Os Transportes Sul do Tejo (TST) são a pior empresa de transporte colectivo de passageiros que conheço.
E conheço-os há muito tempo: desde que a empresa existe!
Ao longo dos anos (muitos) que levo de utente dessa empresa, vi-os terminar com carreiras (suburbanas, principalmente), deixar degradar a frota (e comprar carros que, nos países de origem, certamente só serviriam para sucata – mas apresentando essas aquisições como “renovação da frota”), vi-os estender a sua área de influência – que era Almada e Seixal – primeiro a Sesimbra (onde já operavam, mas ficaram sem concorrência, quando compraram a Covas e Filhos, em meados dos anos 90) e, mais recentemente, ao sul da Península de Setúbal (onde operava a Belos Setubalense), ficando assim com um quase exclusivo (apetece-me dizer monopólio, mas não posso…) do transporte rodoviário colectivo de passageiros na região.
Temos, portanto, uma única empresa de camionagem a servir-nos (a excepção é a Transportes Colectivos do Barreiro) – e, até por isso mesmo (por não termos alternativas) merecíamos ser melhor servidos. Não é?
Merecíamos, por exemplo, que os motoristas da empresa cumprissem os horários – em vez de saírem adiantados, como acontece muitas vezes, principalmente nas últimas carreiras da noite.
(Ah, e não venham cá com a piada da “pontualidade britânica”. Antes de pertencerem ao Grupo Arriva, eram do Grupo Barraqueiro – e vou, por agora, fingir que não acredito na hipótese de os dois grupos estarem “feitos” um com o outro – e, já no tempo dos “barraqueiros”, estes TST se adiantavam, sistematicamente, ao horário de saída das carreiras.)
Merecíamos que não fizessem de nós, utentes (que lhes pagamos, e bem!... ; se a empresa, por acaso, não lhes paga o suficiente, a culpa não é nossa!) objecto da habitual brincadeirinha que é ver-nos a aproximar de um autocarro estacionado numa paragem e arrancar precisamente quando começamos a correr para o tentar apanhar – deixando-nos apeados, como é bom de ver.
Eu estou capaz de apostar que qualquer cliente dessa empresa entende muito bem o que estou a dizer!
É que dificilmente alguém terá escapado a essas faltas de respeito.
(Só com muita sorte… assim tipo Gastão… Mas não me parece: o Gastão é um personagem de Banda Desenhada, o primo do Pato Donald, conhecem?...)
Mas sei, também, que este estado de coisas não muda enquanto os utentes (apetece-me dizer “as vítimas” e, se calhar, até posso) não reclamarem.
Pois bem: eu tenho reclamações a fazer.
No espaço de um mês, vi passar no centro de Almada três autocarros a horas a que, supostamente, deviam ter acabado de sair de Cacilhas:
- de 2 para 3 de Janeiro, o autocarro das 2h50 para a Costa de Caparica passa na Avenida Afonso Henriques… às 2h50 (sem comentários…)
- 3 de Fevereiro: os autocarros que, supostamente, saem de Cacilhas às 22h20, passam pela Avenida D. Nuno Álvares Pereira às 22h22 (feito notável: dois minutos para fazer aquele percurso!)
- nessa mesma noite (3 de Fevereiro), no terminar rodoviário de Cacilhas, o autocarro das 22h45 para a Trafaria está para sair. Eu vejo-o na paragem, começo a correr e… pois, adivinharam – é nesse momento que ele arranca. E estava na hora para sair? Não, não estava! Pelo menos a avaliar pelo meu relógio e – por acaso… - pelos relógios dos passageiros que aguardavam na paragem ao lado (e que comentaram o óbvio, ou seja “eles fazem sempre isso…”). Ou seja (para o caso de alguém não ter entendido), o zeloso motorista dos TST saiu adiantado e, como se isso não lhe bastasse, aproveitou para fazer a clássica brincadeirinha da empresa: o gajo que corra, se quiser, mas fica apeado na mesma!
Estão a ver? Três casos no espaço de um mês! E dois deles na mesma noite!
Mas isto ainda nem sequer é o melhor! Ai não é, não senhor!!!
O melhor é que, apesar do mau serviço que prestam, alguns funcionários da empresa julgam que têm o rei na barriga e que podem gozar com os utentes – não já com as “brincadeirinhas” do costuma, mas mais descaradamente e de forma ainda mais arrogante.
Só assim se entende a história que vos conto a seguir.
