quarta-feira, outubro 31, 2007

Dead Kennedys - Halloween


Um vídeo de 1980 (ou mesmo anterior, dizem alguns...). Se preferirem uma versão mais tipo MTV (sim, é uma piada...) vejam-na (e ouçam, porque o som até está melhor) aqui:


www.youtube.com/watch?v=MrlkolpVCuw


A “lírica” desta canção, tal como aparece no site oficial de banda:

So it’s Halloween / And you feel like dancin’ / And you feel like shinin’ / And you feel like letting loose / Whatcha gonna be / Babe, you better know / And you better plan / Better plan all day / Better plan all week / Better plan all month / Better plan all year / You’re dressed up like a clown / Putting on your act / It’s the only time all year / You’ll ever admit that / I can see your eyes / I can see your brain / Baby, nothing’s changed / (repeat) / You’re still hiding in a mask / You take your fun seriously / No, don’t blow this year’s chance / Tomorrow your mold goes back on / After Halloween / You go to work today / You’ll go to work tomorrow / Shitfaced tonight / You’ll brag about it for months / Remember what I did / Remember what I was / Back on Halloween / But what’s in between / Where are your ideas / You sit around and dream / For next Halloween / Why not every day / Are you so afraid / What will people say / (repeat) / After Halloween / Because your role is planned for you / There’s nothing you can do / But stop and think it through / But what will the boss say to you / And what will your girlfriend say to you / And the people out on the street they might glare at you / And whadya know, you’re pretty self-conscious too / So you run back and stuff yourselves in rigid business costumes / Only at night to score is your leather uniform exhumed / Why don’t you take your social regulations / And shove ‘em up your ass

Está em
http://www.deadkennedys.com/

terça-feira, outubro 30, 2007

Uma certa Almada, nos anos 90...

Os anos 90 do século passado foram, em Almada, uma época de grande proliferação de bandas da chamada "música moderna". Esses grupos (e os de teatro, também...) eram a face mais visível de um movimento cultural "alternativo", muito típico desta cidade.
Em 1995, a Câmara de Almada promoveu, pela primeira vez, uma quinzena da juventude (até então era, "apenas", a semana da juventude). E também uma mostra de bandas "de garagem".
Por ser a primeira edição, ainda em formato "experimental", chamou-se "Mostra Zero".
O evento teve grande sucesso, repetiu-se nos anos posteriores e, já neste milénio, transformou-se em Concurso de Música Moderna.
Se quiserem conhecer um pouco da história deste evento (e da "movida" cultural que lhe estava subjacente) visitem, no blogue Almada Cultural por extenso:




segunda-feira, outubro 29, 2007

“Brincadeira de mau gosto”? Ou será antes um “crime hediondo”?


Aconteceu hoje, em Portugal, e foi notícia de abertura nos jornais televisivos...

Um grupo de jovenzitos resolveu fazer uma brincadeirazita com um “velho” quarentão, asmático e, ainda por cima, alcoólico. Amarram-no de pés e mãos a um gradeamento e a um carro, e deixam-no ficar para ali, assim sem mais nem menos, durante toda a noite, ao frio...
Fixe, não é?
Bem, eles devem ter pensado que era fixe. Provavelmente pensaram até que estavam a ser uns grandes homens, uns grandes “campeões”, e tal... Hã?... O quê? Não pensavam? Não?...
Ah, pois: informações mais recentes dizem-nos que, afinal, os tais jovens que resolveram amarrar o “bêbado” não estavam a ver muito bem as consequências dos seus actos... porque estavam, também eles, bêbados!
E pronto... como diziam hoje os noticiários televisivos da hora de almoço, tudo não teria passado, afinal, de uma “brincadeira de mau gosto”, que acabou por correr mal (dito assim mesmo, nos três canais generalistas da televisão portuguesa!). Só que “correr mal” significa, neste caso, que o homem que eles amarraram “na brincadeira” acabou por morrer durante a noite.
Uma morte solitária. Cruel.
E pronto! Agora o que é que eu posso dizer sem parecer moralista?

