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atormentaste a solidão do impossível e os castigos
da poesia.
muito cedo se fez corpo em teu dia. muito cedo
amaste outro labirinto.
ícaro,
caiste para salvar a humanidade. ora pro nobis.
António Vitorino
O Ciclo da Serpente - premonições deveras líricas (1989)
Edição Poetas Almadenses, colecção Index Poesis.
Almada, Dezembro de 2009
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