto".
Este anteprojecto era, de facto, um estudo de viabilidade técnica e económica, uma vez que, segundo o Sul Expresso, o consórcio iria "efectuar a descrição dos previsíveis financiamentos, referindo vantagens e inconvenientes de cada, para além dois montantes de participação atribuídos a cada entidade que venha a envolver-se no referido projecto", bem como "desenvolver e complementar os aspectos geológicos e topográficos de um estudo da viabilidade da extensão da rede até ao concelho da Moita". (Artigo da jornalista Ana Isabel Borralho).
Note-se, então, que esse primeiro documento já previa a ligação - logo numa fase inicial - dos concelhos de Almada, Seixal e Barreiro, com posterior ligação à Moita.
Isso mesmo adiantava o Sul Expresso (em artigo meu, e julgo que com alguns conteúdos em "primeira mão"), na edição de 29 de Março. O jornal divulgava a planta da rede prevista, tal como fora apresentada (mas não muito divulgada) a 20 desse mesmo mês. "O estudo de viabilidade técnica e económica foi concluído e entregue ao ministro Ferreira do Amaral. No passado dia 20 foi publicamente apresentado (...) em cerimónia que contou com a presença do coordenador do estudo, Fernando Nunes da Silva".
Falou-se de números, nessa apresentação. Segundo a presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa, esperava-se "um investimento da parte do Governo de 45 a 60 milhões de contos, com recurso a Fundos Comunitários" e o restante investimento ficaria "a cargo da empresa que vier a contruir e a explorar a rede". Note-se, então, que desde logo tinha ficado assente que a empresa que construísse a rede seria a mesma que a iria explorar. Dito de outra forma: quem explora o serviço teria a "obrigação" de construir os equipamentos.
Apontavam-se também datas. A primeira fase, "fazendo a ligação Barreiro/Almada/Pragal" devia estar concluída em 1999. Ou mesmo antes disso (por volta do final de 1997) porque "a tecnologia utilizada permite a abertura de troços quilómetro a quilómetro" , como garantia o coordenador do estudo de viabilidade.
No dia 5 de Abril, a Câmara de Almada aprovava o estudo, em sessão pública, "por unanimidade e com direito a palmas" - como reportava o Sul Expresso (Ana Isabel Borralho) - e com declarações de voto a favor do projecto por parte de vereadores da CDU e do PSD. No que dizia respeito a contas, "caberá às câmaras pagar 20%, ficando o governo, através da CP, responsabilizado em 80%, ou seja: 150 mil contos a CP e 7.500 contos cada câmara".
Faltava só formalizar a parceria governo-autarquias, com a assinatura do "protocolo para o desenvolvimento do metropolitano ligeiro na margem sul do Tejo". Esse momento tão aguardado chegou a 18 de Abril de 1995, nos Paços do Conselho da Câmara Municipal do Barreiro. E eu tive a sorte, ou o privilégio de fazer a cobertura desse acontecimento que se supunha histórico (na verdade acho que tive mas foi a lata de me oferecer - e insistir muito - para fazer esse "serviço").
Com praticamente tudo dito por parte das autarquias e dos autores do estudo, esperava-se muito da intervenção do então Ministro das Obras Públicas, Ferreira do Amaral. E ele não defraudou as expectativas. Garantiu a disponibilidade do Governo para apoiar a concretização da obra pública. Mas fez mais. Fez uma grande declaração de intenções sobre a importãncia de investir no desenvolvimento dos caminhos de ferro para "revolucionar os meios de transporte", de forma a "transportar mais pessoas, mais frequentemente, mais utilmente e com maior comodidade".
Poucos meses mais tarde, mudava o Governo. Com o novo Executivo, todo este trabalho volta para a gaveta. E as populações do "arco ribeirinho do Tejo" continuam (até hoje!) a ter de fazer percursos estranhos e pouco lógicos para se deslocarem de transportes públicos entre dois grandes centros urbanos, ainda por cima tão próximos, como Almada e Barreiro!
