quinta-feira, maio 29, 2008

Notícias da Zona:

Nesta edição, fomos avaliar o estado das praias da península de Setúbal: preparadas para a época balnear, que começa domingo?





Em Sesimbra, tudo parece a postos. Mas em Almada, na frente de praias da Caparica, há um paradoxo interessante. É que o programa Polis, que vai reconverter e requalificar toda aquela zona, está a causar polémicas várias. E ajudou mesmo a que, este ano, a Caparica perdesse algumas bandeiras azuis.





António Neves, o presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica, defende, no entanto, que os incómodos do presente são “males necessários” para que a sua cidade venha a ter o futuro que, há muito, os habitantes (e os cerca de 8 milhões de turistas) merecem.
Já as praias de Setúbal continuam sem hastear nenhuma bandeira azul…


O Notícias da Zona entrevista também um experimentado nadador salvador, que tem um projecto para melhorar a vigilância nas praias – e não só durante a época balnear (época que, como se sabe, em Portugal decorre entre e Junho e Setembro).



Diz Telmo Rodrigues que o nosso país ficaria a ganhar se os nadadores salvadores criassem clubes – ou associações sem fins lucrativos – de ‘surf life saving’. Organizações que, afirma, poderiam funcionar como uma espécie de “escuteiros do mar”.

quinta-feira, maio 22, 2008

Essa Entente - Dança Nua (1989)

Ainda se recordam da zona oriental de Lisboa antes da Expo 98?

Era uma área industrial. Estava extremamente poluída. Cheirava mal.
Era - em suma - um sítio ideal para fazer clipes de vídeo como este.

A banda são os Essa Entente (grupo fundado em 1984,
que se manteve em actividade ainda até ao princípio dos anos 90).

E a música, Dança Nua, é um dos (poucos) grandes sucessos dessa banda.

Para "matar saudades", aqui fica o clipe - com algumas imagens captadas na Doca dos Olivais... e outras no Bairro Alto - produzido em 1989 (quase uma década antes da Expo, portanto), para o programa Pop Off, da RTP 2.

Mais informação sobre a banda em
http://essa-entente.blogspot.com/
e vídeos em
http://www.youtube.com/essaentente

A Expo 98 não traz... O QUÊ ???


Em 1998, a poucos dias da abertura do grandioso evento que seria a Exposição Mundial, este vosso servo, armado em jornalista do Sem Mais Jornal e do Jornal da Região (edição Almada), lembrou-se de perguntar a alguns agentes económicos do concelho de Almada o que esperavam ganhar com o acima referido grandioso evento.

Pergunta natural, não é? Almada fica na outra margem do Tejo, mesmo em frente à capital do império... Portanto, seria de esperar que alguns dos visitantes da Expo aproveitassem para vir conhecer esta banda.

(Ah, e não me venham cá com a treta da cidade esventrada e desfigurada: estávamos em 1998, ainda existia em Cacilhas o penico... hããã, perdão, a Fonte Luminosa, a estátua dos Perseguidos ainda se encontrava naquela rotunda central da cidade, cercada de trânsito... enfim, estava a maravilhosa cidade de Almada no seu melhor, sem estas tristezas arquitectónicas que esses energúmenos da Câmara estão a implantar agora, abusivamente, e só para desfeiar esta antes tão belíssima urbe...

Adiante...)

Ora bem: se a pergunta (será de esperar que a a Expo 98 traga visitantes a Almada?) era pertinente, toca então de agarrar no telefone e ligar para restaurantes da Trafaria, de Porto Brandão e da Costa de Caparica. (Era assim que se fazia: ligava-se, a partir da redacção - em Setúbal, nas instalações da Sem Mais - e, curiosamente, conseguia-se muitas vezes falar com as pessoas que atendiam do outro lado da linha. Outros tempos...)

Feitos os primeiros contactos, fiquei a saber que, no sector da restauração ninguém esperava aumento de afluência nos meses seguintes.
Bem... e então se diversificarmos a busca de depoimentos, falando, por exemplo, com uma associação representativa de agentes económicos da zona mais turística do concelho?

Boa! Diga lá então, senhor representante da Associação de Desenvolvimento Turístico da Costa de Caparica. E ele disse: havia muito turismo, sim senhor - mas isso é habitual e, aparentemente, não se verificaria nenhum aumento substancial de visitas, ou estadias, por influência da realização da Expo 98.