Assim de repente, ocorrem-me duas coisas (para meu azar, extremamente “moralistas”):

Primeira coisa: já viram um filme chamado Laranja Mecânica? Não é nada de novo: é de 1971 (realizado por Stanley Kubrick). Lembrei-me desse filme (de que gosto, esclareça-se) porque se procurarem bem, encontram nou Youtube algumas coisas aparentadas... Enfim, talvez um bocadinho mais “soft”... mas reais. Querem uma dica? Procurem “Almada”. Se tiverem alguma paciência na vossa pesquisa, vão encontrar um grupinho de jovenzitos (aparentemente todos atrasados mentais, a avaliar pela forma como se comportam) a desrespeitar um “velho bezana” num jardim de Almada. Está bem, não cometem nenhuma “violência física”... Mas, segundo as notícias, os assassinos do outro também não. Portanto, qual é o problema? É tudo “fake”, não é? (E não há quem explique a estes jovenzinhos que não vivemos num filme, nem num cartoon, e que as atitudes que tomamos têm – sempre – consequências?).

Segunda coisa: isto (o assassinato a sério, mas "sem querer" e "a brincar") aconteceu numa localidade do norte de Portugal. Os agressores eram todos rapazinhos pacatos, bem comportados e bem vistos pela comunidade local... só que às vezes “exageravam” nas “brincadeiras”. E, desta vez, a “brincadeira de mau gosto” correu mal: mataram uma pessoa! Agora, imaginem vocês que isto tinha acontecido numa zona de subúrbio da Área Metropolitana de Lisboa. Imaginem que os agressores não eram “pacatos membros da comunidade” a quem a “brincadeira” correu mal. Imaginem que eram imigrantes (esses safados!) ou que eram portugueses mas, para azar deles, não eram “branquinhos” como aqueles desafortunados jovens de Borralheira de Orjais que - aparentemente devido à bebedeira que carregavam - fizeram asneira, coitados. Acham que os noticiários se iam referir ao caso como uma “brincadeira de mau gosto” que deu para o torto? Eu cá acredito mais que a notícia de abertura dos telejornais seria qualquer coisa como “crime hediondo no bairro... (escolham vocês o nome do bairro). Bem, se calhar não seria “hediondo”. Duvido que, nas televisões portuguesas, conheçam essa palavra. E, se a conhecerem, provavelmente escreveriam qualquer coisa como ediondo. Mas , à cautela, ficariam por umn sinónimo, mais fácil de dizer (mas, provavelmente, mal escrito na mesma).
Ah, pensam vocês que eu tenho algum preconceito contra os jornalistas? Então leiam melhor as coisas que tenho escrito neste blogue (podem até começar por ler o meu “curriculum” profissional, na barra ali do lado direito). O que eu tenho é um grande desgosto por ver que, em Portugal, o “jornalismo” que se faz é, salvo raras excepções ( e desculpem a franqueza) uma merda!
Ou pensam então que eu sou daqueles que já não se lembram que também foram jovens? Ou que estou para aqui a fingir que nunca me embebedei?
Oh, pá! Quem me conhece que responda a essas dúvidas!
(Para quem não tem possibilidade de falar com quem me “conhece”, eu esclareço. Fui “jovenzito”, até fora de tempo, embebedei-me muito mais que a “normalidade”. Mas nunca fiz coisas desse género. Aliás, nunca me passou pela cabeça fazê-las. Mas, já sabem como é: eu sou um “menino” por isso não acho piada nenhuma a “brincadeiras” violentas. Pois, deve ser isso....)

sábado, outubro 27, 2007

Nástio Mosquito: “Bebi, Beberei, Bebendo”


Conheci o trabalho deste músico angolano ontem à noite (numa performance pós Doc-Lisboa, no Maxime: um concerto de um trio que integrava Kalaf e Hugo Antunes). E gostei muito. Tanto que decidi partilhar convosco esta “descoberta”.
Encontram mais em:

www.youtube.com/profile?user=NastioMosquito
myspace.com/nastiomosquito

quinta-feira, outubro 25, 2007

A minha homenagem ao Vladimir...

Agora que o presidente russo, Vladimir Putin, está de visita a Portugal, eu até devia dizer aqui duas ou três patacoadas sérias... Mas.. epá, desculpem lá! É que não consigo. Não me ocorre nada sério, mesmo.
A não ser, talvez, relembrar as palavras sábias do grande jornalista José Milharazes...

