Ser editor do Almada Cultural dá uma grande trabalheira. Mas tem as suas compensações. Por exemplo, ficar a conhecer projectos tão interessantes como estes Chuchurumel.
Mas, como não há bela sem senão, esta banda que, supostamente, representa « o sabor ancestral das músicas e dos cantos tradicionais do Portugal profundo, revestido da mais inovadora tecnologia e concepção cênica» (sic do press release que recebi), além de concepção "cênica" tem também «un impactante espetáculo visual e sonoro», de acordo com o mesmo press release que, a propósito, tem a seguinte proveniência: (retirado de acordo com a vontade expressa pelos autores do texto referido - ver caixa de comentários).
É só impressão minha, ou Portugal já não é, de fato, una nacion onde se habla portugues? (Tá vendo, cara? )
(E é pena - ou, como dizia o outra, não havia necessidade... - até porque a música é realmente boa... julgo eu...)
9 comentários:
Prezado "Debaixo-do". Descanse e acougue das suas trabalheiras, nom passe maus sufocos, ho. Ainda que nom se sabe mui bem de que trabalheiras fala você, quando a postagem no blog de Almada Cultural sobre o concerto de Chuchurumel está absolutamente sem formato, sem editar, sem separar os parágrafos e sem corrigir as gralhas que tam mal lhe parecérom.
A verdade é que é triste apoiar músicas realmente desconhecidas em Espanha, que, como ressultado dessa divulgaçom consigamos até que os grupos portugueses com os que trabalhamos tenham mais concertos mesmo em Portugal e receber comentários totalmente destrutivos e injustificados como o seu.
Demonstra mui pouco respeito polo trabalho de grupos como Chuchurumel e um nulo apreço polo trabalho e o esforço dos demais, depois de fazermos a divulgaçom desses concertos para Portugal (graças ao qual você conheceu a Chuchurumel), para o Estado Espanhol e a nível internacional, mesmo na sua própia língua (que também é a minha: som galego, se algo do que escrevo lhe soa raro, será porque é próprio do Norte do Minho, mas como você pode apreciar, nom estou a escrever numha língua distinta à sua), por duas pequenas gralhas: "un" e "cênico", e umha palavra perfeitamente portuguesa (é dizer, galego-portuguesa), como é espetáculo (também em Portugal: consulte o Acordo Ortográfico). Por certo, nom sei se percebeu que no texto em castelhano também havia umha gralha por influência do galego-portugués.
Enfim, realmente triste. Deveria mais bem agrader o fato de descobrir a este estupendo grupo graças a nós, e... por certo, agora que o vejo, parece que é mais bem você quem está a contribuir a que Portugal nom seja "una nacion onde se habla portugues". Quê é isso de "cousitas" no título do seu blog? Desde quando o diminutivo se fai em português com -itas? Nom seria coisinhas ou cousinhas? Porque nom escreve bem em português em vez de pretender dar lições?
PS: Os dados de contato (sim, "contato") que figuram na nossa comunicaçom e que você publicou neste blog, som para fins únicamente profissionais para as pessoas à que estava dirigida. Exigimos que os retire imediatamente.
Se algo nom entender do que digo, recomendo a consulta dum dos melhores dicionários da sua/nossa língua: http://www.agal-gz.org/estraviz/
Juan Antonio Vázquez
Mapamundi Música
Meu caro: retiro os contactos, como me exige (está no seu direito de o fazer), mas não retiro uma vírgula a tudo o que escrevi anteriormente.
Não tinha qualquer intenção de ofender. Aliás, se coloquei aqui este vídeo e reproduzi as informações do "press release" era, precisamente, para divulgar - porque gostei - e não para denegrir (caso contrário limitar-me-ia a publicá-lo no Almada Cultural, como mais uma informação entre tantas outras).
Não imaginava que uma pequena brincadeira pudesse incomodar tanto. Lamento que não tenha entendido a minha intenção. (Julgo que se tivesse visto este blogue com mais tempo e mais atenção entenderia as minhas motivações e seria menos agressivo no seu comentário...)
Conheço, sim, o galaico-português, concordo com o acordo ortográfico (mas isso não me obriga a aplicá-lo imediatamente na minha linguagem quotidiana) e conheço até o dicionário que me recomenda (aliás, tenho uma referência ao dito num outro blogue: Debaixo do Bulcão). Não tenho nenhum preconceito contra os galegos (era o que faltava!) nem mesmo contra os espanhóis. Referi-me aos erros da vossa comunicação da mesma forma que me poderia referir a erros semelhantes da comunicação social portuguesa (e suponho que já o fiz anteriormente).
"Coisitas" usa-se na língua portuguesa: é uma forma coloquial de coisinhas (ou cousinhas, se preferir) - e, no contexto do meu blogue, é uma ironia.
Quanto ao facto de no Almada Cultural a postagem estar "absolutamente sem formato, sem editar, sem separar os parágrafos e sem corrigir as gralhas" é verdade - mas devo notar que esse blogue é feito por voluntários, com pouco tempo disponível, poucos meios, mas muita vontade e uma grande noção de serviço público.
