O Metro Sul do Tejo (MST) foi proposto pela Câmara de Almada em meados da década de 80, mas foi 1995 o ano decisivo para o arranque do projecto. Nesse ano, as autarquias de Almada, Seixal e Barreiro assinaram com o Ministério das Obras Públicas (liderado então pelo social-democrata Ferreira do Amaral) um protocolo para implementar o projecto - dizia-se que seria até 1999.
A primeira representação gráfica das linhas (reproduzida aqui segundo a versão que publiquei no semanário Sul Expresso, em 29 de Março de 1995) anunciava já que o MST iria passar, à superfície, pelas zonas onde está, actualmente, em funcionamento (cliquem na imagem para ampliar e confirmar isso mesmo).
Assumia-se desde logo não como "o metro de Almada" - há quem, hoje, lhe chame isso - mas como um "projecto estruturante para o arco ribeirinho do Tejo, ligando os concelhos de Almada Seixal e Barreiro, com posterior extensão ao concelho da Moita". (Hoje existe apenas no concelho de Almada, e no Seixal só até Corroios...)
O estudo de viabilidade técnica e económica foi apresentado ao Governo de então no dia 20 de Março de 1995. Em Almada, foi aprovado - por unanimidade e aclamação - numa reunião pública da Câmara, a 5 de Abril (fonte: Sul Expresso, 12 de Abril de 1995, "Almada aprova protocolo do Metropolitano", artigo de Ana Isabel Borralho). Finalmente, o protocolo de colaboração entre os poderes central e local foi assinado no Barreiro, a 18 de Abril de 1995, com a presença do ministro e dos presidentes de câmara.
Escrevi anteriormente sobre as origens do MST - num artigo com mais conteúdo (e melhor documentado, até), mas também mais opinativo.Encontram-no aqui:http://vitorinices.blogspot.com/2008/11/o-metro-sul-do-tejo-contribuies-para.html
1 comentário:
Corrigindo um erro deste texto: o Sul Expresso era um jornal quinzenal, e não um semanário.
AV
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