Isto foi já há alguns anos. (Se calhar, até está desactualizado, eh eh eh!...) Mas olhem, por aqui não consegui arranjar melhor ...
Então, pronto, é assim. Desculpem lá a pobreza deste "post". Mas é como vos digo, e repito: infelizmente a visita de Vladimir Putin a Portugal não me inspira a dizer nada de mais relevante, e... Epá! espera aí...
É que, entretanto, estava eu já de saída, e lembrei-me ainda disto:

(GNR, "Piloto automático".)
Agora, porque carga de água associei uma tão importante visita de Estado a uma cançãozita de uma banda portuguesa que, ainda por cima, tem nome de força policial?
Pois é... Boa pergunta!

Olha, que tal procurarem a resposta para tão inquietante dúvida... sei lá, no blogue do José Milhazes, não? O verdadeiro... o autêntico... o original.
Aqui: darussia.blogspot.com

Poesia urbana...

Cumprindo a promessa que fiz no artigo anterior, regresso com “poesia urbana”. Ofereço-vos, então, um grafiti fotografado em Almada numa destas noites de 2007

grafiti que me fez lembrar o seguinte poema desse grande “cantautor” que se chama Sérgio Godinho:


2º ANDAR, DIREITO

Ele vinte anos, e ela dezoito

e há cinco dias sem trocarem palavra
lembrando as zangas que um só beijo curava
e esta história começa no instante
em que o homem empurra a porta pesada
e entra no quarto onde a mulher está deitada
a dormir de um sono ligeiro

E no quarto, às cegas,
o escuro abraça-o como que a um companheiro
que se conhece pelo tocar e pelo o cheiro
e é o ruído que o chão faz que lhe traz
o gosto ao quarto depois de uma ruptura
faz-lhe sentir que entre os dois algo ainda dura
dos dias em que um beijo bastava

E agora, da cama
vem uma voz que diz sussurando: És tu?
e a luz acende-se sobre um braço nu
e a mulher pergunta: A que vens agora?
é que não sei se reparaste na hora
deixa dormir quem quer dormir, vai-te embora
amanhã tenho de ir trabalhar

Não fales, que o bébé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir, o nosso amor, um bocadinho mais
deixa-o dormir, que viveu dias tão brutais

E o homem de pé
parece um rapazinho a ver se compreende
e grita e diz que ele também não se vende
que quer a paz mas de outra maneira
e nem que essa noite fosse a derradeira
veio afirmar quer ela queira ou não queira
que os dois ainda têm muito que aprender

Se temos…! diz ela
mas o problema não é só de aprender
é saber a partir daí que fazer
e o homem diz: Que queres que eu responda?
Não estamos no mesmo comprimento de onda…
Tu a mandares-me esse sorriso à Gioconda
e eu com ar de filme americano

Somos tão novos, diz o homem
e agora é a vez de a mulher se impacientar
essa frase já começa a tresandar
é que não é só uma questão de idade
o amor não é o bilhete de identidade
é eu ou tu, seja quem for, ter vontade
de mudar e deixar mudar

E assim se ouviu
pela noite fora os dois amantes falar
e o que não vi só tive que imaginar
é preciso explicar que sou eu o vizinho
e à noite vivo neste quarto sozinho
corpo cansado e cabeça em desalinho
e o prédio inteiro nos meus ouvidos

Veio a manhã e diziam
telefona ao teu patrão, diz que hoje não vais
que viveste uns dias assim tão brutais
e que precisas de convalescença
sei lá, inventa qualquer coisa, uma doença
mete um atestado ou pede licença
sem prazo nem vencimento, se preciso for

(Espero que não seja preciso, porque não
sei como é que eles vão viver sem os dois salários…)

Vá fala, que o bébé está acordado
o vizinho deve estar já acordado
e o amor, pronto, também está acordado
mas tem cuidado, trata-o bem
muito bem, de mansinho
que ainda agora vai pisar outro caminho.

Sérgio Godinho
(Canção do álbum “Pano Crú”, editado em 1978)

Bonito, não é? E urbano. Não é?



(Mais Sérgio Godinho:
pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Godinho
www.myspace.com/sergiogodinhooficial)

sábado, outubro 20, 2007

Até já!...


