terça-feira, julho 31, 2007

Está bem, pronto, já percebi: começou a "silly season". É isso, não é?


Nos últimos dois fins de semana Almada foi, por assim dizer, tomada de assalto por um jornal regional - já algo vetusto e muito respeitável - chamado SemMais Jornal. Ele é sem mais nas portas, ele é sem mais nos gradeamentos das montras de lojas que estão fechadas ao sábado à tarde, ele é sem mais em cima dos caixotes do lixo... Enfim, é sem mais por todo o lado!
E porquê esta súbita invasão?
Ora aí está uma boa pergunta!
Vamos ler o editorial da edição 475, de 21 de Julho de 2007, para ver se percebemos alguma coisa.
Ei-lo, o editorial:
«As diferenças do projecto SemMais
Na última semana, a pretexto do muito discutível barómetro Imprensa Regional, alguns jornais da praça soltaram foguetes e apanharam as canas. A reboque deturparam, estrategicamente, a posição do SMJornal no mercado. Em primeiro lugar, compararam as audiências do SMJ no quadro concorrencial das edições locais, o que é abusivo e não espelha a nossa mais-valia. As audiências do SMJ são compostas pelo conjunto do que vale em todos e em cada um dos concelhos do distrito, pois é o único periódico com verdadeira dimensão regional.
Por outro lado, há muito que introduzimos a política da sobra zero, o que, para a nossa tiragem real de 25.000 exemplares equivale a uma audiência média estimada em cerca de 100.000 leitores por semana.
Claro que não estamos presentes no mercado com quilos de papel por m2, ou no desperdício das caixas de correio, mas estamos cada vez mais em todo o lado e muito mais próximo dos leitores, mesmo os que consomem a concorrência gratuita. E reiteramos a nossa política de conteúdos com anúncios, por oposição aos jornais de publicidade com notícias.»
(Editorial, por Raul Tavares, director)
Bem... Admito que não vi nenhum exemplar (muito menos «quilos» deles) em nenhuma caixa de correio... esse «desperdício» não o vi, não senhor! Está bem, pronto!
Mas então agora, que já sabemos a que propósito vem esta distribuição, massiva e gratuita, do SemMais Jornal, que tal darmos uma espreitadela ao conteúdo?
Ei-lo, um exemplo do conteúdo:
«Nem os saldos reanima comércio local» (pag. 6)
Não reanima? Pois, pudera!...
«Pitbull ataca Marcelo» (pag. 12)
Beeeeem...
«Paralesia da urbe e incapacidade para agarrar as oportunidades» (pag 20)
Paralesia?... Isso é o tipo de problema que afecta quem é "paralético", não é?
Então e esta?:


«É obrigatório subirmos este ano da 1ª à 2ª» (pag 34)
...o que demonstra um enorme desportivismo! Vocês conhecem algum clube que queira subir «da primeira à segunda» divisão? Eu não conheço! Aliás, até hoje pensava que isso era impossível, mas enfim... Estamos sempre a aprender, não é?

Como podem ver, temos aqui uma edição que, alé de ser à borla, é extremamente interessante, sim senhor!...
E então, quando eu pensava que a coisa estava tão boa que já não podia melhorar, eis que surge a grande - que digo?... a enorme - notícia:


«Um suicídio seguido de duplo homicídio marcou a agenda da semana(...)» (pag.26)
Por acaso não seria antes «um homicídio seguido de duplo suicídio» (sendo que, neste caso, o suicida se teria suicidado duas vezes...), não? Sei lá eu! É que isto hoje em dia acontecem as coisas mais estranhas, neste mundo!...
Mas o que eu gostei mais (ainda mais...) foi este título a três-linhas-três:

