Alguém que ocupa um cargo descentralizado da Administração Central, escreveu, a meu respeito, entre outras difamações, a que transcrevo:
«Apresenta comportamentos desajustados, isolamento social, desadaptação ás» (sic) «regras, que tem levado a despedimentos sucessivos».
Aparte a trapalhada ortográfica (esqueçamos isso), a frase é caluniosa por, pelo menos, duas razões:
1 - «Desadaptação às regras» - a que regras se refere? E como pretende demonstrar essa suposta "desadaptação"? Ou não pretende demonstrar nada?
2 - «Despedimentos sucessivos»?. A sério? Eu fui despedido sucessivamente dos locais onde trabalhei?
Não seria aconselhável, antes de escrever coisas tais, informarem-se sobre a pessoa a quem se referem? Podiam, por exemplo, consultar o meu trabalho (que é público e está publicado). E podiam também, por exemplo, falar com as pessoas que comigo trabalharam. E com os patrões, já agora - para ver quantos deles me despediram (ainda por cima "sucessivamente"!).
Também não perdiam nada em falar com as pessoas que comigo têm convivido, em circunstâncias diversas. Podia ser uma forma de obterem informações sobre essa tal suposta "desdaptação às regras". Até para - já agora, não é? - definirem quais as "regras"a que se queriam referir.
Mas quem escreveu tal coisa não me conhece (ou melhor: não me conhecia) de lado nenhum! (E, pelos vistos, não tinha nenhuma informação a meu respeito!)
Estas duas linhas (com afirmações taxativas sobre alguém cujo autor não conhece de lado nenhum) constam, pois, de um documento emitido por uma pessoa que tem responsabilidades num órgão descentralizado do aparelho estatal português. Logo, uma pessoa que, ou é do partido que está no poder (o PS - Partido Socialista), ou terá, pelo menos, confiança política por parte desse partido.
Mas há mais: as duas linhas que aqui apresento são, por sua vez, transcrição quase literal de uma carta, enviada a esse titular de cargo público, por uma outra pessoa, que é militante do PS (e que, nesse caso, até me conhece - logo, sabia muito bem estar a cometer crime de difamação).
Há mais, ainda: é que quem teve a ideia de escrever tal carta (logo, quem tem a autoria moral da difamação) foi uma terceira pessoa - que, por acaso, ocupa até um cargo de alguma importância na estrutura local do PS.
Ora eu, que desde 1992 exerci a profissão de jornalista, sempre com avaliações positivas e elogiosas da parte de quem comigo trabalhava (patrões incluídos), sinto-me (como é natural) injuriado e ofendido na minha honra e consideração por tais afirmações.
Eu sei que isto é um caso para ser tratado na Justiça.
No entanto, depois de ver um candidato do PS a exigir um pedido de desculpas a outro partido porque - alegadamente - teria sido insultado por militantes desse outro partido, fiquei aqui com uma dúvida.
Fui difamado por pessoas ligadas ao PS e à Administração Central (gerida por um governo PS).
Deverei eu, portanto - em defesa do meu bom nome e por respeito à verdade dos factos -, exigir ao PS um pedido de desculpas? Ou devo esperar que os intervenientes neste caso assumam, individualmente, as responsabilidades pelos actos ilícitos que cometeram?
O que é que vocês acham?
3 comentários:
Esclarecimento talvez necessário para quem tenha, eventualmente, alguma dificuldade em entender subtilezas de linguagem: o título deste artigo é uma pergunta retórica.
Obviamente, não espero que o PS me apresente um pedido de desculpas.
Já as pessoas envolvidas neste caso de difamação deveriam, de facto, retractar-se. Era bonito, decente e cívico.
E deviam retractar-se, essas pessoas, não só por duas das acusações sem fundamento a que me refiro (e note-se que nem me dei ao trabalho de analisar outras duas: as que aparecem logo no início da frase citada), mas por todas as outras que constam desse extraordinário documento (do qual copio, apenas, duas linhas...).
É dessa atitude - decente e cívica - que continuo à espera.
António Vitorino
«........mini-spam........»
Não sejam BURROS! Não se pode andar a perder tempo com BANDALHOS!
(é preciso dizer NÃO aos Bandalhos Brancos)
---> Os Bandalhos Brancos (a maioria dos europeus) não se têm preocupado em constituir uma sociedade sustentável (média de 2.1 filhos por mulher), e têm argumentado que se deve recorrer à imigração para resolver o problema demográfico!!!
---> Mas acontece que muitos imigrantes vêm de países (ex: islâmicos) aonde precisamente foi a repressão dos Direitos das mulheres (mulheres são tratadas como úteros ambulantes...) que permitiu alcançar uma boa produção demográfica... e consequente exportação de população.
---> Quando a população originária desses países dominar demograficamente a Europa (eles caminham para isso a passos largos) , quem (leia-se os Bandalhos Brancos - a maioria dos europeus) andou a proclamar que os imigrantes seriam os salvadores do problema demográfico, sabe muito bem que vai ter que comer e calar...,...
RESUMINDO: Os Bandalhos Brancos estão a liquidar os Direitos das mulheres... e a Liberdade de Expressão (veja-se os casos de Theo van Gogh, Geert Wilders, etc...).
---> Como não constituem uma SOCIEDADE SUSTENTÁVEL - isto é, uma sociedade dotada da capacidade de renovação demográfica - os Bandalhos Brancos procuram infiltrar-se em qualquer lado [ex: quer importando outros povos para a Europa... quer deslocando-se para o território de outros povos...], consequentemente, os Bandalhos Brancos são intolerantes para com a preservação/sobrevivência das Identidades Étnicas Autóctones...
ABRAM OS OLHOS: Não há tempo a perder com Bandalhos... antes que seja tarde demais, há que mobilizar, para o SEPARATISMO, aquela minoria de europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência...
Ok, aquilo é um «mini-spam». Suponho que não tem a ver com nada que eu tenha escrito, pelo menos neste artigo. Mas tá bem... eu respeito a ideia. Não concordo com a solução, mas concordo com o diagnóstico.
AV
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