Passam 4 anos. Em 1999 (ano que se previa ser o do arranque da exploração do Metro Sul do Tejo!) é assinado um novo protocolo. Mas é preciso aguardar ainda mais 2 anos até que, em 2002, a obra é finalmente adjudicada... para ficar concluída seis anos mais tarde (mas só numa ínfima parte relativamente ao projecto de 1995)!
Tudo isto já passou à História, dir-me-ão.
Pois passou. Mas era bom que a gente aprendesse alguma coisa com a História. Para quê? Para não repetirmos asneiras do passado, por exemplo. Não é uma boa razão?
sábado, março 13, 2010
Almada, 1994 - a 2.ª edição do Festival Tágides, em directo na rádio!
No fim de semana em que decorre mais uma edição do Tágides - Festival de Tunas Universítárias, em Almada (ver artigo acima deste), lembrei-me que tenho, no meu arquivo, sons de uma reportagem, da (já extinta) Rádio Voz de Almada.
Era a segunda edição do evento, em 1994. A rádio teve a boa ideia de enviar um jornalista (Vítor Burgo) para a Rua Capitão Leitão (na zona "velha" de Almada), onde as tunas actuavam, na abertura do festival.
Os registos magnéticos, ou RMs, (que, muitos anos depois, transformei numa espécie de vídeo para o meu canal do Youtube) foram feitos no mesmo dia, ou melhor, noite (29 de Abril de 1994), mas passaram em ocasiões diferentes. É que, na primeira intervenção, o repórter já se estava a "esticar" com o tempo e o editor do noticiário, em estúdio (eu), teve de lhe cortar o pio (ehehe!).
Mas o mais "engraçado" é que o Vítor Burgo (porque não percebeu, ou para não desapontar os tunantes - nunca lhe chegei a perguntar se foi uma ou outra coisa...) continuou a reportagem, como se estivesse em directo. É esse o conteúdo do segundo "RM-vídeo", que passou no dia seguinte (salvo erro, ambos nos noticiários alargados das 22h00 - que, comigo, chegavam a ser mesmo muuuuuito alargados, para "desespero", entre aspas, claro, do colega radialista que, àquela hora, fazia um dos programas de maior audiência da emissora).
Velhos tempos, enfim...
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
sexta-feira, outubro 30, 2009
Grafitis em Almada: um exemplo de 1997
sexta-feira, outubro 23, 2009
Música Moderna em Almada...
http://almada-cultural2.blogspot.com/2007/10/mostra-zero-de-msica-moderna-almada.html
http://almada-cultural2.blogspot.com/2007/10/mostras-de-msica-moderna-em-almada-1996.html
sexta-feira, outubro 02, 2009
Férias em Marte?
sábado, junho 27, 2009
Michael Jackson: Black or White
Eu até nem fui um grande fã de Michael Jackson. Mas há algumas músicas dele que me agradaram particularmente. Acima de todas, este tema - Black or White - e este vídeo. Pela música, sim. Mas, principalmente, pela mensagem. E, não menos, pelos efeitos especiais que - no início da década de 90, note-se - eram inovadores e serviam para contar uma história (em vez de servirem só para criar espalhafato).
quinta-feira, junho 25, 2009
Como (não) vivi a revolta na Ponte 25 de Abril (Junho de 1994)
sexta-feira, maio 29, 2009
"Viva a vida sem tabaco!"... ou uma nova versão da fábula da lebre e da tartaruga (Rádio Baía, Maio 1993)
Em 1993, fui fazer reportagem das comemorações do Dia Mundial Sem Tabaco (31 de Maio).
Havia uma festa no Jardim de Almada - animação que culminou com uma pequena peça de teatro na qual se recriava a fábula da lebre e da tartaruga. A tal corrida que a lebre tem todas as condições para ganhar... e daí... daí não sei: é que a lebre, ultimamente, anda a fumar tanto!...
A piada disto qual é? É que eu, naquela época, fumava que nem uma chaminé. E passei a ser alcunhado pelos meus colegas da rádio como a lebre fumadora... Eles lá sabiam porquê!
