Lembrei-me disto quando vi os motins e o vandalismo recente em cidades de Inglaterra.
E afinal era apenas uma remodelação da cidade.
Não era possível instalar a nova estrutura viária sem fazer os tais buracos e causar os tais incómdos, que a tantos pareciam sinais do fim do mundo... Tal como não é possível fazer uma omoleta sem antes partir os ovos!
Mas o que tem isso a ver com o que está a acontecer em Inglaterra?
Ora, ainda bem que me faz essa pergunta!
Já aconteceu antes e está a acontecer novamente - é só mudar os personagens porque o guião é decalcado dos anteriores...
Em momentos de crise, o capitalismo arranjou sempre maneira de se salvar e de se reforçar. Os motins são um excelente instrumento para assustar as pessoas, fazê-las apoiar os seus governos e exigir mais "autoridade" (leia-se: Estado policial). E se for preciso vamos para a guerra. O capitalismo nunca temeu as guerras. As guerras são até muito boas para os grandes negociantes.
Sim, é claro que havia condições sociologicas para que revoltas deste tipo estalassem, e essas coisas. Toda a gente sabe isso. Os membros do famigerado grupo Bilderberg, então, sabiam-no muito bem. Tanto que até, ao que parece, discutiram a melhor maneira de usar esse descontentamento a seu favor.
Informações sobre a última reunião grupo Bilderberg neste artigo (em inglês):
Começa a fazer sentido, ou não?
(Nota de rodapé, para os que têm dificuldade em lidar com figuras de estilo: não, não estou a comparar os planos capitalistas com os projectos de requalificação da cidade de Almada. Estou a dizer que as pessoas que pensam que os motins em Inglaterra são a revolução ou o fim do capitalismo já para amanhã estão tão enganadas como os que pensavam que as obras do metro de superfície eram o fim do mundo)
(Nota de rodapé, para os que têm dificuldade em lidar com figuras de estilo: não, não estou a comparar os planos capitalistas com os projectos de requalificação da cidade de Almada. Estou a dizer que as pessoas que pensam que os motins em Inglaterra são a revolução ou o fim do capitalismo já para amanhã estão tão enganadas como os que pensavam que as obras do metro de superfície eram o fim do mundo)
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