Não somos uma empresa nem mesmo uma associação.
Todos nós erramos.
E eu aceito a sua crítica. Porque não aceita você a minha?
Por mim, este assunto está encerrado. Não tenho tempo nem vocação para alimentar polémicas.
Estou sempre disponível para divulgar projectos interessantes como os vossos (em blogues como o Almada Cultural ou, tratando-se de literatura, o Debaixo do Bulcão).
Mas não irei deixar de exprimir as minhas opiniões. Neste, que é o meu blogue pessoal.
Respeitosas saudações,
António Vitorino
PS - E olhe que eu queixo-me muito da falta de sentido de humor dos portugueses...
e o nome é extremamente original, Vitorino...
Pois é, Luís. E ainda por cima a música é boa.
O resto são "peanuts" ("Peanuts" é uma palavra utilizada pelos americanos quando se querem referir a coisitas.)
Não há dúvida nenhuma, de um ponto de vista científico, de que galegos e portugueses falam uma mesma língua. Os Chuchurumel, pelo que pude apreciar no vídeo inserido no blogue pois não os conhecia antes, visam de facto recuperar "o sabor ancestral das músicas do Portugal profundo". O comentário foi pois despropositado, mas valeu pela divulgação de um projecto a que tentarei continuar atento.
O comentário (o meu, se é a esse que se refere) não tinha nada a ver com o vídeo nem com o grupo, nem com o facto de quem o divulgou ser galego (coisa que, alias, eu desconhecia).
Mas, como já afirmei antes, por mim este assunto está encerrado.
Cumprimentos,
António Vitorino
Oh, António... Essa turminha aí do Chuchururu... Simplesmente não pode se gabar de dizer que produz música portuguesa quando mistura castelhano com português, e ainda por cima eles não gostam que você escreva isso em seu bloguinho!!
Beijos e continue firme em seu caminho com a espada de letras fazendo bonito. Madá
Olha, Madalena, o texto do que fixo brincadeira o autor deste blogue nom é de Chuchurumel, é de Mapamundi Música, www.mundimapa.com, a ver se nos . O autor deste blogue é o culpável de criar confusom com respeito a um dos mais importantes grupos de múscias populares portuguesas, pondo a sua "portuguesidade" com ponto de interrogaçom. O autor deste blogue conhece Chuchurumel a través da difusom que fai Mapamundi Música na sua própria língua e coloca um vídeo realizado por Mapamundi Música dum concerto organizado por Mapamundi Música... para fazer brincadeira de Mapamundi Música e criar confusom a respeito de Chuchurumel. Isso é trabalhar pola cena musical portuguesa, o demais som caralhadas.
E a caralhada principal é que este senhor seja editor do blogue de Almada cultural e, nom seja capaz de colocar os parágrafos por separado, como vinham originalmente, com as tres versões do texto promocional (galego-português, castelão e inglês), e prefira tomar o trabalho de fazer brincadeiras nada engraçadas no seu blogue.
O triste disto é que se a difusom deste concerto a tivéssemos feita só em inglês e em castelão, o senhor este nom andaria com piadas de tam mau gosto.
E, Madá, ainda nom te deste conta de quem mistura "cositas" en español e "cousinhas/coisinhas" em português?
Juan Antonio Vázquez
Não tenho tempo nem vontade para responder à letra.
Devo notar, no entanto que:
1 - O senhor Juan Antonio Vázquez conheceu o meu blogue porque eu fiz a divulgação deste vídeo: quando procurou no Google "chuchurumel - música portuguesa" obteve 3 (sim, três) resultados, dois dos quais eram de blogues geridos por mim. Outras pessoas me têm dito que conheceram os Chuchurumel por esta postagem, gostaram de os conhecer e não ficaram nada ofendidos com o que escrevi - porque entenderam que não me referia ao vosso trabalho, mas tão-só à forma como o texto que me foi enviado estava escrito.
2 - Quando editei o artigo no Almada Cultural estava sem internet, apenas com uma hora
de acesso diário, em computador público (aliás, ainda estou, e é por isso mesmo que não tenho tempo para me alongar emesclarecimentos). Dado o grande volume de informação que tinha de editar durante uma hora, não foi possível fazer melhor quanto
a essa postagem - mas publiquei toda a informação que me foi enviada, sem mais
comentários. (O que escrevi neste blogue foi feito em documento de texto noutro computador, e não "online", como acontece quando edito o Almada Cultural.)
3 - Neste blogue, que é o meu espaço pessoal, tenho comentado muitas vezes a maneira
como a língua portuguesa é maltratada pelos "media" portugueses. Não vejo razão para
tanto melindre por comentar agora alguns erros vindos do outro lado da fronteira. Mas,
pergunto eu, que aconteceria se eu enviasse para Espanha um texto em castelhano com
erros equivalentes? Não seria objecto de reparos e de críticas? E não teria de os aceitar?
4 - Como já expliquei anteriormente, "coisitas" é uma expressão coloquial, muito usada
entre nós, portuguesitos.
Cumprimentos,
A.V.
Enviar um comentário