Todos os anos, quando se aproximam os 3 dias da Festa do Avante, ouço as mesmas conversas: «que o programa deste ano está fraco, não há nada de jeito, nem sei se vale a pena ir», etc. etc. etc.
Claro que, muitas das pessoas que dizem isso acabam mesmo por ir. E porquê?
Porque, meus amigos, a Festa do Avante não é um festival de verão (já existia muito antes, e há-de continuar a existir quando esse formato de entretenimento já tiver passado de moda), não é um pacote de concertos de bandas mais ou menos consagradas - é muito mais que isso!
Porque, meus amigos, a Festa do Avante não é um festival de verão (já existia muito antes, e há-de continuar a existir quando esse formato de entretenimento já tiver passado de moda), não é um pacote de concertos de bandas mais ou menos consagradas - é muito mais que isso!
Quem lá foi sabe muito bem a que me refiro: esse "espírito da Festa (do Avante!)" que só existe ali, e em mais nenhum evento ou local. A quem não conhece, eu não sou capaz de explicar. Só mesmoexperimentando...
A Festa é (como se tem dito muitas vezes) um espaço de encontros, e de reencontros. Mas é, sobretudo, uma ocasião e uma oportunidade para a descoberta: de músicas, de modos de ser, de gastronomias... e de lutas e experiências políticas, como é óbvio!
E quanto à suposta "pobreza" da programação dos palcos... lembro-me, por exemplo, de um grande concerto (no Alto da Ajuda, no limiar dos anos 80) com uns desconhecidos que se chamavam Dexy's Midnight Runners; ou de outro grande concerto, de uma brasileira que por cá (quase) ninguém conhecia, chamada Simone de Oliveira... Ou de um tal Billy Bragg que, já no final dessa década, encheu (sozinho com a sua guitarra acústica) o enorme palco de Loures...
Eu sei que, usando este tom tão propagandístico, nem pareço um jornalista. Mas que querem? Eu conheço a Festa do Avante desde 1977 (no Jamor) e, durante 20 anos, não falhei uma... Não posso, portanto, ficar indiferente ao maior evento social, cultural e político que se realiza no nosso país.
Este ano espero estar lá em serviço, como jornalista. Aí, a conversa será diferente. Como se dizia no "meu tempo", trabalho é trabalho, conhaque é conhaque! (Embora, às vezes, seja difícil saber onde acaba o trabalho e começa o conhaque...)
Até para a semana! E (para os que lá forem) boa festa!
1 comentário:
... e um outro grande concerto de The Band, para aí em 85, se não estou em erro.
É realmente um ponto de encontro de excelência de partilha de amizade, confraternização e ideias e uma oportunidade única de rever amigos que, em certos casos, só se encontram anualmente na Festa.
Para além da componente política, é uma festa cultural única em Portugal, que extravasa as ideias políticas de cada um.
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