Olá, novamente!
Eu não vinha actualizar este blogue há quase uma semana, e explico já porquê, sem rodeios nem subterfúgios. Vejam:Esta coisa é um electrocardiograma, feito durante um “ataque de coração” - ou, para usar um termo mais rigoroso, uma taquicardia (uma de várias “espécies”, digamos assim).
Isto que apresento é um exame que me foi feito há alguns meses, nas urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Mas, como é semelhante a todos os outros (e era o que estava mais à mão), aqui fica ele.
Pois: como já perceberam, estive doente, durante estes dias, com algumas “crises” deste género.
Mas não se assustem (ou não esfreguem as mãos de contentes, se for o caso...). É que eu já estou habituado: isto é consequência de uma insuficiência aórtica, que me foi diagnosticada aos 16 anos. Portanto, nada de novo.
Estes “ataques” nunca me impediram de trabalhar (aliás, em 27 anos, aconteceu-me apenas uma vez no local de trabalho), nem de fazer a minha vida. Outras coisas, sim, impediram-me. Mas não foi isto.
Se quiserem aprender alguma coisa sobre o assunto, consultem, por exemplo, esta página:
www.intox.org/databank/documents/treat/treatp/trt25_p.htm
Mas (explicação para os que já leram a informação que lá se encontra) aviso-vos já que a única das substâncias “nocivas” ali apresentadas que eu consumo é cafeína.
Está bem, pronto: monóxido de carbono também consumi, quando fumava tabaco, mas já me deixei disso (excepto quando estou na rua, numa cidade, em hora de ponta; mas espero também que - pelo menos em Almada... – as restrições que se avizinham à circulação automóvel possam contribuir para resolver esse problema).
Bom, e como parece que eu ando deprimido, que tal uns antidepressivos (também referidos na lista das substâncias “nocivas)? Mas também não, não é coisa que eu consuma. Obrigadinho mas não quero.
Fica, então, como causa mais provável (entre as referidas, note-se) a ansiedade.
E é por isso mesmo que eu vou – ansiosamente, digamos... - continuar a falar aqui da minha carreira profissional, e talvez mesmo de quem (alguns “amiguinhos” e alguma família) me prejudicou (com doses de “ansiedade” que não desejo a ninguém), nesse e noutros aspectos.
Se, entretanto, estas minhas pseudo-confidências (pseudo, porque, como penso que já disse anteriormente, estou a referir-me ao meu trabalho, e o meu trabalho é público) servirem também para vos revelar, recordar, ou mesmo ensinar alguma coisa, caros leitores... então ficarei, além de aliviado, extremamente feliz por vos ter sido, de alguma forma, útil.
Ah, e como tive – finalmente! – uma visita oriunda de um computador do Ministério português da Saúde (pelo menos é o que ficou registado no site das “estatísticas deste blogue”), aproveito a oportunidade para manifestar o meu infinito agradecimento às autoridades dessa área tão sensível e importante para o bem-estar e a qualidade de vida das populações (agradecimento que, importa referir, dirijo particularmente às entidades que têm responsabilidades e competências neste meu concelho do Cristo-Rei, e que tão zelosamente as exercem).
Bem hajam!
6 comentários:
Fiquei mais descansado. Pensei que a causa provocadora da crise tivesse sido o exercício...
Saudações do Marreta.
P.S.: A cervejola não é passivel de provocar essas crises?...
Este blogue faz rir, pelo que deve fazer bem à saúde... pelo que aconselho-te a ler o que escreves, com um sorriso nos lábios.
abraço
Marreta:
A cervejola, não sei. Pensava que sim, mas não vem naquela lista de "substâncias nocivas" (eh eh eh!...).
De resto, também cortei um bocado nisso. Portanto...
Luís Eme:
Desculpa lá, mas eu sou muito desconfiado (é uma das minhas "patologias, além de lavar as mãos e não falar com ninguém...) e, por isso mesmo, fiquei com a ideia de que o teu comentário trazia "água no bico".
Então, deixa-me dizer-te que sim, acredito mesmo em criação de zonas pedonais no centro das cidades como forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Com menos carros, mais fácil será respirar e talvez tenhamos menos "ansiedade"... e problemas de coração.
E, no que diz respeito ao conteúdo deste blogue... Garanto-te que sei muito bem o que estou a fazer. (E rio-me também, pois, que remédio!...)
Mesmo quando, excepcionalmente, me refiro aqui a assuntos mais "privados" (como esta minha doença, por exemplo), só o faço porque alguém já os retirou da esfera do "privado" para, com eles, prejudicar a minha vida "pública".
E eu, durante muitos anos, tive uma paciência tão desmesurada que segui em frente e nem fiz nada acerca disso.
Acontece que, recentemente, deram mais um passo nessa escalada de sacanice: e foi exactamente o passo que não deviam ter dado (incluiu polícia, tribunais e serviço nacional de saúde - ou seja, procedimentos que de "privado" têm pouco, não é?).
E eu agora comecei, finalmente, a ajustar as minhas contas.
E porquê também neste blogue?
Porque
1 - uma das razões para que me tivessem tramado tão bem foi, precisamente, o facto de pensarem que eu, sendo discreto como sou, nunca os iria denunciar (mas agora fartei-me de estar calado)
2 - para se defenderem, as pessoas em questão conseguem até dar um ar de "inocentes", tentando mesmo demonstrar que as minhas acusações são falsas, que eu "nunca fiz nada na vida" (logo, não me posso queixar de ter sido impedido de fazer alguma coisa...), que nunca ninguém me porejudicou, antes pelo contrário, etc, etc... E eu mostro-lhes, com provas concretas e documentos, quem mente e quem fala verdade
3 - além disso, já me destruiram (e, quando não destruiram, fizeram desaparecer) muito do meu trabalho (tudo o que fiz antes de 1998 - jornais, textos literários, fotografia, desenho e pintura - quase tudo isso desapareceu) e, como "gato escaldado de água fria tem medo" (e como o meu trabalho é público, repito), decidi que uma forma de salvar ainda o que resta é, precisamente, colocá-lo a circular na net.
Espero que tenhas ficado satisfeito com a explicação - que não pediste, mas que me apeteceu dar.
Se tiveres dúvidas, pergunta.
Vitorino
Referia-me unicamente ao último parágrafo... à saúde, Vitorino.
Provavelmente tens razões para ser desconfiado, mas não leves as coisas tão a peito, pelo menos por estes lados, onde as coisas são demasiado virtuais.
Abraço
Luís:
Eu calculei que fosse isso, mas aproveitei a deixa para fazer uns comentários adicionais.
Agora aproveito para acrescentar que não tenho, de um modo geral, razão de queixa do Garcia de Orta. O meu imbróglio com o sitema de saúde é outro, que um dia destes hei-de explicar. E sim, é perfeitamente ridículo. Embora não me tenha dado vontade de rir.
É que não foi assim tão "virtual".
Vitorino
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