«Sucessão de greves perturbam ligações fluviais por causa das greves» (pag. 16)
O que perturba as ligações fluviais é a sucessão de greves? Não as greves, mas a sucessão de greves? Ah,... entendo! E então porquê? Mas está-se mesmo a ver: é por causa das greves!!! E a sucessão de greves perturba? Não: perturbam! Aaaah, poooooois...
(E note-se que, como mandam as regras, um título destes só podia mesmo ter três-linhas-três...)
Vocês acham que estou a brincar?
Querem que eu fale a sério?
Está bem, eu falo a sério.
É óbvio que um espalhanço tão monumental pode acontecer a qualquer órgão de comunicação social. (Veja-se, por exemplo, este tipo de "pérola", na qual outro "órgão" regional é especialista.)
Mas o SemMais Jornal não é novato, e já devia saber evitar este tipo de coisas.
Aliás, no Sul Expresso (antecessor do SemMais) os fechos de edição eram precedidos por jantares muitíssimo bem regados, e depois ainda passávamos o resto da noite a beber whisky, quando o havia (que era quase sempre)... e, que me lembre, nunca o produto final teve este tipo de "problemas".

Enfim, é a silly season, não é? Façamos então como fazemos sempre no Carnaval (que é quase a mesma coisa): no Carnaval, como se sabe, ninguém leva a mal!
Deixemos, portanto, o SemMais onde o encontrámos (à entrada dos prédios, nas tampas dos
caixotes de lixo, aqui e ali...) e passemos adiante.

(Mas antes, dois PS - sigla que que, como todos os jornalistas sabem, ou deviam saber, é abreviatura de post scriptum, e não de Partido Socialista:
PS1 - Importa reconhecer - porque é verdade - que, logo na edição seguinte, o SemMais Jornal apareceu impecável, revisto à lupa. E importa reconhecer - ainda que o meu cotovelo se ressinta disso - que, no mísero panorama da imprensa regional - muita parra, mas pouca uva - o SemMais é, seguramente, um dos projectos que, pelo menos, não envergonha o jornalismo.
PS2 - Nas minhas frequentes mudanças forçadas de residência, perdi a colecção de exemplares do Sul Expresso. Por isso não posso, para já, adiantar-vos mais sobre o assunto a não ser isto: era um quinzenário, editado em Almada na segunda metade dos anos 90, dirigido por Luís Maia e, mais tarde, por Raul Tavares. Se alguém tiver exemplares que me queira oferecer, façam favor. Podem procurar o meu e-mail visualizando o "perfil de utilizador" deste blogue.)




Cordialmente,
António Vitorino

(ex-jornalista e, ainda por cima, sem carteira, o magano)

domingo, julho 29, 2007

Como fica mal ser juiz em causa própria...

permito-me reproduzir aqui um texto publicado no site da Escola Superior de Educação de Portalegre, sobre o Jornal D'Hoje, semanário daquele distrito, no qual colaborei entre Dezembro de 1999 e Abril de 2000.

«Acerca das pressões sobre os media de âmbito local/regional
António Garraio

No actual cenário de Portalegre, ou de outra localidade qualquer do interior do país, a viabilidade financeira dos meios de comunicação é extremamente débil. Mas os meios de comunicação existem… portanto subsistem. Como? E a que preço?

Há alguns anos, Rui Vasco Neto chegou a Portalegre e abriu o Jornal d’Hoje. Uma lufada de ar fresco invadiu o Norte Alentejano, pensei, na altura. Só que alguém não partilhava essa opinião, e mais que brisa, considerou que se estava a aproximar um ciclone.

A pluma esclarecida e directa do Rui depressa se tornou numa pedra no sapato para o poder estabelecido. Porque publicou em cada momento aquilo que se devia publicar, as suas crónicas nunca tiveram a preocupação de agradar a gregos ou a troianos.
Este acerto jornalístico foi a morte do Jornal d’Hoje. Porque os media de dimensão local só podem sobreviver economicamente com o apoio da publicidade institucional, das publicações de grandes editais, anúncios de grandes concursos, etc. E numa terra onde não existem outros recursos publicitários com a mesma repercussão, quem publica anúncios a toda a página que
permitam pagar os ordenados no fim do mês tem o poder na mão. E não admite críticas, sob nenhum conceito. Foi essa mão que estrangulou um projecto de jornalismo local que certamente teria merecido a pena acompanhar… Porque essa mão não só fechou a porta ao Jornal d’Hoje, como também deu indicações para que outras portas se fechassem.