Eu já tinha contado antes esta história (sem áudio nem vídeo, mas com mais pormenores). Aqui: http://vitorinices.blogspot.com/2007/11/lebre-fumadora-e-tartaruga-desportista.html
(Obs: na peça refere-se, por lapso, o Dia do Não Fumador - que também existe, mas é comemorado a 17 de Novembro, e não a 31 de Maio)
quarta-feira, maio 27, 2009
Maio de 1994: estórias de um certo Festival da Liberdade...
segunda-feira, abril 27, 2009
África do Sul, 27 de Abril de 1994: as eleições que ratificaram o fim do "apartheid"
Abril de 1994: eleições presidenciais na África do Sul. O início da era pós-apartheid, com a vitória (esmagadora e indubitável) do candidato do ANC, o histórico Nelson Mandela.
Na Rádio Voz de Almada acompanhávamos (como nos competia, enquanto jornalistas) esses dias de mudança. Este é o registo original (editado posteriormente em vídeo - ou melhor: em diaporama) de um noticiário intercalar, no dia 27 de Abril, onde se dava conta do andamento do escrutínio e se recolhiam dois depoimentos sobre a realidade sul-africana desse tempo. Para recordar hoje, quando passam precisamente 15 anos sobre essa data histórica.
quinta-feira, abril 23, 2009
20 anos de Ponto de Encontro: 1989 - 2009 (uma dissertação, em vez de uma evocação histórica)
Era muita coisa. Vários grupos, com interesses diversificados.
Era (como já referi) o pessoal que parava na Tasca do Cão (ou no Miradouro, também) e que poderiam ter ficado por ali, se não houvesse o Ponto de Encontro, onde tiveram a oportunidade de desenvolver as suas capacidades artísticas. Era, por exemplo, o Núcleo de Artes Plásticas do Laranjeiro (num tempo em que não havia ainda equipamentos culturais no Laranjeiro vocacionados para esses jovens - e que, por isso mesmo, procuraram apoio no Ponto de Encontro, em Cacilhas). Mas era, também, a Associação de Jovens de Cacilhas, dinamizada pelo então responsável pela casa da juventude: o Tó Vieira.
http://vitorinices.blogspot.com/2009/04/o-ponto-de-encontro-casa-da-juventude.html
O Ponto de Encontro (Casa da Juventude de Cacilhas, Almada), em 1995
Mas a casa teve, alternadamente, períodos de grande actividade e períodos de algum marasmo.
Em 1995, os utentes do espaço diziam que a actividade cultural já não era o que tina sido em anos anteriores. Eu, que estava ao serviço do jornal Sul Expresso - e que conhecia bem aquele espaço e as actividades que lá se realizavam - fiz então esta reportagem:
quarta-feira, abril 01, 2009
Mário Viegas na Rádio Voz de Almada (1994)
Enquanto jornalista "de rádio" - entre 1992 e 1995 - tive, então, a oportunidade de falar com muita gente, e com algumas pessoas interessantes. Em Abril de 1994 (estava eu na rádio Voz de Almada), liguei para o Teatro São Luís, à procura do grande Mário Viegas - que estreava, nessa noite, o que viria a ser um dos seus espectáculos de maior sucesso: "Portugal Não! Europa, Nunca!" (título que glosava o "slogan" do PSD nas eleições desse ano para o Parlamento Europeu...). Ele não enjeitou a oportunidade de falar para um órgão de comunicação social (pois, pudera!), e fez muito bem, porque me proporcionou esta pequena conversa.
Mário Viegas - actor, grande divulgador da poesia, figura incontornável da cultura portuguesa do último quartel do século 20, "poeta com as palavras dos outros", como alguém lhe chamou - nasceu em Santarém, a 10 de Novembro de 1948, e deixou-nos, fisicamente, no dia 1 de Abril de 1996, em Lisboa.
Vi-o em palco apenas uma vez, nos anos 80, num Festival de Teatro de Almada, a fazer os "Contos do Gin-Tonic", de Mário Henrique Leiria. Enquanto declamador é, para mim, "o" modelo a seguir. Tive a (pouca?) sorte de falar com ele uma vez (só) e à pressa.
E isto é tudo verdade (apesar de hoje ser o dia das mentiras...).