Cantar as Janeiras é uma das tradições que em Portugal - felizmente! - ainda se mantêm. Aqui fica uma contribuição (copiada de um caderno editado em 1979 pelo Centro Cultural de Almada) para o conhecimento dessa actividade festiva.
Nas vésperas do Ano Novo (ou Ano-Bom) e na véspera do dia da Festa dos Reis, à noite, bandos de crianças e adultos, com instrumentos de música, e na falta deles, com campaínhas e tambores improvisados com pequenos barris sobre que se ata uma pele, vão pelas portas das pessoas de quem esperam obter algumas dádivas, entoam diversos cantos - chama-se a isto pedir as Janeiras, o Ano Novo ou os Reis.
Os cantos já são romances ou estrofes tradicionais, improvisados no momento.
Canto de Rapazes
Ó da casa dê-nos Reis
Que não somos senão seis;
Bote-nos aqui num proto,
Que não somo senão quatro.
Se n'os podem dar
Bem se podem aviar;
Nós temos muito para andar
E pouco para arrecadar.
Também os adultos cantavam às portas, pedindo às senhoras, e em louvor de alguns santos.
Se os cantores não recebem nada "descantam" da seguinte forma:
Estes Reis que aqui cantamos
Tornemo-los a descantar
Estas barbas de farelos
Não têm nada que nos dar.
(Celourico de Basto)
Na Foz do Dão, entre os dias 3 e 6 de Janeiro, juntam-se rapazes e raparigas em grupos, percorrendo as ruas a pedir as "Janeiras".
Costumam dar-lhes chouriços, batatas, castanhas, maçãs, passas, vinho, etc.
Um deles vai à frente com uma candeia a alumiar, quando se acaba o azeite é costume encherem-lha na casa a que vão pedir.
Nas vésperas do Ano Novo (ou Ano-Bom) e na véspera do dia da Festa dos Reis, à noite, bandos de crianças e adultos, com instrumentos de música, e na falta deles, com campaínhas e tambores improvisados com pequenos barris sobre que se ata uma pele, vão pelas portas das pessoas de quem esperam obter algumas dádivas, entoam diversos cantos - chama-se a isto pedir as Janeiras, o Ano Novo ou os Reis.
Os cantos já são romances ou estrofes tradicionais, improvisados no momento.
Canto de Rapazes
Ó da casa dê-nos Reis
Que não somos senão seis;
Bote-nos aqui num proto,
Que não somo senão quatro.
Se n'os podem dar
Bem se podem aviar;
Nós temos muito para andar
E pouco para arrecadar.
Também os adultos cantavam às portas, pedindo às senhoras, e em louvor de alguns santos.
Se os cantores não recebem nada "descantam" da seguinte forma:
Estes Reis que aqui cantamos
Tornemo-los a descantar
Estas barbas de farelos
Não têm nada que nos dar.
(Celourico de Basto)
Na Foz do Dão, entre os dias 3 e 6 de Janeiro, juntam-se rapazes e raparigas em grupos, percorrendo as ruas a pedir as "Janeiras".
Costumam dar-lhes chouriços, batatas, castanhas, maçãs, passas, vinho, etc.
Um deles vai à frente com uma candeia a alumiar, quando se acaba o azeite é costume encherem-lha na casa a que vão pedir.
Outro vai com um saco a recolher esmolas.
Se não recebem esmolas dizem:
Surrão, surrão
Esta casa vai ao chão
Quandos lhes dão dizem:
Ripa, ripa
Esta casa seja rica.
No fim assam as castanhas numa fogueira.
"Materiais para o Estudo das Festas, Crenças e Costumes Populares"
1881 - Adolfo Coelho
(Em "Festa das Janeiras" - edição Centro Cultural de Almada, 1979)
Mais informação (actualizada) sobre Janeiras:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Janeiras
Se não recebem esmolas dizem:
Surrão, surrão
Esta casa vai ao chão
Quandos lhes dão dizem:
Ripa, ripa
Esta casa seja rica.
No fim assam as castanhas numa fogueira.
"Materiais para o Estudo das Festas, Crenças e Costumes Populares"
1881 - Adolfo Coelho
(Em "Festa das Janeiras" - edição Centro Cultural de Almada, 1979)
Mais informação (actualizada) sobre Janeiras:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Janeiras
http://folclore-online.com/textos/janeiras.html
http://web.educom.pt/musetno/Conteudo/Janeiras.htm
http://www.agal-gz.org/modules.php?name=News&file=print&sid=3393
http://web.educom.pt/musetno/Conteudo/Janeiras.htm
http://www.agal-gz.org/modules.php?name=News&file=print&sid=3393
Sem comentários:
Enviar um comentário