No sábado, 2 de Fevereiro, entro no autocarro que faz a carreira Cacilhas – Trafaria, das 13h20 e, como habitualmente, e normalmente, mostro o meu passe social… E ouço, então, o jovenzito motorista dizer, num tom de voz arrogante:
“VÊ LÁ SE COMPRAS OUTRO PASSE!”
Quando me apercebi que o jovenzito estava a falar comigo (bem, não foi muito difícil… apesar de eu ser um bocadinho lerdo, como vocês – que me conhecem tão bem – sabem, não é?..., o tom de voz arrogante não deixava margem para dúvidas), voltei para trás e, sem lhe dirigir a palavra, mostrei-lhe o “lado B” do passe, ou seja, aquele onde está inscrita a data-limite de validade (que é Setembro de 2009 – o que, como é fácil de entender, significa que está válido durante um ano e mais alguns meses: é questão de fazer as contas).
Ora bem: isto seria suficiente para o arrogante jovenzinho, no mínimo, mudar o tom de voz, não vos parece?
Pois, não foi nada disso o que aconteceu. Pelo contrário, diz ele que:
“ISSO DE ESTAR DENTRO DO PRAZO PARA MIM É GRUPO!”
Ora, apesar de estar habituado a faltas de respeito por parte dos funcionários dos TST, essa deixou-me perplexo!
Será que o jovenzito (que, note-se, tinha idade para ser meu filho) acha mesmo que pode falar assim com um passageiro (que, note-se, nem lhe dirigiu a palavra), ainda por cima num autocarro que ia apinhado de gente?
Terá o jovenzito alguma “comissão” por cada novo passe que a empresa emite? (Ah, a propósito: se o meu passe está algo danificado – mas ainda muito legível, e muito dentro do prazo de validade – isso deve-se, principalmente, ao facto de a plastificação vir já com defeito de origem. E a origem, qual é? Pois, exactamente: os serviços dos TST, no Laranjeiro!)
Mas, dada a arrogância com que as tais frases foram ditas, outra pergunta se impõe: estaria o jovenzito… hããã… como hei-de dizer isto?… num estado de consciência ligeiramente alterado?... Ou é, apenas, malcriado com os utentes (que lhe pagam o ordenado)? Seja qual for o caso, é grave, visto que se trata de um funcionário de uma empresa que lida com passageiros – ou seja: que os transporta! É grave e terá de ser resolvido.
Como disse, o passe foi mal plastificado (e eu não protestei – tal como não tenho protestado perante muitos maus serviços que aquela empresa tem prestado ao longo dos anos). Portanto, se eu tiver mesmo que comprar um novo, tudo bem (espero é que venha em condições de resistir a uma utilização normal até ao fim do respectivo prazo de validade, ok?). Mas não será um jovenzito arrogante quem me vai dizer o que tenho que fazer – e muito menos daquela maneira! Entendidos?
Eu apresentei já uma reclamação, no site dos TST:
http://www.tsuldotejo.pt/
Que tal fazermos todos o mesmo, sempre que formos vítimas dos maus serviços dessa transportadora?
(Ah, e se continuam a achar hilariante aquilo que eu escrevo, esperem só até eu vos mostrar a resposta que essa exemplar empresa de transportes públicos deu às minhas reclamações. É, como se costuma dizer, de partir o coco a rir!...
Mas isso fica para amanhã…)
E conheço-os há muito tempo: desde que a empresa existe!
Ao longo dos anos (muitos) que levo de utente dessa empresa, vi-os terminar com carreiras (suburbanas, principalmente), deixar degradar a frota (e comprar carros que, nos países de origem, certamente só serviriam para sucata – mas apresentando essas aquisições como “renovação da frota”), vi-os estender a sua área de influência – que era Almada e Seixal – primeiro a Sesimbra (onde já operavam, mas ficaram sem concorrência, quando compraram a Covas e Filhos, em meados dos anos 90) e, mais recentemente, ao sul da Península de Setúbal (onde operava a Belos Setubalense), ficando assim com um quase exclusivo (apetece-me dizer monopólio, mas não posso…) do transporte rodoviário colectivo de passageiros na região.
Temos, portanto, uma única empresa de camionagem a servir-nos (a excepção é a Transportes Colectivos do Barreiro) – e, até por isso mesmo (por não termos alternativas) merecíamos ser melhor servidos. Não é?
