Lamúria do cego que antes o fosse
Quando era cego eu previa
(que freguesia!)
o que ia acontecer.
Era o que se dizia…
Mas agora, que bem vejo,
só agoiro do que vejo
e já ninguém me quer crer…
Porquê,
se todos o podem ver!
Alexandre O’Neill
Quando era cego eu previa
(que freguesia!)
o que ia acontecer.
Era o que se dizia…
Mas agora, que bem vejo,
só agoiro do que vejo
e já ninguém me quer crer…
Porquê,
se todos o podem ver!
Alexandre O’Neill
(nascido em Lisboa, a 19 de Dezembro de 1924; falecido na mesma capital do mesmo império, a 21 de Agosto de 1986).
Mais poemas de O’Neill, no Debaixo do Bulcão:
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2 comentários:
Bom gosto, caro Vitorino.
Também é dos meus preferidos, juntamente com o José Gomes Ferreira e o Torga.
Saudações do Marreta.
O O'Neill é especial...
A sua poesia tem uma beleza quase ácida...
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