Antes do Jornal d’Hoje, Portalegre já contava com outros meios de comunicação. Que continuam a existir. A qualidade de alguns brilha pela sua ausência. Mas eles estão cá de pedra e cal. Porque se arrastam pelo chão perante o poder. Porque sabem a quem lamber as botas. Não fazem jornalismo. Rastejam em busca da sobrevivência, a qualquer preço.

Nunca conheci pessoalmente o Rui Vasco Neto… Mas ainda não perdi as esperanças de um dia lhe dar um abraço. Pela coragem que teve quando fundou o Jornal d´Hoje, um projecto que, desde a nascença estava condenado ao fracasso.»



Considerando que não há necessidade de acrescentar muita coisa a este texto, deixem-me apenas dizer-vos que (como é óbvio) um jornal não se faz apenas com o director, por muito bom jornalista que ele seja (e era).


E, como demonstrar factos é sempre melhor que esgrimir argumentos (pelo menos eu penso assim...), aqui vai um episódio da vida do Jornal d'Hoje (e dos entraves à actividade jornalística, a que se refere António Garraio), relatada nas páginas do próprio, pelo respectivo director, Rui Vasco Neto:

(Penso que não será necessário propor-vos que "adivinhem" quem é o António Vitorino referido neste episódio, não é?)


Voltarei a referir-me aqui ao Jornal d'Hoje. E - porque não? - a outros órgãos de comunicação social nos quais trabalhei...

A.V.

sexta-feira, julho 27, 2007

Só para o caso de não conhecerem a Desciclopédia...

... eu digo-vos já que, como o próprio nome indica, não é a wikipédia.

Na wikipédia não encontram



o Dunga...
(os mais novinhos,
se não souberem de quem se trata,
e, portanto, não entenderem a piada
sigam o link, e logo ficarão a saber...
e a entender... espero eu!)



... nem a mais recente aquisição da Selecção Nacional dos Estados Unidos da América!
(pronto, esta piada eu também não entendi... seria para substituir um certo americano que o Benfica esteve supostamente para contratar?)

Isto e muito mais (mas mesmo muito mais!) só em
http://desciclo.pedia.ws/

(Nota do Vitorino: depois desta publicidade - à borla, diga-se de passagem - preparem-se, que a próxima vitorinice... ããã.. quer dizer..., artigo, vai ser sobre um conceituado órgão de comunicação social do Distrito de Setúbal!)

quarta-feira, julho 25, 2007

Será culpa das obras do metro?



Um carrinho... dois carrinhos... três carrinhos... quatro carrinhos... estacionados lado a lado, ocupando toda a faixa de rodagem... Adivinham onde?
Se disseram nas imediações das obras do Metro Sul do Tejo (MST)... parabéns! acertaram em cheio!!!
Este "parque de estacionamento" fica, de facto, em frente às antigas instalações dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas. Mais concretamente (e para ser mais rigoroso), é um espaço situado na confluência das ruas Elias Garcia (popularmente conhecida como Rua da Pedreira) e Comandante António Feio, com a Rua Cândido dos Reis.
Fica, portanto, muito perto da Avenida D. Afonso Henriques (onde decorrem ainda as aparentemente intermináveis obras do MST).
E muito perto, também, do parque de estacionamento do Morro de Cacilhas (que, à hora a que esta imagem foi captada, estava quase às moscas, diga-se em abono da verdade). E não muito longe - já agora - dos parques de estacionamento do Largo de Cacilhas... onde àquela hora, por acaso, também havia lugares vagos.
Mas será isto culpa das obras do MST, que retiraram lugares de estacionamento aos residentes?Bem...
Eu já conheço Cacilhas há muito tempo (e, aliás, sou tão conhecido por lá que, ainda há alguns anos, numa certa cervejaria era jocosamente apelidado de "senhor Vitorino"). E sei, portanto, que este "parque de estacionamento" existe há muitos anos... E existe assim mesmo, tal como aparece nesta imagem captada sexta-feira, 13 de Julho de 2007, às 20 horas, 08 minutos e 34 segundos (a essa hora já não devia ser para "cargas e descargas", suponho eu).
Mas agora reparem: não é preciso ser o "senhor Vitorino" para perceber isto.
Ou seja (segue-se uma explicação generosa, para os que não me conhecem e não sabem, portanto, qual o alcance pejorativo da expressão "senhor Vitorino"): não é preciso ser eu, há uns dez anos, antes ou depois de mamar umas valentíssimas imperiais em Cacilhas, para esbarrar nestes popós tão bem estacionados.
Basta passar por lá para perceber que a coisa existe, e é permanente.
Mas esperem aí, continuem a ler este artigo...
É que, como sou muito vosso amigo mas mais amigo ainda da verdade, quero mostrar-vos ainda mais uma coisita.
Quero confessar!
Na verdade, a foto que está lá em cima é uma coisa extremamente enganosa e manipuladora.
Olhem antes para esta:

