Almada tem, finalmente, um concurso de grafitis. Digo "finalmente" porque a arte não é nova (obviamente) e nesta cidade tem florescido (permitam-me a expressão) desde, pelo menos, a segunda metade da década de '90.
Claro que há - como em todas as artes! - bons e maus grafitis, bons e maus "writers"... (E é claro, também, que a noção de "bom" e de "mau" é sempre subjectiva, está sujeita a modas e/ou ao ambiente cultural de determinada comunidade, ou comunidades, em determinado momento histórico.)
Em 1997, a minha estimada amiga jornalista Marina Caldas fazia, para o jornal almadense Sul Expresso, uma interessante peça sobre esta (então "nova") arte de rua. Foi ouvir as opiniões dos habitantes de Miratejo... E não é que a maioria até apoiava e apreciava o trabalho dos "writers" dessa época?
Eram os anos 90 "do século passado". Havia uma abertura de espírito da população em geral para manifestações culturais "alternativas" como eu não vi nem antes (anos 80) nem - muito menos! - depois (nesta década tristonha em que ainda vivemos).
Entendam-me: agora até há mais espaço para manifestações culturais "alternativas". Mas há, também, mais preconceito. Pelo menos em Almada. Ou não?
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