Ora bem: como sabem (se não sabem, ficam agora a saber), eu cá não tenho computador, nem internet, nem nenhuma dessas modernices que os gajos (sejam lá eles quem forem, esses gajos...) inventaram só para nos viciar em coisas novas – que as antigas, por sinal, já não chegavam. Portanto, quando quero saciar o bichinho da comunicação internáutica, tenho de pedir licença a alguns amigos – os quais, muito pacientemente, lá me vão deixando usar (às vezes, abusar de...) os respectivos computadores. Ora, acontece que, pelo menos até segunda-feira, esses meus amigos vão ficar sem acesso à internet. O que quer dizer que, miseravelmente, também este vosso servo ficará, durante pelo menos dois dias, sem poder comunicar convosco. Ou seja: vou ter que me desenrascar e (e quiçá, como diria o Doutor Abreu Santinho) saciar outro tipo de bichinho e/ou bichinhos (riscar o que não vos interesse). Se calhar, é desta que aproveito para sair à rua e fazer um bocadinho de exercício físico. E, com alguma sorte, ainda regresso carregado de poesia urbana. Contemporânea. A poesia que (como dizia um cartaz pós - 25 de Abril de 1974) “está na rua”. Essa poesia que tanto incomoda alguns “velhos do restelo”.
Mas deixem-se disso, ó “velhos”.
Sejam felizes.
Até já!

quinta-feira, outubro 18, 2007

O Intendente Manique e o contágio revolucionário!

(O que se segue são excertos de um texto de 1887, aqui reproduzido com ortografia actualizada. Eu sei que é óbvio. Eu sei que está desactualizado. Mas, com esta explicação prévia, ninguém poderá, de boa-fé, dizer que ando para aqui a insinuar coisas. Porque não ando. Publico só pela curiosidade histórica. Claro que a História nos pode dar lições sobre muitas cousas... Mas isso é outra conversa.)



«À medida que vão subindo na gama revolucionária os arrojos da Convenção, mais se vão exacerbando os ódios implacáveis do intendente e a impaciência repressiva contra os seus apologistas e prosélitos.
Ele mesmo se gloria de ter permanecido continuamente na estacada, como se fora um antigo e denodado paladino, prestes a receber na ponta da sua lança e a prostrar vencidos em terreiro os que ousem turbar a beatífica paz do absolutismo.
As que ele apelida ideias do século, e que são no seu conceito nefandas heresias sociais, sempre acharam nele, segundo a sua própria confissão, o mais duro e implacável perseguidor.
A sua glória política cifra-se principalmente em haver combatido sem quartel as secretas associações, que então eram para as crenças condenadas o mais profícuo meio de pautada, mas segura confissão.
Como se estivera na China ou no Japão nas épocas de mais cerrada intolerância contra gentes peregrinas, o seu empenho capital é circundar o território português com uma espessa tranqueira policial para que nem os homens, nem a luz emanada de terras estrangeiras, possam vir a inquinar ou esclarecer a beata escuridão de Portugal.
Os franceses vulgares, os mercadores, os obreiros, os que no reino acobertam com os seus misteres honestos e prestadios na aparência as subversivas intenções, inquietam o intendente e o obrigam à frequente severidade. São, porém, os homens de culta e elevada inteligência os que mais o trazem apreensivo e temeroso, como quem de parceria com irrequietos portugueses podem pôr o estado a perigo iminente de ruína.
(...)
Bem podia o vigilante zelador da ordem pública afrontar-se com os jacobinos vulgares e iletrados. Alguns espias, quatro membrudos aguazis, a cadeia, o segredo, a deportação para climas bem insalubres, dar-lhe-iam armas eficazes para coibir as populares exalações. Mas a surda agitação promovida pelos homens de mais culta e privilegiada inteligência turbava-lhe com amargos pesadelos o sono policial.»

Latino Coelho

Este texto, que encontrei numa colecção de um semanário do Século XIX - o Jornal do Domingo (publicação que me foi oferecida há cerca de 20 anos e que reencontrei agora...; mas isso é uma história que hei-de contar mais tarde..) - tem a assinatura de Latino Coelho (suponho que se trata do famoso militar, político, jornalista e escritor...) e refere-se, obviamente (aqui sem nenhuma dúvida) ao intendente Pina Manique, figura que, mesmo nos nossos dias, continua a ser polémica.
Pina Manique, o hoje célebre Intendente, ainda não era uma figura histórica. Aliás, estava bem vivo: tinha, por esta altura, 54 anos . Com essa idade, já tinha obra feita. E que obra! Sabem vocês que (só para dar um exemplo) foi ele o fundador da Casa Pia de Lisboa?
Para mais informação sobre essa figura histórica, aconselho a seguinte biografia:

www.arqnet.pt/dicionario/pinamanique.html

Ah, outra coisa: o director deste “Jornal do Domingo” chamava-se Pinheiro Chagas. Também não tenho a certeza se era "o" Pinheiro Chagas referido aqui:
pt.wikipedia.org/wiki/Pinheiro_Chagas


Alguém me esclarece?

terça-feira, outubro 16, 2007

A propósito de “revolução”:



uma banda italiana chamada CCCP,
ou o “punk filosoviético – música melódica emiliana”!