Estão a ver?
Pois é!
Afinal a rua (agora que a vemos nesta perspectiva) não está bloqueada, não senhor!!!
Ainda passa por lá um carrito... Ou mais!
E repararam no sinal de trânsito? Afinal, aquilo é mesmo um parque de estacionamento, não é?Pois.
Mas (desculpem lá...) é um parque para veículos de duas rodas.
E - parece-me a mim - isto que vemos na imagem não são motociclos, nem bicicletas.
Parece-me a mim...
Mas enfim, eu sou o Vitorino, e isto é apenas um blogue de vitorinices... Não é?...
(As fotos são do Rui Tavares - mas a opinião aqui expressa sobre o assunto é de minha inteira e exclusiva responsabilidade)

domingo, julho 22, 2007

Como dizia o outro: «tu o disseste...»

Qual o propósito deste vídeo?

Ora ainda bem que me faz essa pergunta...

Vejamos:

Uma gafe é uma gafe e, como os políticos gostam de dizer, vale o que vale?...

sábado, julho 21, 2007

«Eu já fui ministro da droga!»




(José Sócrates, primeiro-ministro português,
na Assembleia da República, durante o debate sobre o estado da Nação)


Beeeem.........
Querem comentários?
Quer dizer... será que posso?
Querem?
Posso?...
Enfim... já que insistem... (mas é mesmo só porque vocês insistem, hã?...) cá vai a minha despretensiosa e modesta opiniãozita.
É assim:
Eu cá acho que o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal se enganou, e queria dizer «eu já fui o Ministro responsável pelo Combate à toxicodependência em Portugal».
E, prontos, enfim, errar é humano, não é? E aquilo foi dito no parlamento português, não foi?
Pois foi! Então... Então, não é assim tão grave!... Pois não...
Imaginem que a frase «eu já fui ministro da droga» era dito noutro parlamento, sei lá, assim tipo deixa cá ver... tipo no parlamento brasileiro. Era pior, não era?...
Pois era.
Aí sim, seria grave.
Aliás, aí seria mesmo caso para que o orador instituísse a si próprio um processo disciplinar e, quiçá, uma acção judicial. Porque, como devem entender, é muito feio designar um alto funcionário do Estado como «ministro da droga».
Isso não se faz! Não se faz não senhor!
Ai ai ai ai!!!
Francamente!
Era logo processo para cima dele!!!
E era muito bem feito!
(Quer dizer, isto se seguissemos escrupulosamente as regras tacitamente instituídas na função pública portuguesa... Mas não é caso para tanto. Pois não?)

terça-feira, julho 17, 2007

Ora bem...


alguns de vocês, estimadíssimos visitantes deste blogue, já se devem ter questionado acerca das minhas ausências, mais prolongadas do que era habitual.
Para abreviar: se pensaram que eu tinha desistido - ou que alguém me tinha feito desistir - enganaram-se; e, se são dos que gostariam de me ver desistir, podem muito bem tirar o cavalinho da chuva.
Aliás, mais facilmente se voltaria a instalar o império português no Rio de Janeiro, e tal... (Não me obriguem a explicar a piada, está bem?)
Mas, como estou generoso, posso dar-vos, de borla, a seguinte informação: no tempo do império português, Brasília ainda não existia - a capital do Brasil era o Rio de Janeiro. Como se dizia no meu tempo, aprendam, que eu não duro sempre.