Ora bolas!

Então, a Exposição Mundial, o Grande Evento que ia devolver o Orgulho Pátrio à Nação Portuguesa... não trazia nenhum valor acrescentado a Almada?!

Mas como era isso possível? Não podia ser!!!

Quem talvez possa ajudar a entender isso será a própria organização da Expo. Fala-se, então, com o gabinete de imprensa, e diz o respectivo porta-voz: «se não há muitos estrangeiros que tenham procurado hospedagem no concelho de Almada, isso deve-se à estratégia de instalação dos operadores turísticos».

O que, trocado em miúdos, significa que os operadores turísticos se estavam bem a borrifar para Almada.

Então, de quem é a culpa? Porque é que os operadores turísticos não se interessam por Almada, mesmo em tempos de Expo 98?

Já sei: a culpa deve ser da Câmara. Em Almada, a culpa é sempre da Câmara...

Perguntemos, pois, à Câmara. «A Expo não vai, certamente, resolver os problemas estruturais das actividades económicas do concelho», respondeu, então o chefe da Divisão de Informação municipal.

O quê?... A Expo não vai resolver os problemas estruturais?!!!... Mas não é para isso mesmo que serve a Expo? Não é isso mesmo que a Expo vai fazer no país inteiro: criar empregos, requalificar e diversificar o tecido produtivo, fazer crescer a economia portuguesa de forma continuada e sustentada?

Isto só em Almada, senhores!

Mas pronto, que havia eu de fazer mais? Se toda a gente me diz que não espera maior afluência de turistas ao concelho durante a realização da Expo 98, só me resta concluir que, precisamente, não se espera que a Expo 98 traga turistas ao concelho.
E, assim, o título escolhido para a peça foi - como parecia óbvio - "Comerciantes de Almada aguardam o Verão com Reservas - Expo'98 não traz turistas"

O QUE EU FUI DIZER (aliás, escrever...) MEUS CAROS!

O Grande Evento Lusitano não traz turistas? Heresia! - berraram, de Lisboa, algumas chefias da empresa que editava o semanário gratuito. E o chefe de redacção, coitado (era sempre o chefe de redacção que aturava essas coisas... coitado), lá teve de aturar o "orgulho ferido" de uma alma lusa que, candidamente, acreditava que a Expo 98 era um símbolo intocável.

E disse-me: «deviamos ter escolhido como título "Expo 98 não traz muitos turistas"». Porque, enfim, era a Expo 98. Alguns turistas havia de trazer, não?...

(Afinal, estávamos nos anos 90, tinhamos dinheiro à borla da Europa, andávamos contentinhos da vida porque tinhamos conseguido chamar a atenção do mundo para um pedaço de Lisboa todo modernaço, a economia estava em franco crescimento, havia empregos, havia animação cultural, e agora é que ia ser.
E foi: foi o que se viu... Até hoje.)

terça-feira, maio 20, 2008

Ena pá! A "nossa" Expo foi há dez anos! Que fixe: tivémos uma expo!...


A exposição mundial de 1998 realizou-se em Lisboa, entre 22 de Maio e 30 de Setembro.

Mais que um evento de dimensão internacional - o qual, na época, contribuiu para "elevar o moral" dos portugueses - a Expo teve como grande mais-valia a requalificação urbana de uma parte da cidade de Lisboa (a chamada Zona Oriental) que, anteriormente, se encontrava degradada, poluída (era uma antiga zona industrial e portuária...) e, além disso, constituía uma "barreira" que impedia o acesso ao Tejo.




(Em 1994, outro projecto - muito mais polémico e, em breve abandonado - prometia intervir naquela zona. Era o POZOR - Plano de Ordenamento da Zona Ribeirinha.


«O Plano de Ordenamento da Zona Ribeirinha – POZOR – apresentado em 29 de Junho de 1994 propunha para a frente ribeirinha compreendida entre Algés e a Matinha uma compatibilização entre as exigências específicas da actividade portuária e as características e usos previstos para as áreas urbanas adjacentes, segundo o considerado no Plano Director Municipal de Lisboa e com o suporte legal do DL nº 309/87, seu estatuto orgânico, que lhe conferia poderes para intervir em funções urbanas.», lê-se no site da Administração do Porto de Lisboa. Mais informação sobre o assunto disponível também no site da Ordem dos Arquitectos.)