(explicação prévia: “punk filosoviético” é mesmo o que parece ser; já “música melódica emiliana”, contrariamente ao que possa parecer, não tem nada a ver com a presidente da Câmara Municipal de Almada, mas sim com uma região de itália, denominada

Os CCCP nasceram em 1982, em Berlim. No ano segunte editam o primeiro EP, Ortodossia, no qual incluem já dois dos temas mais famosos da banda: Spara Yuri e Islam Punk.

Spara Yuri


Punk Islam

Quando eu os conheci, nos finais dos anos 80 do século passado, estavam eles a dar as últimas... enquanto CCCP. Porque, logo a seguir, transformaram-se em CSI (Consorzio Suonatori Indipendenti). O que é, obviamente, uma piada ao “sucedâneo” da União Soviética, que se chamou Comunidade de Estados Independentes.
Escusado será dizer que esta mudança de nome demonstra um refinado sentido de humor que, diga-se, esta banda sempre fez questão de exercer.
Um exemplo? Ora vejam (e ouçam a “letra” com atenção):

Mi ami?


E, para terminar, um brinde aos que, em Almada, não se cansam de procurar argumentos para dizer mal da presidente da Câmara!

Emilia Paranoica

Mas não vale fazer piadas com a presidente da Câmara de Almada, ok? É que já chegam muito atrasados: eu e o Paulitos já as fazíamos, há mais de 15 anos, quando cantávamos esta música. E somos comunistas, e apoiamos a maioria que governa Almada (ou seja: eu apoio e penso que ele também... apesar de a gente não se ver desde a Festa do Avante, e de eu não lhe ter perguntado nada a esse respeito). Portanto, se quiserem fazer piadas... olhem, governem-se por outro lado. Pode ser?

Mais sobre os CCCP / CSI:

Artigo na Wikipédia, muito completo (em inglês)
en.wikipedia.org/wiki/CCCP_Fedeli_alla_linea

Site com música, fotos e informações sobre esta(s) banda(s)
www.lastfm.pt/music/CCCP+Fedeli+alla+linea

Biografia (em italiano)
www.ondarock.it/italia/giovannilindoferretti.htm

domingo, outubro 14, 2007

«Bora lá fazer a p***a da revolução!!!» (Da Weasel, ao vivo em Corroios)

Os Da Weasel, ao vivo nas Festas Populares de Corroios (31 de Agosto de 2007)

Mais vídeos do espectáculo disponíveis a partir de hoje em

www.youtube.com/bulcanico

sábado, outubro 13, 2007

Henrique Carreiras: a minha homenagem


Escrevo numa altura em que algumas “forças vivas” de Almada prestam homenagem a Henrique Carreiras (ex-vereador da Protecção Civil e ex-presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento). Ora bem: eu também quero homenagear esse grande almadense. Mas como?
Deixa cá ver: digo que Henrique Carreiras foi um “excelente” vereador?...
Hummm... Suponho que toda a gente vai dizer isso (agora que ele se retirou da actividade autárquica).
Digo que Henrique Carreiras é uma excelente pessoa? Bem... a avaliar por aquilo que conheço dele, deve ser verdade... Mas, quanto a isso, parece que estamos todos de acordo (agora que ele se retirou da actividade autárquica), não é?
Então... Ora bolas, que raio de coisa hei-de eu dizer?
Já sei: não digo nada. E, em vez de dizer, mostro-vos um caso que aconteceu em 1995, pouco depois de o Bairro “Amarelo” ter sido retirado da jurisdição da Câmara Municipal de Almada, por um governo “laranja” (decisão que, de resto - facto que talvez seja interessante recordar – não foi revogado por nenhum executivo “rosa”...). A autarquia ficou um bocado “à nora” com essa decisão, mas um certo vereador e presidente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) não deixou que isso afectasse a sua capacidade de resolver os problemas. Foi assim:



