Eu estava para trazer aqui, nestes últimos dias, uma história relacionada com José Ramos Horta (do tempo em que ele era o rosto do Conselho Nacional de Resistência Timorense no exterior), e outras histórias, sobre patetices de alguns motoristas dos Transportes Sul do Tejo.
Acontece, porém, que nos tempos mais recentes (e graças aos familiares do costume) eu, além de estar, ainda, desempregado (mas não desocupado…) tenho acesso a um computador apenas durante uma hora por dia.
E não é “uma hora de Internet por dia”: é mesmo “uma hora de computador por dia”.
Claro que isso deve ter os seus aspectos positivos, que há que aproveitar, e tal… Ora deixa cá ver… reaprendi, por exemplo, a escrever textos à mão… Pois, foi isso. Oba, como dizem os brasileiros!
E, como em casa nem computador nem sequer condições mínimas para trabalhar, vejo-me obrigado a ir para locais públicos, abrir o meu caderninho preto, e escrever nele.
Portanto, amiguinhos, se me virem sentado num café, com meia dúzia de copos vazios (e um a ser esvaziado) e um monte de papelada à minha frente, já sabem: estou a trabalhar!
Isso não significa, bem entendido, que eu goste de trabalhar em locais públicos (aliás, detesto!), mas apenas que não tenho, por agora, possibilidade de trabalhar de outra forma.
Claro que há quem, por não me conhecer, não entenda isso. Para esses, devo ser um tipo esquisito, que anda por aí, na rua, a fazer figura de parvo, e… (enfim, imaginem vocês o que se diz por aí – ou, se souberem, digam-me, porque eu apenas posso adivinhar…).
Mas, bem… Esses, daqui a uns tempos, terão oportunidade de perceber que eu não sou quem eles pensam (seja lá o que for que eles pensam, se é que pensam). E pronto, fica tudo bem, não tinham culpa de ser parvos, ou ignorantes, estão desculpados.
O problema são os outros, os que me conhecem (ou pensam que me conhecem), os que fingem ser meus amigos – mas que, além de não estarem a ajudar nada, num momento em que eu preciso de amigos (e “os amigos são para as ocasiões”, não é?) ainda alinham nas mentiras que se dizem a meu respeito.
Ora bem, vamos lá ver se nos entendemos…
Eu vim de um meio pobre, tanto em termos materiais como em termos culturais.
Para vos dar um exemplo da pobreza cultural a que me refiro, digo-vos que esse era um meio em que um puto que mostrasse interesse em coisas um bocadinho mais evoluídas que BDs de “cóbóis” (que lesse, por exemplo, BDs de Ficção Científica), levava logo com o rótulo de “maluco”.
(E parece que, desgraçadamente, depois de tantos anos, continua tudo na mesma, por aqueles lados…)
Vim, portanto, de um meio onde não tinha nada. Ninguém me deu nada de bandeja. E, pelo contrário, muito (quase tudo) me foi tirado por pessoas mesquinhas, uma vez, e outra, e outra ainda.
Enfrentei todas essas dificuldades, fiz muita coisa, e ainda aqui estou – a fazer coisas. Ou coisinhas - o que, em todo o caso, é mais do que fazem os que me atacam.
Comecei nos anos 80, como agente cultural. E essa actividade, embora “invisível” deixou marcas, que são hoje visíveis, por exemplo, em objectos da colecção permanente do Museu da Cidade de Almada (nos quais, e com os quais, trabalhei).
Nos anos 90, tive uma carreira profissional de sucesso, como jornalista. Aliás, o meu trabalho era tão prestigiado que até uma “gaffe” que escrevi foi citada, como informação credível, por um conceituado investigador de História Local (e está, como grande parte do meu trabalho dessa década, disponível para consulta e cópia no Arquivo Histórico de Almada)!
Devo dizer-vos, amiguinhos que, durante esse tempo, também tinha (como tenho agora) gente medíocre a morder-me os calcanhares e (recuperando uma expressão anteriormente utilizada neste blogue pelo Luís Milheiro) a tentar "passar-me rasteiras", para ver se eu caía.
E algumas vezes até conseguiram.