Merecíamos, por exemplo, que os motoristas da empresa cumprissem os horários – em vez de saírem adiantados, como acontece muitas vezes, principalmente nas últimas carreiras da noite.
(Ah, e não venham cá com a piada da “pontualidade britânica”. Antes de pertencerem ao Grupo Arriva, eram do Grupo Barraqueiro – e vou, por agora, fingir que não acredito na hipótese de os dois grupos estarem “feitos” um com o outro – e, já no tempo dos “barraqueiros”, estes TST se adiantavam, sistematicamente, ao horário de saída das carreiras.)
Merecíamos que não fizessem de nós, utentes (que lhes pagamos, e bem!... ; se a empresa, por acaso, não lhes paga o suficiente, a culpa não é nossa!) objecto da habitual brincadeirinha que é ver-nos a aproximar de um autocarro estacionado numa paragem e arrancar precisamente quando começamos a correr para o tentar apanhar – deixando-nos apeados, como é bom de ver.
Eu estou capaz de apostar que qualquer cliente dessa empresa entende muito bem o que estou a dizer!
É que dificilmente alguém terá escapado a essas faltas de respeito.
(Só com muita sorte… assim tipo Gastão… Mas não me parece: o Gastão é um personagem de Banda Desenhada, o primo do Pato Donald, conhecem?...)
Mas sei, também, que este estado de coisas não muda enquanto os utentes (apetece-me dizer “as vítimas” e, se calhar, até posso) não reclamarem.
Pois bem: eu tenho reclamações a fazer.
No espaço de um mês, vi passar no centro de Almada três autocarros a horas a que, supostamente, deviam ter acabado de sair de Cacilhas:
- de 2 para 3 de Janeiro, o autocarro das 2h50 para a Costa de Caparica passa na Avenida Afonso Henriques… às 2h50 (sem comentários…)
- 3 de Fevereiro: os autocarros que, supostamente, saem de Cacilhas às 22h20, passam pela Avenida D. Nuno Álvares Pereira às 22h22 (feito notável: dois minutos para fazer aquele percurso!)
- nessa mesma noite (3 de Fevereiro), no terminar rodoviário de Cacilhas, o autocarro das 22h45 para a Trafaria está para sair. Eu vejo-o na paragem, começo a correr e… pois, adivinharam – é nesse momento que ele arranca. E estava na hora para sair? Não, não estava! Pelo menos a avaliar pelo meu relógio e – por acaso… - pelos relógios dos passageiros que aguardavam na paragem ao lado (e que comentaram o óbvio, ou seja “eles fazem sempre isso…”). Ou seja (para o caso de alguém não ter entendido), o zeloso motorista dos TST saiu adiantado e, como se isso não lhe bastasse, aproveitou para fazer a clássica brincadeirinha da empresa: o gajo que corra, se quiser, mas fica apeado na mesma!
Estão a ver? Três casos no espaço de um mês! E dois deles na mesma noite!
Mas isto ainda nem sequer é o melhor! Ai não é, não senhor!!!
O melhor é que, apesar do mau serviço que prestam, alguns funcionários da empresa julgam que têm o rei na barriga e que podem gozar com os utentes – não já com as “brincadeirinhas” do costuma, mas mais descaradamente e de forma ainda mais arrogante.
Só assim se entende a história que vos conto a seguir.
No sábado, 2 de Fevereiro, entro no autocarro que faz a carreira Cacilhas – Trafaria, das 13h20 e, como habitualmente, e normalmente, mostro o meu passe social… E ouço, então, o jovenzito motorista dizer, num tom de voz arrogante:
“VÊ LÁ SE COMPRAS OUTRO PASSE!”
Quando me apercebi que o jovenzito estava a falar comigo (bem, não foi muito difícil… apesar de eu ser um bocadinho lerdo, como vocês – que me conhecem tão bem – sabem, não é?..., o tom de voz arrogante não deixava margem para dúvidas), voltei para trás e, sem lhe dirigir a palavra, mostrei-lhe o “lado B” do passe, ou seja, aquele onde está inscrita a data-limite de validade (que é Setembro de 2009 – o que, como é fácil de entender, significa que está válido durante um ano e mais alguns meses: é questão de fazer as contas).
Ora bem: isto seria suficiente para o arrogante jovenzinho, no mínimo, mudar o tom de voz, não vos parece?
Pois, não foi nada disso o que aconteceu. Pelo contrário, diz ele que:
“ISSO DE ESTAR DENTRO DO PRAZO PARA MIM É GRUPO!”