Gostaram?
Eu, que naquele tempo residia no famigerado bairro (sim, o “picapau”, esse mesmo!...) também gostei!
A coisa resolveu-se!
Mas se, por acaso, pensarem que isto foi um caso raro... uma excepção... eu digo-vos que não, que não foi! Muitas vezes (ó meus amigos, mas é que foram muitas, mesmo!) tive que, no exercício das minhas funções de jornalista, confrontar Henrique Carreiras (neste caso como vereador da Protecção Civil) com coisas realmente “chatas”. Estou a pensar num caso que aconteceu no Porto Brandão, em Fevereiro de 1996 quando, depois de fortes chuvadas, uma escarpa desabou em cima de um estabelecimento comercial. Foi realmente trágico (uma pessoa morreu, outras ficaram desalojadas), mas o vereador da Protecção Civil, mesmo no local, a acompanhar o caso, não deixou de falar (ao telemóvel...) com o “chato” do jornalista.
Querem mais? Eu digo-vos mais: algumas vezes liguei, fora das horas de expediente (tipo: se calhar já não vou encontrar ninguém, mas estamos em fecho de edição e não custa nada tentar...), para os SMAS (local de trabalho do vereador) e adivinham quem atendeu? Não foi a recepção, nem um funcionário: foi mesmo ele, o vereador, o presidente do Conselho de Administração.
Isto significa (para o caso de não terem entendido) que Henrique Carreiras foi, enquanto autarca, alguém que não só cumpriu a sua obrigação... como cumpriu muito mais que a sua obrigação!
Ah, e também deixou obra!

(A vala da Costa, a “alameda atlântica”... Suponho que estas coisas se chamam “obras do regime”. Não é?)
Imagens: "recortes" dos jornais Notícias de Almada (2007) e Sul Expresso (1995)

quinta-feira, outubro 11, 2007

Ainda sobre “os malefícios do tabaco”…

Estejam descansados... deixei de fumar, sim, mas não vos vou dar “lições de moral”, sobre “malefícios do tabaco”, nem sobre qualquer outra coisa. O título era a brincar. Era só para vos chamar a atenção para uma coisa escrita em russo.
Olhem, então, para isto:

É um cartaz soviético, de 1957 (com o devido enquadramento histórico, aqui). Um dos muitos que podem encontrar num blogue que acabo de descobrir, e que se intitula

A Soviet Poster a Day.






Não espero que, na visita que fizerem a esse blogue, se comovam como eu me comovi. Mas espero, pelo menos, que se divirtam como eu me diverti.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Um ano sem tabaco. (A sério!...)

Pois é: faz hoje um ano que fumei o meu último cigarro (último até ver...).
Então, vai daí... olha, apeteceu-me comemorar!
Claro que podia comemorar, amanhã, o primeiro aniversário do primeiro dia sem fumar. Mas eu sei lá se amanhã não me dá uma coisinha má! Assim, o melhor é aproveitar enquanto ainda cá ando. Não vos parece?

Para assinalar a data não descobri nada melhor que este poema, publicado na edição 28 do Debaixo do Bulcão poezine. Não tanto pelo poema (não tem nada a ver...) mas pelo desenho no qual ele está “enrolado”. É que, assim, mato dois coelhos de uma só cajadada: alimento o meu ego (é para isso que servem os blogues, não é?) e chamo a atenção para o novo projecto internético do autor desse desenho, que é o Jorge Feliciano, e que tem mais bonitos rabiscos feitos por ele próprio sem pedir ajuda a ninguém, no sítio a que podem aceder clicando em

jorgefeliciano.blogspot.com

Vejam também o que ele anda a fazer profissonalmente, no blogue do Teatro Fórum de Moura. E, quando puderem, visitem Moura. (Eu cá, quando puder, hei-de fazer isso mesmo: é uma das minhas cidade preferidas, garanto-vos!)

terça-feira, outubro 09, 2007

E agora uma piada, só para desenjoar, e antes de voltarmos às coisas sérias.