Mas não deixei, nunca, de fazer o meu trabalho: sempre que me fizeram cair, eu levantei-me e segui em frente. Eles é que ficaram para trás (embora alguns me apanhassem, novamente, mais à frente, mas só para me rasteirar de novo) e outros mesmo… para baixo (não sei se me faço entender).
Agora, que me fizeram uma sacanice sem precedentes, complicando-me a vida como nunca antes o tinham feito, eu ainda aqui estou, a fazer o meu trabalho… na medida do possível, para quem tem uma hora de computador por dia, não é?
Mas querem exemplos? Ora vejamos…
Quem foi o primeiro a anunciar a chegada a Cacilhas da Fragata D. Fernando (com fotos e recurso a outras fontes)?
Quem fez um trabalho jornalístico sobre uma misteriosa interrupção de trânsito em Cacilhas? (Bem… confesso que aí me “estiquei” um bocado em comentários acessórios e jocosos… mas isto é um blogue pessoal, não é um órgão de informação).
Espero que, para exemplo, isto chegue, até porque a "minha hora de computador" está a chegar ao fim.
Então, só para concluir, amiguinhos, se quiserem mesmo continuar a dizer que o Vitorino está muito mal, que está incapaz de trabalhar, que está maluquinho (ó, quantas vezes me disseram isso quando eu era puto, certos senhores que hoje estão na merda!...), enfim, se quiserem mesmo continuar a difamar-me, estejam, por agora, à vontade: aproveitem enquanto podem.
O meu trabalho (o meu trabalho passado, presente e futuro) trata de desmentir essas tretas.
É que eu, se calhar, até ainda não fiz nada de especial e, mesmo assim, como quem não quer a coisa, já faço parte da História desta terra (há vestígios do meu trabalho no Museu da Cidade e no Arquivo Histórico, já vos disse, não é?...). Agora, calculem só como será quando eu terminar o aquecimento e começar a jogar a sério.
Até lá, pronto, está bem, façam as vossas cenas mesquinhas.
Mas dá-me vontade de perguntar, como nos filmes: “é só isso, o que têm para me atirar?”
Acontece, porém, que nos tempos mais recentes (e graças aos familiares do costume) eu, além de estar, ainda, desempregado (mas não desocupado…) tenho acesso a um computador apenas durante uma hora por dia.
E não é “uma hora de Internet por dia”: é mesmo “uma hora de computador por dia”.
Claro que isso deve ter os seus aspectos positivos, que há que aproveitar, e tal… Ora deixa cá ver… reaprendi, por exemplo, a escrever textos à mão… Pois, foi isso. Oba, como dizem os brasileiros!
E, como em casa nem computador nem sequer condições mínimas para trabalhar, vejo-me obrigado a ir para locais públicos, abrir o meu caderninho preto, e escrever nele.
Portanto, amiguinhos, se me virem sentado num café, com meia dúzia de copos vazios (e um a ser esvaziado) e um monte de papelada à minha frente, já sabem: estou a trabalhar!
Isso não significa, bem entendido, que eu goste de trabalhar em locais públicos (aliás, detesto!), mas apenas que não tenho, por agora, possibilidade de trabalhar de outra forma.
Claro que há quem, por não me conhecer, não entenda isso. Para esses, devo ser um tipo esquisito, que anda por aí, na rua, a fazer figura de parvo, e… (enfim, imaginem vocês o que se diz por aí – ou, se souberem, digam-me, porque eu apenas posso adivinhar…).
Mas, bem… Esses, daqui a uns tempos, terão oportunidade de perceber que eu não sou quem eles pensam (seja lá o que for que eles pensam, se é que pensam). E pronto, fica tudo bem, não tinham culpa de ser parvos, ou ignorantes, estão desculpados.
O problema são os outros, os que me conhecem (ou pensam que me conhecem), os que fingem ser meus amigos – mas que, além de não estarem a ajudar nada, num momento em que eu preciso de amigos (e “os amigos são para as ocasiões”, não é?) ainda alinham nas mentiras que se dizem a meu respeito.
Ora bem, vamos lá ver se nos entendemos…
Eu vim de um meio pobre, tanto em termos materiais como em termos culturais.