(Enfim, é preciso ter cá uma destas paciências!...)
Ufff!!!!!

Bem, para os outros, a quem isto não interessa nada, devo dizer-vos que, embora a minha ausência se deva sobretudo a dificuldades de acesso à internet (eu já vos tenho dito que não possuo computador próprio, não é?...), a verdade é que esta minha cidade de Almada está convidativa, e isso leva-me a passar mais tempo na rua.
Quero dizer: quem, como eu, viveu a "movida" (desculpem lá o estrangeirismo) almadense dos anos 90, andava muito desconsolado com a actividade cultural (ou falta dela, aparentemente) que se via nesta cidade durante os anos mais recentes. É que eu gosto mesmo é de ver o povo na rua, a assistir ou a participar em actividades. E parece-me que, desde o final da década de 90, isto andava muito tristonho. Agora, aparentemente, começa a arrebitar um bocadinho. Isso deixa-me muito contente.

Claro que outros terão diferentes opiniões sobre o assunto.
Existem várias maneiras de entender o que é (ou deve ser) a vida cultural de uma cidade.
Todas muito respeitáveis, certamente.

A minha (respeitável, como as vossas) é mais ou menos assim: quanto mais gente a participar, melhor; quanto mais diversidade, melhor; quanto mais oportunidades para mostrar em público o que se faz (e agora, no Verão, de preferência em plena rua), melhor.

É por isso que tenho gostado muito de passar pela Praça da Liberdade, onde estão a decorrer as chamadas "animações" (e lembro-me sempre de coisas semelhantes em que participei, nos anos 80, com o Centro Cultural de Almada - embora em condições muito mais precárias...).

Embora ande teso que nem um carapau e, portanto, sem dinheiro para ver os espectáculos do Festival de Teatro de Almada, também tenho gostado de ir, de vez em quando, à esplanada da Escola António da Costa (e lembro-me de quando era jornalista e tinha livre trânsito para ver os espectáculos - e, por falar nisso, ia mesmo vê-los, quase todos, mesmo sem ter que escrever sobre eles)...

Gosto de ir com os amigos que me restam, mesmo que certos "artistas" assobiem para o lado sempre que passo por eles... mas enfim, deve ser o meu novo visual que me fez ficar irreconhecível... pois, deve ser isso.

Ah, pois, e adorei a Festa Amarela. Foi uma das melhores edições de sempre.

Aliás, é disto mesmo que eu gosto! O povo, a festa, a diversidade... essas coisas! (Já vos tinha dito?)

(Reportagem fotográfica no blog Almada Cultural por Extenso)

Também ando muito contente com as obras do metro.Quer dizer, com as obras propriamente ditas, não. Parece que há ali muita burrice. Mas isso sou eu que digo, e eu não entendo nada de obras.
Com o metro, sim, estou satisfeito.

Eu já vos disse, também, que sou, desde que me lembro de ter opinião sobre a matéria, adepto dos meios de transporte público menos poluentes que os autocarros em que viajo normalmente.
E, apesar de todos os disparates evidentes na execução da obra, posso garantir-vos que o metro não é nenhum papão.

Acreditem: eu já estive a ver as obras no "triângulo da Ramalha", e não desapareci misteriosamente.
Aliás, fiquei até sem perceber porque raio chamam àquilo o "triângulo da Ramalha".

Porque será?


