Durante os anos noventa (do século passado, como se diz agora), os jovens de Almada (os jovens dedicados à cultura, não os que se dedicavam à carochice, entenda-se) faziam duas coisas: música e teatro!
Bandas de música "moderna" eram para aí mais de cem. (A sério: a Câmara de Almada tinha um registo com muitas dezenas de bandas, mas muitas outras teriam ficado de fora... e estimava-se que andariam, no total, à volta da centena de agrupamentos).
E grupos de teatro? Deviam ser, pelo menos, vinte (contando com os - poucos - que ensaiavam em colectividades e com os - muitos - que se formavam esporadicamente e logo desapareciam para reaparecerem mais adiante, com outro nome mas com as mesmas pessoas...).
Esse movimento (associativo e informal ) de jovens teatreiros fez com que a edilidade reconhecesse a importância dos grupos, lhes desse apoio (que nunca era "o suficiente", já se sabe...) e, em 1996, levou à realização da primeira Mostra de Teatro de Almada, no Salão de Festas da vetusta Incrível Almadense.
Nessa primeira edição não era ainda a Mostra de Teatro de Almada: chamava-se qualquer coisa como Mostra-t'Almada ! (E, para não me alongar, não refiro aqui as piadas que se fizeram a propósito dessa designação - mas são mais ou menos óbvias...)
Então, a propósito da 13ª edição da Mostra (que decorre entre 6 e 22 de Fevereiro de 2009) aqui vos deixo, a vós, fieis leitores deste blogue (e aos novatos, também) uma peça que escrevi para o quinzenário Sul Expresso. Sem falsas modéstias (que modéstia só admito a verdadeira) digo-vos que o Sul Expresso (ou seja: eu e o Fernando Rebelo, neste caso...) foi o jornal (local - não o comparo aqui com os nacionais...) que melhor acompanhou e divulgou esse movimento teatral dos almadenses anos noventa. Disso vos falarei, também, noutra ocasião.
A crónica de Fernando Rebelo (À Boca de Cena, que aparecia em todas as edições do jornal) é um bónus. Que vos faça bom proveito!
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