Os almadenses ainda não se habituaram a ver circular no centro da cidade um "metropolitano de superfície" (ou "eléctrico rápido", se preferirem - suponho que ambas as designações estão correctas). Há países onde este tipo de transporte convive pacificamente com os peões (por exemplo, em Itália - veja-se aqui o metro de superfície, ou eléctrico rápido, de Milão), mas por cá ainda é novidade.
No entanto, o que me leva a comentar a notícia não é isso. É outra coisa. É o seguinte...
Eu, que ando muito pelas ruas da minha cidade (sou um pedestre, sim), tenho visto, muitas vezes, muitas pessoas a atravessar a linha do "metro", e a ter muito cuidado (muito medo, aparentemente) enquanto a atravessam. Tenho visto, muitas vezes, pessoas que atravessam a linha do "metro" em locais onde não existe passadeira para peões. E já vi - várias vezes - pessoas que, ao atravessar a linha do "metro", olham só para o "metro" - e, a seguir, quase são atropeladas pelos automóveis!
O que quero dizer com isto? Algo muito óbvio e tão básico que faz parte da educação que recebemos desde pequeninos: é preciso ter muito cuidado a atravessar a estrada! Devemos atravessar na passadeira e olhar primeiro para a esquerda e depois para a direita, a ver se vem algum veículo, seja ele qual for!
O "metro" circula, em Almada, em vias onde circulam também automóveis (se exceptuassemos, como deviamos exceptuar, a "zona pedonal" - mas nessa é, também, o que se sabe). Portanto, tenhamos cuidado ao atravessar a faixa de rodagem dos carros e autocarros, depois a linha do "metro", e novamente a faixa de rodagem dos carros e autocarros. (Ou: tenhamos, então, muito cuidado a atravessar a "zona pedonal", não nos vá passar nenhum carro por cima antes de chegarmos, sequer, à linha do "metro".)
Elementar. Ou não?
4 comentários:
Boa tarde ,não estou aqui para falar de politica, mas sim de civismo, e falta de educação de certos seres. que não aprenderão nada na escola da vida,não seria melhor em vez de inventarem armas bombas etc etc etc,inventarem umas famosas pílulas de civismo e educação ,obrigado pla visita as (vidas)vou cá vir mais vezes um abraço
e seria uma grande invenção, sem dúvida muito necessária a algumas pessoas. concordo, sim senhor! um abraço e até à próxima!
Não há dúvidas que o civismo não faz parte dos predicados de 95% da população portuguesa, no entanto este "Metro" apresenta algumas armadilhas, mesmo para os mais atentos (ou cívicos) que poderiam ser facilmente remediadas com, por exemplo, a colocação de gradeamentos até ao nível do joelho, em troços mais perigosos e onde as composições atingem velocidades mais elevadas. Até porque tropeçar ou escorregar quando chove a qualquer um pode acontecer.
Saudações do Marreta.
colocar gradeamentos é uma ideia, mas não me parece ser a melhor solução. há outras formas de sinalizar aquele espaço, de maneira a que as pessoas tenham a noção de que aquilo é um "espaço-canal" - e, portanto, há que ter, ao atravessá-lo, a mesma atenção que se tem quando se atravessa "a rua".
e, evidentemente, as composições deviam circular, na zona pedonal, à mesma velocidade que é exigida a todas as viaturas que estão autorizadas a passar por lá. (30 km/h, salvo erro... - excepto, naturalmente, viaturas de emergência, desde que estejam em serviço e não apenas a passear)
saudações, Marreta!
AV
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