Quanto à Expo propriamente dita (que, por acaso, é aquilo que menos me interessa...), diz o site da Parque Expo, que «foi um evento que se enquadrou no regime jurídico das exposições internacionais, definido pelo BIE - Bureau International des Expositions. Foi uma "exposição especializada" na medida em que foi enformada por um tema específico "Os Oceanos, Um Património para o Futuro", e nela não foi cobrada qualquer renda pelos pavilhões que a Organização da Exposição construiu para acolher as mostras expositivas dos Participantes Oficiais. A EXPO'98 integra-se numa riquíssima tradição de exposições internacionais, cujo início é comummente identificado com a Exposição de Londres de 1851.»


E mais: «A ideia da realização em Lisboa de uma exposição internacional surgiu no âmbito da Comissão para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, a qual tem por objecto um conjunto variado de acções tendentes a assinalar a relevância histórica dos descobrimentos portugueses das últimas décadas do século XV, culminando com a primeira viagem marítima à Índia, feita por Vasco da Gama, em 1498, e a comemoração da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500.»

Tá bem...

(Podem ler o resto no site do Parque das Nações - que até tem coisas muito interessantes, a sério!:
http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/ )







Se quiserem saber mais coisas sobre a Expo, não me perguntem nada - que eu não pus lá os butes - mas podem procurar, por exemplo nos seguintes "links":


QUE SUSTO!!!


Confesso: quando foi apresentada a mascote da Expo 98 – que decorreu em Lisboa, entre 22 de Maio e 30 de Setembro desse ano - eu ia morrendo de susto!

A sério!

Pensei mesmo que o mundo ia acabar!
E não era caso para menos!

Reparem nas semelhanças entre o Gil ( mascote da Expo, na foto de cima) e o Boubou – personagem da série Dragon Ball Z que, naquele tempo, estava a fazer o que todos os espantosos vilões que tinham aparecido antes não conseguiram: destruir o planeta Terra!
Então, não era caso para um gajo se assustar? Era, não era?
E estavamos a chegar ao “final do milénio”, ainda por cima...
Buuu!... Que medo!...

sábado, maio 17, 2008

O Manual do Professor Pardal


Um dos primeiros livros que tive – e isso foi ainda nos anos setenta do século passado, vejam lá o velho que eu sou, eh eh eh!... – foi o Manual do Professor Pardal. Era um calhamaço, ou melhor, uma colectânea de“invenções” de um dos mais carismáticos personagens da empresa criada por Walt Disney.
Conhecem, certamente, o Professor Pardal: é o típico “cientista maluco”. O homem (aliás, o pardal...) que inventa tudo o que lhe é pedido – tudo, mesmo, até o impossível... Embora o “impossível” demore um pouco mais a inventar, já se sabe.
Se não conhecem o manual, não se deixem enganar pela capa. Porque havia ali – a par de “invenções”absolutamente mirabolantes – algumas “dicas” práticas para construir engenhocas viáveis.
Por exemplo? Um caleidoscópio. Ou um periscópio (objecto que, contrariamente ao que é “vox populi”, não serve apenas para usar debaixo de água).
Eis aqui o testemunho de alguém que experimentou – e conseguiu – construir um:
rrussel.org/weblog/2007/01/05/o-manual-do-professor-pardal/
Para um puto ávido de conhecimento – porque estava na idade de ser assim mesmo... - o Manual do Professor Pardal foi um livro marcante. E olhem que não o foi só para mim...
Querem ver (ou melhor, ler)?
Passo, então, a palavra a Madalena Barranco – poetisa brasileira (de São Paulo), que muito aprecio – em declarações à Revista Amigos Web:

Madalena, como você se define?
Como uma pessoa que sempre quis trazer o mundo da fantasia à realidade e que cultua a natureza da alma humana em harmonia com a natureza propriamente dita do planeta Terra. E que gostaria muito de ouvir mais da boca do mundo algo assim como: “eu sonho em...”; “estou lutando para conseguir...”; “as árvores têm braços e as flores têm rostos”; “o céu é azul claro e também escuro”. Por isso, para mim, palavras unidas são frases “inventadas”, e essa foi a impressão que tive quando ganhei meu primeiro livro de minha mãe aos seis anos, o “Manual do Prof. Pardal”, que pertencia a uma série inteligente de livros baseados em personagens da Disney. Em vez de interessar-me pela física e ciências, como sugeria a personagem, assim como fez meu irmão, eu torci o assunto para as letras de que eu sempre gostei... Principalmente da literatura que eu chamo de feliz e misteriosa ao mesmo tempo, e por que não dizer também, má, pois tudo tem seu lado bom e ruim, e que floresce nos gêneros de literatura fantástica e histórias de fadas. Eu não me refiro a literatura apenas infanto-juvenil, e sim àquela que faz bem a todos porque ajuda a despertar a magia pessoal através da fantasia. As pessoas precisam de sonhos fabricados para viver, que se traduzem em fantasia, aqueles sonhos que segundo J.R.R.Tolkien em seu ensaio “Sobre histórias de fadas”, são necessários antes para os adultos do que para as crianças, que não se esqueceram da fórmula mágica de cultivar sonhos.
Bem, podem ler a entrevista completa clicando no seguinte “link”:
http://www.reamweb.kit.net/revista_amigos_web/pag_1270649_002.html

E, já agora, o blogue de Madalena Barranco:

http://flordemorango.blogspot.com/

Blogue que – digo sem falsa modéstia – fui dos primeiros a descobrir, logo nos seus primórdios. E descobri-o porque me chamou a atenção, antes de mais nada pelo título (chamava-se, então “Se eu flor de morango... – prosa e poesia”; agora intitula-se, apenas “Letras de Morango”) e depois pelo conteúdo... Hoje sou fã dessa autora.
Eu fico hoje por aqui.
Mas não me vou embora sem aconselhar a leitura deste pequenino conto, também ele “inspirado” em personagens de Walt Disney:
www.scriptonauta.com.br/consat/carqueija_patinhas.asp
Divirtam-se!

terça-feira, maio 13, 2008

Debaixo do Bulcão: trinta e três!

A próxima edição do vosso poezine preferido (e é já a número 33) sai em Junho!

Enviem os vossos textos, de poesia ou prosa (máximo: uma página A4),
até domingo, 25 de Maio, para
debaixodobulcao@netcabo.pt
Mais informação sobre este projecto:
http://debaixodobulcao.blogspot.com/

sábado, maio 10, 2008

Idyllio


Do sol aos férvidos beijos
Vão lourejando os trigaes,
E brotam vagos desejos
Nos corações virginaes.


Cantando alegres cantigas
Levam noites a dançar,
Rapazes e raparigas
Á branca luz do luar.


Quantas promessas ardentes
Lá vão trocando em segredo
Os namorados frementes,
Por entre o basto arvoredo!

Sobre os campos vicejantes
Voam perfumes suaves,
Que embriagam os amantes
E que entontecem as aves.


Mas de dentro de alguns ninhos
Sae um triste pipilar:
São os pobres passarinhos
Que inda não sabem voar.

Ó mulher, que és doce e boa,
Acreditas n’este horror:
Uma aza que não voa,
Um coração sem amor?


Zélio


(Jornal do Domingo, 27 de Março de 1887.
Poema reproduzido conforme a ortografia portuguesa da época.)

quarta-feira, maio 07, 2008

Conhecem o Almada Cultural? E o Almada Cultural (por extenso)?


São dois blogues de divulgação, editados por Miguel Nuno, a partir de uma ideia minha.
No Almada Cultural, encontram informação diversificada (de eventos realizados em Almada… e no resto do Mundo), com actualizações diárias:

http://almada-cultural.blogspot.com/

E no Almada Cultural (por extenso), encontram temas de actualidade, com reportagens, foto-reportagens, entrevistas… e também memórias de eventos passados.

Aqui:

http://almada-cultural2.blogspot.com/

segunda-feira, maio 05, 2008

"Seres da Floresta" - os Trupilariante no Festival Sementes

Na abertura do Festival Sementes - Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, os Trupilariante trouxeram "Seres da Floresta" ao Mercado de Almada...
A foto-reportagem, em

e mais informação no site do Teatro Extremo:

sábado, maio 03, 2008