Para vos dar um exemplo da pobreza cultural a que me refiro, digo-vos que esse era um meio em que um puto que mostrasse interesse em coisas um bocadinho mais evoluídas que BDs de “cóbóis” (que lesse, por exemplo, BDs de Ficção Científica), levava logo com o rótulo de “maluco”.
(E parece que, desgraçadamente, depois de tantos anos, continua tudo na mesma, por aqueles lados…)
Vim, portanto, de um meio onde não tinha nada. Ninguém me deu nada de bandeja. E, pelo contrário, muito (quase tudo) me foi tirado por pessoas mesquinhas, uma vez, e outra, e outra ainda.
Enfrentei todas essas dificuldades, fiz muita coisa, e ainda aqui estou – a fazer coisas. Ou coisinhas - o que, em todo o caso, é mais do que fazem os que me atacam.
Comecei nos anos 80, como agente cultural. E essa actividade, embora “invisível” deixou marcas, que são hoje visíveis, por exemplo, em objectos da colecção permanente do Museu da Cidade de Almada (nos quais, e com os quais, trabalhei).
Nos anos 90, tive uma carreira profissional de sucesso, como jornalista. Aliás, o meu trabalho era tão prestigiado que até uma “gaffe” que escrevi foi citada, como informação credível, por um conceituado investigador de História Local (e está, como grande parte do meu trabalho dessa década, disponível para consulta e cópia no Arquivo Histórico de Almada)!
Devo dizer-vos, amiguinhos que, durante esse tempo, também tinha (como tenho agora) gente medíocre a morder-me os calcanhares e (recuperando uma expressão anteriormente utilizada neste blogue pelo Luís Milheiro) a tentar "passar-me rasteiras", para ver se eu caía.
E algumas vezes até conseguiram.
Mas não deixei, nunca, de fazer o meu trabalho: sempre que me fizeram cair, eu levantei-me e segui em frente. Eles é que ficaram para trás (embora alguns me apanhassem, novamente, mais à frente, mas só para me rasteirar de novo) e outros mesmo… para baixo (não sei se me faço entender).
Agora, que me fizeram uma sacanice sem precedentes, complicando-me a vida como nunca antes o tinham feito, eu ainda aqui estou, a fazer o meu trabalho… na medida do possível, para quem tem uma hora de computador por dia, não é?
Mas querem exemplos? Ora vejamos…
Quem foi o primeiro a anunciar a chegada a Cacilhas da Fragata D. Fernando (com fotos e recurso a outras fontes)?
Quem fez um trabalho jornalístico sobre uma misteriosa interrupção de trânsito em Cacilhas? (Bem… confesso que aí me “estiquei” um bocado em comentários acessórios e jocosos… mas isto é um blogue pessoal, não é um órgão de informação).
Espero que, para exemplo, isto chegue, até porque a "minha hora de computador" está a chegar ao fim.
Então, só para concluir, amiguinhos, se quiserem mesmo continuar a dizer que o Vitorino está muito mal, que está incapaz de trabalhar, que está maluquinho (ó, quantas vezes me disseram isso quando eu era puto, certos senhores que hoje estão na merda!...), enfim, se quiserem mesmo continuar a difamar-me, estejam, por agora, à vontade: aproveitem enquanto podem.
O meu trabalho (o meu trabalho passado, presente e futuro) trata de desmentir essas tretas.
É que eu, se calhar, até ainda não fiz nada de especial e, mesmo assim, como quem não quer a coisa, já faço parte da História desta terra (há vestígios do meu trabalho no Museu da Cidade e no Arquivo Histórico, já vos disse, não é?...). Agora, calculem só como será quando eu terminar o aquecimento e começar a jogar a sério.
Até lá, pronto, está bem, façam as vossas cenas mesquinhas.
Mas dá-me vontade de perguntar, como nos filmes: “é só isso, o que têm para me atirar?”
6 comentários:
Ao ler-te não sei até que ponto te devo levar a sério, ou não, Vitorino...
Espero que resistas e não desistas, de escrever, de olhar, de apontar...
E deixa de pensar tanto nos outros. Há e haverá sempre meia dúzia de "cabrões" a tentarem boicotar o nosso trabalho... e aviso-te já que eles não irão diminuir, pela vida fora (falo por experiência própria). A sua satisfação é verem-nos na sarjeta. É por isso que deves resistir! Sempre!
