A propósito do mais recente "fórum de participação" sobre o Metro Sul do Tejo (MST)... Um blogue almadense bem conhecido pelas suas constantes tomadas de posição contra tudo o que tenha a ver com o executivo municipal deste concelho (aliás, agora que penso bem no assunto, tais "tomadas de posição" são a única coisa que se pode ler nesse blogue...) veio "informar" que a referida sessão não passou, afinal, de
«uma operação de propaganda-defesa do Metro Sul do Tejo (MST) feita por um um jovem Professor da Divisão de Transportes e Energia do Instituto Superior Técnico, "convidado" para falar da Estratégia Local para as Alterações Climáticas , mas provavelmente pago a peso de ouro, pela CMA».
Reparem que acabei de citar o tal blogue. Não acrescentei nada, nem uma única vírgula. Foi mesmo "copy-paste". Se, por acaso, notaram alguma falta de rigor, alguma "confusão" entre informação e opinião, ou mesmo alguma insinuação (sem apresentar provas daquilo que se insinua), não me culpem a mim, está bem?
Entretanto, o semanário Notícias de Almada, publica, sobre o mesmo assunto, uma versão "ligeiramente" diferente. Ora leiam, se fazem favor:
(se não conseguirem apliar a imagem, podem ler, no final deste "post", a transcrição do artigo)E agora? Acredito em quem?
Acredito num "cidadão de Almada e deste país" que, anonimamente (e com que rigor... mas com que rigor, senhores!) exerce os seus direitos de cidadania neste fórum democrático que é a "blogosfera"?
Ou acredito numa jornalista que se identifica, assinando o seu trabalho?
A propósito: eu disponho de informações - oriundas de fonte muito bem posicionada em todo este processo do MST - que desmentem muito do que tem sido afirmado (e em muitos casos apenas insinuado) por esse anónimo e indignado cidadão. Não as publico ainda porque, como tenho a mania que sou jornalista (enfim, só desde 1992...) quero confrontá-las com outras fontes e, se possível, com documentos.
Estou, precisamente, a trabalhar nisso. (Bem, falta-me, por exemplo, o contacto da secretária de Estado dos Transportes... Não há por aí algum aparentado à grande família dos vitorinos que queira dar uma ajudinha?...)
E quando divulgar os resultados do meu trabalho, vocês vão acreditar em quem?
Em cidadãos "anónimos"? Ou em mim, que já vos disse quem sou (e vou continuar a dizê-lo)?
PS: O insuspeito Jornal da Região publica, na sua edição mais recente, um artigo sobre o MST. Vale a pena ler, pois é uma peça jornalística. Não mistura informação com manipulação.
Está em
www.jornaldaregiao.pt/edicoes.htm
(Nessa página encontram "links" para as diversas edições do Jornal da Região. Abrem em pdf.)
E o texto do Notícias de Almada é o seguinte:
Na semana da mobilidade
Fórum discutiu contributo do MST para o ambiente
Inserido na Semana Europeia da Mobilidade 2007, que decorre até amanhã, o 18º fórum de participação do Metro Sul do Tejo (MST) promovido pela autarquia, só poderia ter como tema de fundo as questões ambientais e a sua relação com o novo meio de transporte que será implementado na cidade, num evento que, em dia de jogos para a Liga dos Campeões, reuniu poucas pessoas no Fórum Romeu Correia, na passada terça-feira.
Para além das habituais presenças dos técnicos camarários envolvidos no projecto e do Encarregado de Missão, Eng. Marco Aurélio Martins, o fórum, subordinado ao tema “MST e alterações climáticas”, contou com a participação do professor Tiago Faria, da Divisão de Transportes, Engenharia e Ambiente do Instituto Superior Técnico (DTEA/IST), que veio mostrar como “o MST é energética e ambientalmente um bom negócio”.
Acreditando que “o Metro de Superfície não é uma questão de moda” e que “os veículos eléctricos são freancamente mais eficientes que o automóvel”, o professor explicou como o MST é uma das medidas a adoptar para a redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), já que “altera a fonte energética” (é um veículo eléctrico), aposta numa tecnologia eléctrica mais eficiente e, por último, obriga a uma alteração comportamental porque retira o automóvel e oferece mais transporte colectivo”.
“O MST é também uma das medidas incluídas no Plano Nacional Para as Alterações Climáticas, que lhe atribui um potencial de redução de emissões de GEE de 16.000 ton de co2/ano”, lembrou Tiago Faria.
Obras a decorrer como previsto
Quanto aos trabalhos que estão a decorrer em vários pontos da cidade para a implementação da linha do metro, o Encarregado da Equipa de Missão do MST, assegurou que “em princípio não há nada que indique que a obra total não fique concluída em Novembro de 2008, como está previsto”.
Segundo Marco Aurélio Martins, a segunda etapa do projecto, que liga a Cova da Piedade à Universidade está pronta em meados de Dezembro, começando os ensaios em final de Outubro, início de Novembro. Neste momento, contou a mesma fonte, ainda decorrem trabalhos na Rua de Alvalade, Rua Sameiro Antunes e na Av. Bento Gonçalves, que já estão em fase de conclusão.
Em Cacilhas, as obras começam no fim deste mês, sendo que na Av. 25 de Abril o trânsito já está no lugar definitivo e na Praça Gil Vicente concluem-se os serviços afectados. O engenheiro explicou ainda que na Av. Afonso Henriques se começará em breve a fazer a pavimentação definitiva, enquanto nas praças do MFA e S. João Baptista estão a acontecer trabalhos de desvios de ocupação do subsolo.
Segurança contestada
Apesar da fraca adesão a este fórum de participação comparada com anteriores, foram várias as vozes que se fizeram ouvir, principalmente de moradores da zona do chamado “Triângulo da Ramalha” e da Av. 25 de Abril, onde as obras estão a decorrer.
Fernando Felizardo, residente nesta última avenida, lamentou “a falta de interligação entre os intervenientes na obra” e pediu “mais cuidado com os peões”. Também o vizinho Arlindo Castanheira questionou o controlo das obras, explicando que “todos os dias caem ou escorregam idosos”.
“É evidente que as obras têm controlo por parte da concessionária”, garantiu Marco Aurélio Martins, admitindo no entanto “problemas de coordenação das actividades entre as empresas”.
Igualmente, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Metro Transportes do Sul presente no fórum, “há uma equipa responsável pela segurança que está permanentemente na obra”, sendo que desde há cinco anos “nunca se gegistou qualquer incidente grave”. Para José Luís Brandão “é sempre possível melhorar”, afiançando, contudo, que “nunca ao longo desta obra houve uma colaboração tão forte entre todas as entidades envolvidas para tentar causar o mínimo incdómodo possível aos cidadãos”.
(Esta longa transcrição serve, também, para mandar o seguinte recadito: se, por acaso, eu não consegui "linkar" a imagem devido a "interferências externas" - coisa que já tem acontecido neste blogue, diga-se de passagem... - ó meus amiguinhos, podem muito bem tirar o cavalinho da chuva, porque eu não desisto assim tão facilmente. Não me digam que ainda não tinham percebido isso!...)