Leio no Público de hoje:
O líder do CDS-PP diz haver uma “maioria silenciosa” que partilha as ideias do partido e apelou ao voto dessa maioria.
“Quanto ao sector produtivo, quanto à autoridade dos professores, quanto à agricultura, ao rendimento mínimo, às pensões, da eficácia da polícia e dignidade dos professores, há sim senhora uma maioria silenciosa entre nós que percebe que Portugal só avança se apostar em quem trabalha e quem trabalha e estuda, não são aqueles que não querem trabalhar mas querem viver à custa do contribuinte”, disse Paulo Portas, no jantar-comício de ontem à noite, em Albergaria-a-Velha.
Ora, isto faz lembrar, inevitavelmente, a "maioria silenciosa" invocada por Spínola em 1974.
Frase infeliz de Portas? Só isso? A exemplo da "suspensão da democracia durante seis meses" sugerida por Manuela Ferreira Leite?
Sobre o abortado golpe de estado de direita promovido por uma "maioria silenciosa" em 1974 - e porque, estranhamente, não encontrei referências históricas rigorosas na net - leia-se o que escreve Samuel no blogue Cantigueiro:
Corria o ano de 1974. Lá para o fim do verão, quando esta cara estava pespegada em cartazes por todo o lado, Paulo Portas era ainda um garoto de 12 anos de idade e a “fascistada” portuguesa tinha muita fé nesta “Maioria Silenciosa” que, sob o pretexto de apoiar Spínola, faria os relógios recuar até ao 24 de Abril. Esses, pelo menos, foram devida e justamente rechaçados, então.
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