Em Março de 2000, o então ministro do Ambiente, José Sócrates, foi a Avis (no distrito de Portalegre), encerrar solenemente uma lixeira e, não menos solenemente, inaugurar um aterro sanitário.
Nesses tempos, especulava-se muito sobre a possibilidade do território de Portugal continental vir a sofrer um período de seca. E isso, numa região onde ainda há (ou havia...) agricultura e pecuária, constituía uma grande preocupação. De resto, até o abastecimento de água para consumo das populações poderia ficar comprometido (porque existiam graves deficiências a esse nível, nomeadamente na própria cidade de Portalegre...). Isto, é claro, no caso de se concretizar a perspectiva de seca. O que não veio a acontecer: passadas algumas semanas caiu uma carga de água tão grande que a preocupação passou a ser o risco de inundações e enxurradas.
Mas esperem aí, a piada não é essa.
Aliás, isso não tem piada nenhiuma.

A piada é que, pouco antes, o então primeiro-ministro, António Guterres, tinha solenemente fechado as comportas da então recém-terminada barragem de Alqueva, e...
Pronto, está bem, isso também não teve piada.
A piada (agora a sério) é que, em Avis, no acto de encerramento da lixeira e inauguração do aterro sanitário, uma jornalista, de um órgão de comunicação social nacional (ainda por cima!...) lembra-se de fazer ao senhor ministro do Ambiente a seguinte brilhantíssima pergunta:

- Não receia, Senhor Ministro (bem, talvez eu esteja a exagerar e ela não tenha dito Senhor Ministro, mas apenas senhor ministro... adiante...), que a seca que se perspectiva possa vir a afectar o enchimento da barragem do Alqueva?

Esperem aí, que a piada ainda não acabou.
O senhor ministro, sem pestanejar nem perder a compostura, responde qualquer coisa como «não, uma vez que o processo de enchimento leva vários anos, e mesmo que exista agora seca, o que aliás é apenas uma possibilidade(...)» e por aí adiante.

Quando cheguei à redacção do Jornal D'Hoje para escrever o artigo que já viram ali em cima, conto a história ao directot, Rui Vasco Neto. E ele (depois de ter a reacção que calculam...) comenta: «Pois. O sentido de humor não é o ponto forte do Sócrates».

Mas pronto, isso foi no tempo em que "o Sócrates" era apenas Ministro do Ambiente, e a gente ainda podia contar factos reais acontecidos com ele, sem nos arriscarmos a que nos acontecesse qualquer coisinha má.
Portanto, façam de conta que eu não vos contei nada, está bem?

PS (já sabem que isto significa Post Scriptum, e não se refere a nenhum partido político): tenho pena que, quando o actual primeiro-ministro, reagindo a uma manifestação de representantes dos trabalhadores do sector da Educação, se considerou "insultado", não estivesse lá a tal jornalista (ou outra do mesmo quilate) para lhe perguntar porque razão se sentiu ele insultado. É que, pelo que passou na reportagem eu, sinceramente, não entendi.
Mas, pronto, os tempos são outros. Já passaram 7 anos, o actual primeiro-ministro não é o "banana" do Guterres, e o jornalismo também já não é o que era.
Aliás, começo a ficar convencido de que, simplesmente, já não é.
E isso para quem sempre levou esta coisa do jornalismo a sério, é muito chato. No mínimo.)

sábado, outubro 06, 2007

Ainda cá estou! (E não penso ir-me embora tão cedo...)

Alguém que não me conhece (diga-se de passagem que, desgraçadamente, trata-se de um "alguém" institucional), resolveu criar-me problemas absolutamente desnecessários (e absurdos, já agora).
Por essa (falta de) razão, eu, que já não tinha muitas oportunidades para aceder à internet, vi-me, assim, confrontado com uma dificuldade suplementar (a qual urge resolver...) para cumprir os objectivos a que me propus (e as promessas que fiz a algumas pessoas), designadamente no que diz respeito a actualizações nos blogues Debaixo do Bulcão e Almada Cultural por extenso. (Deixem-me repetir, para que fique claro: são - mesmo - coisas próprias de quem não me conhece... mas, enfim, que havemos de fazer, ai ai, é a vida, não é...)
Aos "lesados", aqui fica o meu pedido de desculpas. E a promessa de que farei tudo o que estiver ao meu alcance para, com celeridade, resolver mais este problemazito.
Até já!
(Não entenderam? Beeeeem... É que eu, por agora, prefiro não explicar. Por agora... Desculpem lá... Fica para a próxima...)