terça-feira, fevereiro 28, 2012
O tratado mais triste
O tratado de Maastricht (conhecido pelos portugueses na época mais propriamente como o tratado mais triste) foi assinado em fevereiro de 1992. É habitualmente considerado o documento que cria a União Europeia (UE), a partir do que era até então a Comunidade Económica Europeia (CEE).
Encontrei este cartoon numa edição do jornal Avante! dessa época - 1991 ou 1992, não tenho a certeza.
Lembrar que, tal como D'Artagnan, fomos avisados e não fizemos caso pareceu-me uma boa maneira de comemorar. Vivemos tempos grotescos, de tragicomédia.
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
Os bancos portugueses têm prejuízos? Boa piada...
Há certas ocasiões em que um tipo - por muito que queira ser imparcial, por muito que tente não andar para aqui a repetir slogans e não entrar em euforias ou depressões - não pode deixar de rir (para não chorar) perante o descaramento de quem lhe tenta atirar areia para os olhos. Neste caso, o descaramento da banca privada portuguesa que, aparentemente, terá tido "prejuízos" de milhões de euros durante o ano de 2011. Coitadinhos dos "nossos" banqueiros, não é?
Este vídeo é de uma conferência de imprensa do PCP, na qual Jorge Pires explica as manobras contabilísticas que levam a este resultado só aparentemente desastroso para bancos que - ainda por cima e sem se preocuparem com a contradição - se dizem de tão boa saúde!
Uma "contabilidade criativa" que, no fundo, contribui para o objectivo da política neoliberal em curso: tirar ao Estado (a todos nós) para dar aos especuladores privados. Mais do mesmo, portanto. Mas cada vez com maior à-vontade e descaramento.
Felizmente há quem os denuncie, e com esta clareza e objectividade.
O texto completo está em:
http://www.pcp.pt/divulga%C3%A7%C3%A3o-dos-resultados-da-banca-obtidos-em-2011-uma-opera%C3%A7%C3%A3o-ideol%C3%B3gica-com-objectivos-muito-prec
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
Ao Terreiro do Paço, claro!
"Estamos perante uma política de terrorismo económico e social que exige uma resposta de grande dimensão a nível nacional.
O Governo do PSD-CDS e o grande patronato pretendem:
- colocar o Estado ao serviço das empresas;
- pôr a segurança social a financiar os patrões para pagar menos e precariezar as relações de trabalho;
- facilitar os despedimentos e diminuir as indemnizações e o valor do subsídio de desemprego;
- flexibilizar os horários de trabalho e reduzir a retribuição;
- atacar a contratação colectiva e promover o trabalho gratuito com a redução de feriados e dias de férias.
Esta é um política que é preciso combater. Dia 11 vamos manifestar todos os descontentamentos, protestos e indignações contra a política que rouba aos trabalhadores e ao povo ao mesmo tempo que empurra o país para o precipício."