A terminar, por agora: obrigado a todos os que têm deixado mensagens simpaticas aqui (e no Debaixo do Bulcão). Se não vos respondo nem visito os vossos blogues, é mesmo só por falta de tempo e/ou acesso à internet. Espero em breve voltar a ter condições para retomar contactos mais regulares convosco.

Até à próxima, beijinhos e abraços

António Vitorino


PS, para os mesmos a quem me dirigi no topo deste artigo - Podem comentar, estejam à vontade. Aliás, aproveitem agora, que eu estou fora, para dizerem mal, se quiserem. (Ou então visitem antes os blogues especializados na coscuvilhice e na má língua. Esses, pelos vistos, têm tempo e recursos, e não encontram nada de mais interessante para fazer na vida.)

PS2 - As fotos são do já habitual colaborador deste blog, Rui Tavares

sexta-feira, julho 13, 2007

A Festa Amarela !!!


Desde 2001, a Câmara Municipal de Almada e as associações (mais ou menos juvenis) da área do Laranjeiro (e arredores...) organizam um encontro inter-cultural, ao qual deram a designação de
Festa Amarela.


Festa, porque de uma festa se trata (e isso dispensa outras "explicações", não é?).
E Amarela porque, desde que existe, o Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro (instalações da Casa da Juventude onde decorre o evento) é conhecido pelos vizinhos (mais ou menos jovens) como a Casa Amarela.
Vocês estão a ver alguém dizer "olha, vou até ali ao Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro - Casa Municipal da Juventude jogar basquet e volto já"? Eu não.
Portanto, em boa hora (apesar de algumas reticências iniciais...) a autarquia resolveu adoptar para a casa o nome que o povo já há muito tempo lhe dava.
E, para ajudar a abrir o espaço à comunidade envolvente, aí está, então, a Festa Amarela!
(Na qual eu participei, com o projecto Debaixo do Bulcão, durante as primeiras edições. As fotos que hoje vos apresento foram feitas por mim - exceptuando as duas de baixo, que são de Mariana Moreira - mas já não me lembro é de que ano são...)

A. V.

quinta-feira, julho 12, 2007

sexta-feira, julho 06, 2007

«A guerra e a injustiça não têm só os seus paladinos, têm também os seus poemas e os seus heróis.
O inferno foi inventado para assustar os rebeldes; o papel da arte é precisamente encerrar o inferno»

José Monléon
(no programa do Festival de Almada 2007)

quarta-feira, julho 04, 2007

Por falar nisso...

Por falar em festival, teatro, cinema e essas coisas... Hugh Laurie, no programa Inside The Actors Studio, executa ao vivo "Mystery", uma bonita composição de sua própria autoria, e tal...

terça-feira, julho 03, 2007


A partir de amanhã, se não chover, vamos todos à esplanada da Escola António da Costa, em Almada, beber umas cervejolas e ver umas coisas que eles têm para lá... parece que é um festival qualquer, acho que de teatro.
Quer dizer, eu vi por aí uns cartazes, mas não percebi muito bem. Era uns gajos vestidos parece que à polícias a apontar umas armas uns aos outros... Eu cá fiquei a pensar que devia ser um filmezeco qualquer, tipo aqueles que passavam na "sala de cinema" do Raposo de Cima, quando eu era puto... mas diz que não, diz que é mesmo uma peça de teatro.
Que pena: é que eu até gosto de teatro teatro mesmo. Agora teatro a fazer de conta que é cinema... nã... não lhe enxergo a piada.
(E a teatreiros, então, não lhes acho piada mesmo nenhuma... mas tá bem, isso é defeito meu.)
Ah, já agora - quem não souber não diga que não avisei - na esplanada os espectáculos até são à borla, mas são espectáculos de música (podem consultar o programa aqui mesmo).
Se quiserem saber mais, vejam o site da Companhia de Teatro de Almada.
E, já agora, espreitem também este revivalismo lamechas no novíssimo blog cá da casa: Almada Cultural.
Ah, pois, já me esquecia...Zé Batata e Luisa Trindade (são os jovenzitos da foto): voltem, estão perdoados...