São estas coisas que fazem um gajo sentir-se velho: descobre-se, no fundo de uma gaveta, o bilhete do Festival Sudoeste de 1997 (que, by the way, foi a primeira edição...) e, assim sem mais nem menos, cai-nos uma década em cima!
Dez anos???
Pois, parece que sim! E, quanto a isso, não há nada a fazer.
A não ser, talvez, recordar...
Recordemos, pois.
Ora bem, no dia 8 de Agosto de 1997, sexta-feira (o festival começava na sexta-feira...) estava eu a esta hora num autocarro para a Zambujeira do Mar. Tinha conseguido juntar todos os trocos necessários para a viagem, tinha comprado o bilhete para o festival (nessa mesma tarde, em Lisboa), assegurei-me que o dinheiro ainda ia sobrar para me aguantar por lá durante os 3 dias... e meti-me a caminho.
Sozinho, pois. Porque gosto de fazer estas viagens sozinho e porque, de qualquer forma, a essa hora todas as pessoas que eu conhecia já lá estavam.
Portanto, a esta hora, lá ia eu, num autocarro cheio de fumo (e não era só de tabaco, não senhor...) com toda a gente a perguntar se ainda tinhamos ligação da Zambujeira do Mar para o recinto do festival. Não tinhamos, mas o senhor que o conduzia foi muitíssimo simpático (foi mesmo, sem ironias...) e deixou-nos lá mesmo à porta.
Acontece que eu ia, armado em ganda maluco, sem tenda, nem saco-cama, nem nada... Naquele tempo o "pessoal de Almada" estava em todo o lado, e eu a fiar-me nisso.
Claro que, assim que lá cheguei, no meio daquela gente toda, comecei a ficar um bocadinho preocupado... Seria mesmo assim tão fácil encontrar gente conhecida, no meio daquela multidão?
Foi.
Mais fácil até do que imaginara: era eu a chegar à porta do festival, e um grupo de "góticos" almadenses a passar por mim. Almada rules!!!
A partir daí... então, olhem, foi entrar e fazer aquilo que se faz nos festivais de Verão! Tipo torcer um pé naquele pedaço do terreno que ainda estava arado de fresco... Tipo passar a noite a andar de um lado para o outro do acampamento até encontrar a tenda (tinhamos combinado: "é no sítio onde houver pessoal a batucar"... imaginam, não é?).
Enfim, essas coisas banais dos festivais! E pronto, que mais vos posso dizer sobre este assunto? Mais nada, não é?
A não ser, talvez, que gostava de ter menos dez anos e saber o que sei hoje.
Mas não é isso que todos nós queríamos?
(O quê, vocês preferiam ganhar o Euromilhões?
Calem-se lá! Este artigo acabava tão bem com a frase anterior...)
Para saber mais sobre o Sudoeste:
Artigo de Nuno Galopim, no Diário de Notícias
Artigo de Miguel Azevedo, no Correio da Manhã
Artigo de Nuno Galopim, no Diário de Notícias
Artigo de Miguel Azevedo, no Correio da Manhã
(muito melhor do que a que vos conto aqui, garanto-vos),
num blog chamado MACA(U)quices
Já, agora, para quem não conhece a Zambujeira do Mar:
zambujeiradomar.no.sapo.pt
pt.wikipedia.org/wiki/Zambujeira_do_Mar
zambujeiradomar.no.sapo.pt
pt.wikipedia.org/wiki/Zambujeira_do_Mar
4 comentários:
Gostei! Hei-de cá voltar mais vezes!
Abraço!
Para ser sincera eu prefiro as duas "ter menos 10 anos e saber o que sei hoje" nao pelos 10 anos porque sou ainda uma jovem pelo menos assim me sinto mas sim pela parte do saber o que sei hoje, e quanto a ideia do euromilhoes tambem era bem vindo mas a vida e assim e com euro ou sem euromilhoes a vida continua e nem me posso queixar muito pois a vida tem sido mansa comigo.
Bom fim de semana...
Vici:
Obrigado pela visita.
Eu também hei-de visitar mais vezes o Macau(quices). E já espreitei o Encarnado Oriental.
Apreciação a esse blog?
BENFIIIIIIIIIIIIIIIIIICAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(sim, eu também sou adepto do glorioso!)
Vitorino
Alma Pirata:
eh... tá bem, eu também gostava de ganhar o Euromilhões! Mas ter menos 10 anos dava-me muito jeito.
Enfim, pronto, acho que até tive, até agora, uma vida interessante. Mas, se soubesse o que sei hoje, pelo menos tinha evitado alguns disparates, talvez conseguisse evitar que umas certas pessoas me tivessem prejudicado, talvez tivesse feito mais coisas e, principalmente, talvez conseguisse tirar mais proveito de tudo o que fiz.
Ou se calhar não. Sei lá eu se a "sabedoria" não me fazia ter uma vida mais cautelosa... e "normal"...!
Ser-se "normal" (ou normalizado...) é um enorme aborrecimento. Digo eu...
António Vitorino
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