Ora, apesar de estar habituado a faltas de respeito por parte dos funcionários dos TST, essa deixou-me perplexo!
Será que o jovenzito (que, note-se, tinha idade para ser meu filho) acha mesmo que pode falar assim com um passageiro (que, note-se, nem lhe dirigiu a palavra), ainda por cima num autocarro que ia apinhado de gente?
Terá o jovenzito alguma “comissão” por cada novo passe que a empresa emite? (Ah, a propósito: se o meu passe está algo danificado – mas ainda muito legível, e muito dentro do prazo de validade – isso deve-se, principalmente, ao facto de a plastificação vir já com defeito de origem. E a origem, qual é? Pois, exactamente: os serviços dos TST, no Laranjeiro!)
Mas, dada a arrogância com que as tais frases foram ditas, outra pergunta se impõe: estaria o jovenzito… hããã… como hei-de dizer isto?… num estado de consciência ligeiramente alterado?... Ou é, apenas, malcriado com os utentes (que lhe pagam o ordenado)? Seja qual for o caso, é grave, visto que se trata de um funcionário de uma empresa que lida com passageiros – ou seja: que os transporta! É grave e terá de ser resolvido.
Como disse, o passe foi mal plastificado (e eu não protestei – tal como não tenho protestado perante muitos maus serviços que aquela empresa tem prestado ao longo dos anos). Portanto, se eu tiver mesmo que comprar um novo, tudo bem (espero é que venha em condições de resistir a uma utilização normal até ao fim do respectivo prazo de validade, ok?). Mas não será um jovenzito arrogante quem me vai dizer o que tenho que fazer – e muito menos daquela maneira! Entendidos?
Eu apresentei já uma reclamação, no site dos TST:
http://www.tsuldotejo.pt/
Que tal fazermos todos o mesmo, sempre que formos vítimas dos maus serviços dessa transportadora?
(Ah, e se continuam a achar hilariante aquilo que eu escrevo, esperem só até eu vos mostrar a resposta que essa exemplar empresa de transportes públicos deu às minhas reclamações. É, como se costuma dizer, de partir o coco a rir!...
Mas isso fica para amanhã…)
3 comentários:
Ui! Apenas para complementar tudo aquilo que escreveste e que apenas peca por defeito, deixa-me acrescentar que já uma vez reclamei num site de uma empresa de transportes, a Fertagus, empresa essa que até tem uma imagem moderna, dinâmica, jovem, etc. Prontamente apareceu-me em casa o seguinte mail: "Estimado cliente, muito agradecemos a atenção de nos ter contactado. Brevemente responderemos à sua solicitação/reclamação.
Já lá vão mais de 2 anos e até agora nada!
O que eu penso é que isto já não vai lá com reclamações diplomáticas. Isto vai lá sim, com cortes de estradas, com sangue, comunicação social, escândalo, violência, e tudo o que seja passivel de realmente fazer rebentar a "bomba". Se não for assim, bem estamos entregues à bicharada...
Na terrinha do meu pai, no interior do país, a população andou vários anos a reclamar contra o corte de carreiras. No dia em resolveram passar da diplomacia à acção concreta, cortando a estrada e não deixando passar as camionetas, o assunto ficou resolvido nesse mesmo dia, ou seja, as carreiras que tinham sido cortadas foram repostas num abrir e fechar de olhos.
Saudações do Marreta.
Ora bem, caro Marreta...
«Isto já não vai lá com reclamações diplomáticas»?...
Tenho até vontade de concordar com essa opinião.
Mas parece-me que uma das razões pelas quais estes senhores continuam a gozar com a nossa cara é, precisamente, nós (utentes) reclamarmos pouco.
Penso, sinceramente, que devíamos dar mais trabalho ao sector da empresa que regista estas coisas.
E, depois ou ao mesmo tempo, denunciar publicamente estes abusos.
Até porque, como disse um americano de cujo nome não me recordo, eles podem enganar toda a gente durante algum tempo, e podem enganar alguns durante o tempo todo. Mas não nos conseguem enganar a todos permanentemente. A não ser que nós os deixemos à vontade para o fazer.
(pronto, ok, isto era uma tradução um bocado "livre")
Cumprimentos
A.V.
Bem, a resposta dos TST às minhas reclamações (e a minha resposta à "resposta" deles) terá de ficar para amanhã!...
Como se costuma dizer, não perdem pela demora.
A.V.
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