Luís: se queres levar a sério ou não, é contigo. Tudo o que escrevi aqui é verdade.
E quem tem de levar isto muito a sério são "os outros". Aliás, isto é um texto tipo "depois não digam que não avisei".
Além do mais, meu caro, não sou eu quem pensa muito neles: eles é que, pelos vistos (tendo em conta o que me têm feito) não conseguem deixr de "pensar" em mim.
Por mim podem muito bem ir dar uma volta ao bilhar grande.
Não vão é ficar a rir durante muito mais tempo.
Se calhar não percebeste bem a parte em que eu digo que isto para mim não é novo, que já superei antes estas sacanices mas que - e foi o erro que agora não vou repetir - dei-lhes oportunidade de continuar a fazer o mesmo.
Portanto (repito) aproveitem agora para gozar mis um bocadinho (no fundo, para serem os mesquinhos que sempre foram). Porque isso não vai durar muito mais tempo.
Bem... para o caso de acharem que eu estou inventar, aqui vai a transcrição do texto (de Alexandre M. Flores) onde ele cita, como informação credível, um artigo que escrevi para o jornal Sul Expresso:
«As festas de Carnaval na cidade de Almada, tal como hoje as conhecemos, sobretudo o corso e o desfile das ecolas, apoiadas pela autarquia, são recentes.
As primeiras inicativas do género, ocorreram no princípio da década passada» (refere-se o autor à década de 1980) «tendo como impulsionadores, além das colectividades, o Cento Cultural de Almada e a Companhia de Teatro de Almada.
Posteriormente, a Câmara Municipal foi investindo cada vez mais no corso anual, razão pela qual as estruturas culturais do concelho tivessem dedicado interesse à iniciativa».
Alexandre M. Flores,
"Carnaval em Almada",
edição Associação "Amigos da Cidade de Almada",
Fevereiro 1998
(páginas 96/97)
O autor utiliza como fonte para este texto o meu artigo
"Lucuras Almadenses", publicado no quinzenário
Sul Expresso
nº. 44, de 14 Fevereiro 1996
Embora o essencial da informação até esteja correcto (nomeadamente no que diz respeito à participação do Centro Cultural e da Companhia de Teatro de Almada),
o erro que cometi (e que Alexandre M. Flores "copia") foi ter-me esquecido que a organização das iniciativas citadas era (como, aliás, podem verificar mais abaixo neste blogue) a União dos Sindicatos do Concelho de Almada - entidade que não aparece referida em parte alguma do(s) referido(s) texto(s).
António Vitorino
Para não me alongar mais em comentários ao comentário do Luís Milheiro, acrescento apenas que, na exposição permanente do Museu da Cidade está um projector de cinema com o qual trabalhei muito, durante os anos 80, em idas a colectivdades, a festas da PSP na Igreja de Almada, e em "Animações de Espaços Públicos" -projecções de cinema nas praias da Costa de Caparica e no Parque Urbano de Almada - que foram, de resto, as primeiras actividades culturais dese género realizadas neste espaço central da cidade (hoje conhecido como "a relva").
A propósito, o cartaz que, na exposição, "acompanha" esse projector, não é de minha autoria, mas também tem muito trabalho artesanal aqui do menino.
(Lá porque mantenho um "low profile" e não gosto muito de me pôr em bicos de pés, isso não significa que não tenha razão quando digo que, mesmo sem querer, já faço parte da História desta cidade, ok?)
A.V.
Olá António... Fico triste quando leio que tens apenas uma horinha de computador para te desdobrares em dez Vitorinos, para então dar conta do trabalho tão bonito que levas adiante... A Roda da Fortuna sempre gira, e tem esperança, porque tua vida melhorará - persiste amigo querido e boa sorte. Beijos.
Madalena:
Obrigado pelo apoio.
Isto está a er resolvido. Lamento ter de perder tempo a falar aqui sobre estas coisas.
Em breve retomarei, digamos que o "curso normal" deste blogue.
Mas, entretanto, a coisa tem tendência a piorar antes de melhorar.
Não faz mal: eu tenho muita paciência!
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